O governador Ron DeSantis ordenou na quarta-feira (13), que mais de 250 policiais e soldados se deslocassem para Flórida Keys. Quer impedir que imigrantes haitianos sejam acolhidos pela Guarda Costeira dos EUA
Da Redação – Em ação emergencial, diante de suposta invasão de imigrantes haitianos, que fogem da violência no Haiti buscando refúgio em Flórida Keys, o governador Ron DeSantis, ordenou, na quarta-feira (13), que mais de 250 policiais e soldados se deslocassem para a região. Ele quer impedir que esses indocumentados sejam repatriados pela Guarda Costeira dos EUA, como vem acontecendo nos últimos cinco meses.
O gabinete do governador disse em comunicado à imprensa que o estado tem o direito de se defender do “potencial de invasão”. DeSantis está enviando oficiais do “Departamento de Aplicação da Lei da Flórida” e da “Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem”, juntamente com membros da “Guarda Nacional da Flórida” e da “Guarda Estadual da Flórida”, para as águas ao sul da Península Sul do estado.
Lembrando que DeSantis fez da imigração um de seus principais temas durante sua campanha fracassada pela indicação presidencial republicana. Ele se vangloriou de usar dinheiro do Estado para transportar imigrantes da fronteira entre os EUA e o México para a Califórnia e para transportar imigrantes venezuelanos da Flórida para Martha’s Vineyard, Massachusetts, no âmbito de um programa que ele promoveu no Legislativo estadual.
Por sua vez, os haitianos tentam fazer a viagem de barco para a Flórida durante anos, vindos do país empobrecido. DeSantis já enviou recursos estatais para Keys no ano passado, no que ele disse ser uma tentativa de impedir os imigrantes. Ele emitiu a ordem de quarta-feira (13) para pessoal adicional, juntamente com aeronaves e barcos, depois que a violência no Haiti aumentou nos últimos dias.
A “Guarda Costeira” repatriou 131 migrantes encontrados no mar para o Haiti desde 1º de outubro, incluindo 65 na terça-feira (12), que foram encontrados em um barco perto das Bahamas na semana passada, de acordo com um comunicado à imprensa.
Após uma intensa sessão de diplomacia internacional, um grupo de nações caribenhas e os EUA anunciaram na terça-feira (12) que a melhor esperança do Haiti para acalmar a violência reside na criação de um conselho presidencial de figuras influentes, que elegeria um primeiro-ministro interino e abriria o caminho para a presidência. Alguns partidos políticos haitianos rejeitaram o plano.
