Estados Unidos e Cuba fazem reunião para tratar de direitos humanos

Estados Unidos e Cuba fazem reunião para tratar de direitos humanos

Em dezembro do ano passado, os presidentes de Cuba, Raúl Castro, e dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciaram negociações para restabelecer as relações interrompidas há 50 anos. Foto: Arquivo Agência Brasil
Em dezembro do ano passado, os presidentes de Cuba, Raúl Castro, e dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciaram negociações para restabelecer as relações interrompidas há 50 anos. Foto: Arquivo Agência Brasil

Representantes dos Estados Unidos e de Cuba reúnem-se hoje (31/03) em Washington, no âmbito das negociações para restabelecer as relações diplomáticas entre os dois países. Desta vez, o tema do encontro será direitos humanos, de acordo com informações do governo cubano. Será a quarta reunião entre representantes das chancelarias desde dezembro do ano passado, quando os presidentes Raúl Castro e Barack Obama anunciaram as negociações para restabelecer as relações, interrompidas por 50 anos.

Segundo o governo cubano, o diálogo bilateral sobre direitos humanos foi uma solicitação da ilha.

“Cuba deseja que esse diálogo decorra em ambiente construtivo, sobre bases de reciprocidade, sem constrangimentos nem tratamentos discriminatórios e dentro do respeito da vontade soberana, da independência e da não ingerência nos assuntos internos dos países”, acrescentou Luis Pedroso, representante do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, em uma reportagem divulgada nos meios de comunicação oficiais do país.


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Até agora, os dois países já fizeram três rodadas de negociação. Em janeiro, em Havana, em fevereiro, em Washington, e a mais recente este mês, na capital cubana. Para os Estados Unidos, os direitos humanos e as liberdades em Cuba estão entre os temas mais delicados.

Em fevereiro deste ano, a chefe da delegação norte-americana, a secretária de Estado adjunta para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson, manifestou preocupação na rede social Twitter quanto ao “silenciamento violento” de dissidentes em Cuba.

Do mesmo modo, o governo cubano e a comunidade internacional pressionam os Estados Unidos para que haja uma solução definitiva sobre o fechamento da prisão norte-americana de Guantánamo, localizada em território cubano e que recebe constantes acusações de violação de direitos humanos.

“Preocupada com o silenciamento violento de vozes pacíficas para a mudança em Cuba”, escreveu a representante norte-americana, um dia depois de a União Patriótica de Cuba (Unpacu) – organização de oposição – ter denunciado a detenção de mais de 200 opositores do regime cubano durante várias horas.

O embargo contra Cuba depende de um projeto de lei aprovado no Congresso norte-americano para ser alterado.

Apesar das dificuldades, os presidentes dos dois países têm sinalizado confiança no processo de restabelecimento, ainda que de maneira gradual.

Em entrevista, o presidente norte-americano disse estar disposto a reabrir a Embaixada dos Estados Unidos em Cuba antes da cúpula das Américas, marcada para abril no Panamá. Vai ser a primeira cúpula dos países americanos após a reaproximação dos dois países.

Na reunião anterior, realizada em 2012 em Cartagena, na Colômbia, os países participantes revindicaram que Obama revisse o bloqueio e que as relações fossem retomadas.
Fonte: Agência Brasil *Com informações da Prensa Latina, Agência Lusa e Casa Branca



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