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Família ganha passagens para buscar corpos de brasileiros nos EUA
Companhia aérea onde vítimas trabalharam ofereceu bilhetes, diz irmã. Casal e filha foram achados mortos dentro de carro na garagem de casa.
Familiares dos três brasileiros encontrados mortos na Flórida, nos EUA, há nove dias ganharam passagens de avião para buscar os restos mortais deles. O casal Márcio Ferraz do Amaral, de 45 anos, a mulher Cledione Ferraz do Amaral, de 34, e a filha Wendy Ferraz do Amaral, de 10, foram encontrados mortos dentro de um carro, na garagem da casa em que viviam, em Orlando.
Irmã de Cledione, a estudante de direito Suenia Ruppenthal iniciou uma campanha na internet para arrecadar cerca de US$ 20 mil de que necessita para a viagem, a cremação e o traslado dos corpos. “Felizmente, tem muita gente ajudando”, disse ao G1.
Segundo ela, a TAM Linhas Aéreas, onde o casal trabalhou por “muito tempo”, procurou-a na sexta-feira (13) e ofereceu as passagens de ida e volta para ela e um acompanhante. “Minha irmã foi comissária de bordo e o meu cunhado, comandante na TAM”, contou a estudante.
Os corpos dos três ainda não foram liberados, e Suenia pretende ir ao país para cuidar da cremação e do traslado das cinzas. O custo é de cerca de R$ 8 mil para cada corpo. “Agora, é esperar o fim das investigações e a liberação do visto”.
Suenia decidiu tirar o passaporte após a notícia da morte da irmã. Ela aguarda o número do documento, que só deve ficar pronto nesta sexta-feira (20), para dar entrada no pedido de visto americano.
A família de Cledione mora em Formosa, cidade goiana no Entorno do Distrito Federal, e procurou ajuda da Secretaria de Assuntos Internacionais após saber de um fundo goiano que cobre os custos para o traslado das cinzas. No entanto, a lei estadual só permite o benefício a pessoas que comprovem, por meio de contas de água, luz ou telefone, a residência em Goiás por pelo menos cinco anos.
Segundo Suenia, antes de morar em Formosa, onde está há dois anos, a família viveu por mais de três anos em uma fazenda em Água Fria de Goiás, também no Entorno do DF, mas a falta de documentação inviabiliza o recebimento do benefício. “Morávamos na fazenda onde meu pai trabalhava, não temos conta de água e luz no nosso nome”, explicou.
Morte
De acordo com o noticiário americano WFTV, a polícia da região de Orange County acredita que pai, mãe e filha já estivessem mortos havia pelo menos três semanas quando foram encontrados. Segundo o noticiário, um representante do condomínio onde viviam os Amaral sentiu um cheiro forte na residência e chamou a polícia. Os corpos foram encontrados já em estado de decomposição.
Não havia sinais de arrombamento da residência nem de ferimentos nas vítimas. Segundo a imprensa local, a polícia trabalha com a hipótese de que as mortes tenham sido resultado de duplo homicídio seguido de suicídio.
O casal se mudou há cinco anos para os EUA. Amaral era piloto de avião e a mulher trabalhava em um parque temático da Disney em Orlando. Segundo Suenia, amigos da família que moram na Flórida informaram que ultimamente Márcio trabalhava em uma empresa aérea que fazia voos para a Índia.
Suenia não acredita na hipótese de suicídio levantada pela polícia americana. “Eles eram muito felizes e não tinham motivos para se matar. A gente se falava pela internet com frequência, mas o último contato já tinha cerca de um mês. Mesmo assim, sei que eles estavam realizados lá e se amavam”, relatou.
A estudante também disse que a família não tinha conhecimento se o casal passava por dificuldades financeiras. “A mulher que alugava a casa disse que eles não pagavam o aluguel há cinco meses. Mas não sabíamos disso, ainda mais porque eles trabalhavam e levavam uma vida confortável lá”, afirmou Suenia.
Fonte: g1.globo.com