Sempre use filtro solar. Usar diariamente o filtro solar nas áreas mais expostas (principalmente face, nuca, orelhas, mãos e demais áreas expostas). O ideal é aplicar 30 minutos antes da exposição (para aumentar o poder de penetração) e reaplicar a cada duas horas. Existe ainda o fator “eu sei o que vocês fizeram no verão passado”: o efeito do raio ultravioleta é cumulativo. Eles penetram no núcleo da célula e causam uma mutação que fica registrada no DNA. No futuro, o acúmulo de mutações pode gerar uma célula cancerígena. Ou seja: ter uma queimadura forte, com bolha ou vermelhidão, durante a infância ou até os 20 anos é o suficiente para entrar no grupo de risco.
• Lavar sempre as mãos e usar álcool gel.
• Evite ficar exposto ao sol, procure caminhar pela sombra. Uma boa ideia é incluir um chapéu ou boné no figurino.
• Prefira uma alimentação leve: frutas suculentas, saladas. Coma mais vezes e quantidades menores e, é claro, um sorvetinho para refrescar.
• Mantenha-se hidratado: beba bastante líquido a toda hora. Tome água antes de sair para as atividades. Nem espere a sede reclamar. Beba de dois a três litros. Verifique a coloração da urina, se estiver escura é sinal de que você deve tomar mais líquido.
• Evite bebidas com cafeína ou muito açúcar. Eles vão fazer com que você perca ainda mais líquido corporal.
• Facilite a transpiração: use roupas folgadas, de tecidos leves, claras e arejadas.
• Não se esqueça dos óculos escuros com proteção ultravioleta total para evitar queimaduras da córnea e da retina, que causam lesões irreversíveis.
• Para se refrescar nos momentos mais críticos procure, se puder, um ambiente com ar condicionado. Mesmo que você não permaneça no local por muito tempo, essa providência vai ajudar a manter seu corpo mais fresco quando você tiver que retornar para o calor.
• De acordo com as possibilidades, lave rosto, nuca, braços e mãos ou tome banhos frios no verão.
• Faça frequentes paradas durante as atividades físicas.
• Evite períodos prolongados com roupas úmidas.
• Durma em ambiente tranquilo e evite a ingestão de refrigerantes e comidas pesadas antes de dormir.
Cuidado com a insolação
O que é insolação?
A insolação acontece quando o organismo fica incapacitado de controlar sua temperatura. Quando a pessoa tem insolação, sua temperatura corporal aumenta rapidamente, o mecanismo de transpiração falha e o corpo fica incapacitado de se resfriar. A temperatura corporal de uma pessoa com insolação pode subir até 41 graus, ou mais, em 10 a 15 minutos. Insolação pode causar morte se o tratamento de emergência não for providenciado.
Sinais de insolação
Os sinais de alerta de insolação variam, mas podem incluir:
• temperatura corporal muito
alta (acima de 39,5 graus);
• pele vermelha, quente e seca
(sem suor);
• pulsação rápida e forte;
• dor de cabeça latejante;
• tonteira;
• náusea;
• falta de ar,
• fraqueza,
• irritação,
• pele seca e vermelha;
• até inconsciência.
Caso perceba que alguém apresenta sinais de insolação, resfrie a vítima. Faça o seguinte:
• leve a vítima de insolação para um lugar com sombra;
• resfrie a vítima rapidamente através de qualquer método disponível, por exemplo, água fria ou gelo;
• cobrir o corpo com toalhas úmidas ou dar um banho frio;
• permaneça próximo a ventiladores e ambientes com ar condicionado e continue seus esforços para resfriá-la;
• procure ajuda médica;
• em estágios mais avançados, é aconselhável locomover a pessoa até um hospital para que seja hidratada.
Cuidado com a desidratação
A desidratação é um estado patológico do organismo, causado pelo baixo nível de líquido (água, sais minerais e orgânicos) no corpo. A desidratação é uma doença considerada grave, pois milhares de crianças morrem vítimas dela todos os anos. No entanto, é uma doença de fácil prevenção e tratável quando diagnosticada logo.
Baixos níveis de água no organismo ativam uma região do cérebro que provoca a sensação de sede. Quando o líquido perdido não é reposto, os níveis de sódio na corrente sanguínea aumentam, e outras complicações surgem. Em condições normais, a água é eliminada do organismo através do suor, urina, fezes e lágrimas. A desidratação pode ocorrer quando há excesso de calor (sem reposição suficiente da água eliminada pelo corpo), diminuição do consumo de água, febre (sudorese), diarreia, vômitos e pelo uso de medicamentos diuréticos.
A desidratação faz mais vítimas entre as crianças, os idosos. Crianças são mais suscetíveis por ter uma proporção maior de água em seu organismo, ou seja, qualquer perda de líquido – não reposta – é significativa. Já os idosos têm menor capacidade de reter líquido e sentem menos sede.
Dentre as causas de perda excessiva de líquido, a mais comum é a diarreia. No verão, as chances de uma diarreia aumentam, pois os vírus causadores dessa doença tendem a se multiplicar, tanto no ambiente quanto nos alimentos expostos ao calor. Vômitos também são responsáveis por grande parte dos casos de desidratação. A exposição excessiva ao sol e o excesso de roupas aumentam a eliminação de água pelo organismo pelo suor e podem levar à desidratação.
Os sintomas da desidratação são os seguintes:
• pele seca e inflexível;
• olhos fundos (nos bebês, moleira
afundada);
• boca seca;
• pouca urina e/ou urina amarelo escura;
• coração acelerado (taquicardia);
• irritabilidade.
Existem três níveis de desidratação:
• desidratação leve – quando o único sintoma é a sede;
• desidratação mediana – pele seca e inflexível, taquicardia, diminuição do peso, aumento da temperatura corporal;
• desidratação grave – além dos sintomas acima citados, queda da pressão arterial, sensação de perda de consciência eminente, estupor, hipertermia, convulsões, choque e até a morte.
O tratamento para a desidratação depende do nível de desidratação em que a pessoa se encontra. Nos casos de desidratação leve, beber água em maior quantidade pode ser suficiente. Quando causada por diarreia ou vômito, o soro caseiro pode ser utilizado. Em casos mais persistentes, soros industrializados podem ser necessários. Em casos graves, a administração de soro por via sanguínea.
As medidas preventivas são simples: beber e oferecer água várias vezes ao dia a crianças e idosos; vestir roupas leves e frequentar ambientes bem ventilados no verão. Para evitar a diarreia, lavar sempre as mãos antes de preparar alimentos; lavar frutas e verduras em água tratada e corrente; manter os alimentos na geladeira e prestar atenção aos prazos de validade dos alimentos.