Corpo de brasileira morta no deserto dos EUA é sepultado após 2 meses

Familiares e amigos de Lenilda dos Santos se reuniram em Rondônia para o seu sepultamento

 

O corpo da brasileira Lenilda dos Santos – encontrada morta no deserto dos EUA  – foi sepultado nesta segunda-feira em Ouro Preto do Oeste, em Rondônia. Foram dois meses de espera, e a família pôde prestar as últimas homenagens à técnica de enfermagem, de 49 anos, junto de amigos e colegas de trabalho

 

Da Redação


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Após dois meses de longa espera pela família, o corpo de Lenilda dos Santos – encontrada morta no deserto dos EUA quando tentava entrar no país –, foi sepultado nesta segunda-feira em Ouro Preto do Oeste em Rondônia. A trágica morte da técnica de enfermagem, de 49 anos, que foi abandonada por um coiote e o grupo de amigos com quem seguia pelo deserto, causou indignação. E após o trâmite de envio do corpo para o Brasil, familiares, amigos e colegas de profissão prestaram homenagens a Lenilda.

Despedida da técnica de enfermagem – Foram momentos de comoção quando o corpo foi recebido na praça da entrada da cidade de Ouro Preto do Oeste – onde a brasileira morava com a família –, depois passou em frente ao hospital onde ela trabalhava e na sequência foi levado para ser velado na quadra de uma escola.

“O sentimento agora é de alívio porque a família estava sofrendo demais. Dá um conforto saber que ela está aqui. Ela foi uma grande mulher. Somos de cidade pequena e todos sabem o tanto que ela lutou para fazer enfermagem, do sonho de ir para os Estados Unidos. Tudo sempre em função da família”, comentou um amigo de profissão de Lenilda.

 

 

Entenda o caso

Lenilda dos Santos deixou o Vale do Paraíso no dia 13 de agosto com o objetivo de atravessar a fronteira entre México e EUA, através do deserto, com ajuda de um coiote. Ela estava acompanhada de dois amigos que moravam na mesma cidade e a conheciam desde a infância. A intenção de Lenilda em ir para os EUA era “dar melhor qualidade de vida para a família”.

Os três viajantes passaram 33 dias na mesma casa esperando o melhor momento para atravessar o deserto. A caminhada iniciou em um domingo e já no dia seguinte Lenilda estava muito desidratada e passando mal.

Em àudios enviados à família, Lenilda conta que amigos decidiram seguir caminho sem ela, mas voltariam para buscá-la. Ela só precisava seguir andando mais um pouco até o local combinado e aguardar por ajuda.

Lenilda foi encontrada morta nove dias depois. A família acredita que ela morreu de sede após ser abandonada. “Eles abandonaram ela na segunda. Ela ainda caminhou a terça todinha, chegou no lugar que tinha que chegar e ninguém veio buscar”, conta a filha Genifer Oliveira.

A previsão era de que o corpo da técnica de enfermagem saísse de Ohio, nos Estados Unidos, em 20 de outubro, dia em que completaria 50 anos.

Com o adiamento, segundo a família, todos os documentos teriam de ser refeitos com o novo agente funerário, que substituiu o primeiro agente após ele sofrer o ataque cardíaco. A brasileira deixou duas filhas adultas, uma delas é Genifer Oliveira, que tem um filho de cinco anos e está grávida.



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