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Execução de brasileiro revolta governo federal
A execução do brasileiro, Marco Archer, de 53 anos, no último dia 17 de janeiro, na prisão de Nisakambangan, na Indonésia, por tráfico de drogas, deixou a Presidenta Dilma Rousseff indignada e consternada. Todas as tentativas do Itamaraty e mesmo um pedido de clemência via telefone da chefe de Estado em Brasília, não sensibilizou o presidente indonésio, Joko Widodo, que mostrou-se irredutível. O embaixador do Brasil na Indonésia foi chamado para consultas no Palácio do Planalto, o que demonstrou o descontentamento do governo federal diante da situação. “Não somos favoráveis ao gesto do Marco Archer, que infringiu as leis da Indonésia ao tentar entrar com drogas no país, mas pedimos clemência para que o brasileiro não fosse executado – fuzilamento – de forma tão brutal”, disse o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia. Ele relatou que a rejeição do pedido prejudicará as relações entre os dois países.
Após o fuzilamento de Marco Archer, o Brasil deve adotar uma postura mais agressiva do ponto de vista econômico contra a Indonésia. Professora de Direito Internacional da USP, Maristela Basso, acredita que a medida pode pressionar o presidente Joko Widodo a rever a pena de Rodrigo Gularte, de 42 anos, outro brasileiro que está no corredor da morte. Gularte também foi condenado à pena de morte por tráfico de drogas e pode ser executado em fevereiro. Ele foi detido no aeroporto de Jacarta em 2004, com cocaína escondida em pranchas de surf.
Archer foi o primeiro brasileiro condenado à morte e executado no exterior. Ele foi fuzilado às 15h31min do sábado – 17 de janeiro -, na Indonésia, mesmo depois de diversos apelos feitos pelo governo brasileiro. Ele foi condenado por tráfico de drogas em 2004. Marco Archer, que era instrutor de voo livre, tentou entrar no país com 13,5 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa-delta. Ele conseguiu fugir do aeroporto, mas acabou preso duas semanas depois.
O Itamaraty informou que o embaixador da Indonésia no Brasil foi convocado para que fosse entregue a ele uma nota formal de protesto para reiterar a insatisfação do governo. Sérgio Danese, secretário-geral do Itamaraty, deu pessoalmente a nota ao embaixador, após a execução de Archer. Foram esgotados os recursos possíveis para evitar a execução, pois o governo argumentava que não há pena de morte no Brasil. Em nenhum momento foi contestada a gravidade do ato cometido pelo brasileiro. Por fim, acrescentou que o mesmo está sendo feito com Rodrigo Gularte, brasileiro que está no corredor da morte na Indonésia. Para os especialistas, em caso de rompimento das relações comerciais, a Indonésia teria mais a perder do que o Brasil.
Cremação
O corpo do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, fuzilado na prisão de Nisakambangan, na Indonésia, foi cremado e as cinzas entregues a sua tia, Lourdes Archer Pinto, que mora em Manaus. Ela é a única parente com quem ele teve contato antes da execução. Lourdes saiu de Manaus rumo à Indonésia para se despedir do sobrinho e atender ao seu último desejo em vida: tomar whisky e comer bacalhau. Na ocasião, ela o entregou cartas com mensagens de apoio de amigos. O brasileiro que era órfão de pai e mãe, não tinha mulher nem filhos. Durante a execução, Marco levou apenas um tiro de misericórdia no peito, morrendo na hora. Ele e mais quatro prisioneiros executados foram amarrados em uma estaca antes de serem fuzilados pelo pelotão da pena de morte.