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COVID-19 – doença respiratória causada pelo novo coronavírus
Edição de março/2020 – p. 30 e 36
COVID-19 – doença respiratória causada pelo novo coronavírus
“Co” significa corona, “vi” vem de vírus, e “d” representa “doença”. O número 19 indica o ano de sua aparição, 2019.
Dr Frank o que se sabe sobre o coronavírus?
Os coronavírus (CoV) compõem uma grande família de vírus conhecidos desde meados da década de 1960. Devido às espículas na sua superfície, que lembram uma coroa (do inglês crown) receberam este nome. Podem causar desde um resfriado comum até síndromes respiratórias graves.
O novo coronavírus foi identificado após a notificação de casos de pneumonia de causa desconhecida entre dezembro/2019 e janeiro/2020, inicialmente na cidade chinesa de Wuhan, capital da província de Hubei.
Até o aparecimento do COVID-19, existiam apenas seis cepas conhecidas capazes de infectar humanos, incluindo o SARS-CoV e MERS-CoV.
Sobre o COVID-19 acredita-se que a fonte primária do vírus seja em um mercado de frutos do mar e animais vivos em Wuhan.
O Coronavírus pode ser transmitido aos humanos através de animais. Por exemplo, investigações detalhadas descobriram que o SARS-CoV foi transmitido de civetas (gatos selvagens) para humanos na China, em 2002. O MERS-CoV de dromedários para humanos na Arábia Saudita, em 2012. Vários coronavírus causam infecção animal. Geralmente eles infectam apenas uma espécie ou algumas espécies intimamente relacionadas, como morcegos, aves, porcos, macacos, gatos, cães e roedores, entre outros.
Os coronavírus também são capazes de infectar humanos e podem ser transmitidos de pessoa a pessoa pelo ar (secreções aéreas do paciente infectado) ou por contato pessoal com secreções contaminadas. Porém, existem outros coronavírus que não são transmitidos para humanos, sem que haja uma mutação. Sendo assim, a OMS escolheu o nome de COVID-19 para demonstrar que se trata de uma nova mutação do coronavírus.
Por que a organização mundial de saúde declarou pandemia?
Ao declarar pandemia, ocorre uma mudança de estratégia no combate ao vírus, intensificando as medidas que tentam atenuar seu impacto. Pandemia significa uma disseminação geográfica rápida para os outros continentes e não um aumento da gravidade da doença.
O mundo registrou poucas pandemias nos últimos séculos. Uma das mais recentes, e também uma das mais devastadoras da história, foi a gripe espanhola, detectada em 1918, logo após a Primeira guerra mundial.
Sinais e sintomas
Os sintomas mais comuns da COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca. Pode ocorrer sintomas gastrointestinais (náusea, vômito e diarreia) antes da ocorrência de sintomas respiratórios, mas esse é principalmente um vírus respiratório.
Quão grave é a COVID-19?
Algumas pessoas infectadas pelo vírus podem não apresentar sintomas ou apresentar sintomas discretos. A maioria das pessoas infectadas (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento especial. Cerca de uma em cada seis pessoas com COVID-19 pode desenvolver a doença em sua forma mais grave.
Pessoas idosas e/ou com outras doenças associadas, como por exemplo: pressão alta, problemas cardíacos, diabetes, imunossuprimidos e pessoas em tratamento para câncer, compõe o chamado grupo de risco e têm maior probabilidade de desenvolver doença respiratória grave.
Como diferenciar a COVID-19 da gripe comum?
Os sintomas são semelhantes, mas a COVID-19 pode causar um quadro respiratório severo em pacientes que fazem parte do grupo de risco.
Gostaria de acrescentar alguma medida importante na prevenção?
Sim, quero lembrar a todos que tão importante como lavar corretamente as mãos é secar as mãos. Os micro-organismos se proliferem na pele úmida. Portanto, secar as mãos com papel toalha após lavá-las adequadamente é uma medida muito importante.
Tratamento
Atualmente, não há tratamento antiviral específico para esse novo coronavírus. O tratamento é, portanto, suportivo, o que significa administrar líquidos, remédios para reduzir a febre e, em casos graves, oxigênio suplementar. Pessoas que ficam gravemente doentes com o COVID-19 podem precisar de um respirador para ajudá-las a respirar. A infecção bacteriana pode complicar essa infecção viral. Os pacientes podem necessitar de antibióticos nos casos de pneumonia bacteriana, além do COVID-19. Os tratamentos antivirais usados para o HIV e outros compostos estão sendo investigados.
Não há evidências de que suplementos, como vitamina C ou probióticos, ajudem a acelerar a recuperação.
Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para obter um diagnóstico e iniciar o tratamento. Os casos graves devem ser encaminhados a um hospital de referência estadual para isolamento e tratamento. Os casos suspeitos leves que não necessitam de hospitalização, poderão ser acompanhados pela Atenção Primária, que instituem medidas de precaução domiciliar. Contudo, é necessário avaliar cada caso.
Recomendações
É recomendável que somente pessoas com sintomas mais intensos de doença respiratória procurem atendimento médico no pronto-socorro. Os sintomas graves são batimento cardíaco acelerado, pressão arterial baixa, temperaturas altas ou muito baixas, confusão mental, dificuldade em respirar, desidratação grave. Idealmente ligue antes para informar ao pronto-socorro que você está vindo para que eles possam estar preparados para sua chegada.
Agradecemos mais uma vez sua disponibilidade em esclarecer todos esses duvidas. Também agradecemos a forma humana, profissional e carinhosa com que trata a comunidade de Orlando e especialmente os brasileiros. É realmente muito importante ter informações de um médico qualificado pois temos observado que diante a essa situação de pandemia, muitas informações falsas, incompletas e até irresponsáveis estão sendo disseminadas. Portando, mesmo sabendo que “de médico e louco todo mundo tem um pouco”, apelamos para a sensatez, necessária neste momento. E apelamos para que as pessoas só repassem informações de fontes oficiais a fim de não gerar pânico.