Fase de transição
Mesatenista paulistana Bruna Takahashi – Foto: Christian Martinez / RGB Studios / CBTM

Fase de transição

Aos 16 anos, a mesatenista paulistana Bruna Takahashi se destaca em competições juvenis e adultas

por Luiz Humberto Monteiro Pereira

humberto@esportedefato.com.br

A mesatenista paulistana Bruna Takahashi tem uma trajetória esportiva impressionante para alguém de apenas 16 anos. Destra de estilo clássico ofensivo, começou a jogar aos 8 anos de idade e ganhou diversos títulos nas categorias Mirim, Infantil, Juvenil e Sub 14. Em 2015, além de vice-campeã pan-americana por equipes, venceu o Aberto do Chile, ao lado de Letícia Nakada, além conquistar o Desafio Mundial de Cadetes, no Egito – se tornou a primeira brasileira a vencer um título mundial feminino na modalidade. Em 2016, foi a mais nova integrante da delegação brasileira nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. “Adquiri muita experiência e fiquei muito feliz de ter participado. Apesar de ter jogado contra a China (as favoritas e que ficaram com o ouro), eu fiz um bom jogo. As Olimpíadas são algo incrível, foi muito legal”, comemora a torcedora do São Paulo, que mora em São Bernardo do Campo, estuda em Santo André e joga no São Caetano/SEEST/Xiom-SP, de São Caetano do Sul, tudo no ABC Paulista.


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Esse ano, Bruna segue alternando competições juvenis e adultas. Em abril, num torneio qualificatório disputado na República Dominicana, se garantiu nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018, em Buenos Aires, na Argentina. Em maio, na cidade de São Paulo, levou o ouro no torneio sub-21 do Aberto do Brasil e entre os adultos, atuando no torneio de duplas ao lado de Lin Gui, conquistou a prata. Acaba de voltar de Düsseldorf, na Alemanha, onde disputou o Campeonato Mundial Adulto – foi eliminada ao perder para a coreana Euchong Yoo. “A próxima competição é entre 20 e 25 de junho, quando jogarei o Pan-Americano Juvenil em Buenos Aires, na Argentina”, avisa Bruna, que em abril foi nomeada pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) embaixadora do Dream Building 2017, programa que visa promover a paz em todo o mundo usando o tênis de mesa como veículo para criar entendimento.

Esporte de Fato – Como se iniciou no tênis de mesa?

Bruna Takahashi – Comecei aos oito anos em São Bernardo do Campo, em um clube da colônia japonesa chamado Acrepa – Associação Cultural e Recreativa da Vila Paulicéia –, que ficava na rua da minha casa. Logo depois, fui convidada a treinar com a técnica Monica Doti, em Santo André.

Esporte de Fato – Como é sua rotina de treinos?

Bruna Takahashi – Eu moro em São Bernardo do Campo e treino em São Caetano do Sul com os treinadores Francisco Arado (Paco) e Kazu Kusuoka. Eu geralmente faço os treinamentos das 9 h às 12 h e depois faço academia das 12 h às 13 h.

Esporte de Fato – Além do tênis de mesa, quais são suas atividades?

Bruna Takahashi – Quando não estou treinando, eu uso o tempo para descansar, assistir Netflix ou estudar. Eu estudo no Colégio Singular, de Santo André, e estou no terceiro ano – é o meu último ano no Ensino Médio. Sobre o meu futuro, quero continuar jogando e, conforme as coisas forem acontecendo, vou ver como vai ser…

Esporte de Fato – Como acredita que o tênis de mesa possa se desenvolver como esporte no Brasil?

Bruna Takahashi – Acho que podemos desenvolver mais o nosso esporte através das mídias sociais, entrevistas, coisas simples que já ajudariam e ajudam a nossa modalidade. O Brasil tem conquistado grandes resultados no tênis de mesa ultimamente com o Hugo Calderano e Gustavo Tsuboi. No feminino também: eu e a Lin Gui ficamos em segundo nas duplas no Aberto do Brasil.

Esporte de Fato – Quais são os jogadores de tênis de mesa que mais admira?

Bruna Takahashi – Uma atleta que eu sempre gosto de ver jogando é a chinesa Ding Ning.

Esporte de Fato – Você participou recentemente de um intercâmbio na Dinamarca e ficou um mês treinando lá. Como foi a experiência?

Bruna Takahashi – Foi muito bom! Foi um dos melhores treinos da minha vida. Eu gostei muito do ambiente e de como eles treinam para o tênis de mesa por lá. Espero poder voltar e treinar mais.

Esporte de Fato – Sua irmã Giulia, de 12 anos, também joga tênis e fez ótima campanha no aberto do Brasil. Como é sua relação com ela? Já jogaram em dupla?

Bruna Takahashi – Minha irmã joga muito bem. Ela ganhou o Sul-Americano sub-11 e o Latino-Americano Mirim, é do Hopes (programa de prospecção de talentos da Federação Internacional de Tênis de Mesa)… A gente conversa sobre tênis de mesa, a gente briga (risos), mas a gente sempre tenta ajudar uma à outra. Nunca jogamos juntas nas duplas, mas eu gostaria. Nós duas gostaríamos, na verdade.

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