Controle sobre armas de fogo nos EUA enfrenta obstáculos e vira debate nacional

Suprema Corte dos EUA ouvirá sobre o direito ao porte de armas; o tema virou discussão em todo o país

O ataque na escola do Texas renovou os apelos pelo controle de armas nos EUA, e há uma luta para mudança, apesar de obstáculos. O presidente Joe Biden reforça o pedido ao Congresso que enfrente o lobbie das armas

Da Redação

Em todo país, a discussão sobre o acesso da população a armas de fogo se intensificou na semana, após a matança na escola pública dos Texas.  O ataque a tiros em Uvalde renovou os apelos pelo controle de armas nos EUA, há uma luta para mudança. O presidente Joe Biden se posicionou e pede ao Congresso que enfrente o lobbie das armas: “Onde, em nome de Deus, está nossa espinha dorsal para ter a coragem de lidar com isso e enfrentar os lobbies?”


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Embora os democratas controlem a presidência e as duas casas do Congresso desta vez, os esforços para aprovar novas regulamentações de controle de armas enfrentam entraves — alguns já conhecidos e outros novos.

Hoje, apenas uma pequena parcela dos 50 senadores republicanos parece aberta a aprovar uma nova legislação sobre armas, o que indica que quaisquer esforços nesse sentido não devem ser bem-sucedidos.

Isso não impediu que os democratas considerassem novas propostas e se oferecessem para trabalhar com os republicanos para encontrar um meio termo.

As propostas com maior apoio incluem uma lei de “bandeira vermelha” que impediria indivíduos com doenças mentais ou antecedentes criminais de comprar armas de fogo e verificações ampliadas de antecedentes de compradores de armas que incluiriam vendas privadas de armas.

Embora as pesquisas de opinião indiquem que a maioria dos americanos apoia esses esforços, senadores republicanos representam Estados com grandes comunidades pró-armas. E os eleitores republicanos, de cujo apoio eles precisam para vencer as primárias são ainda mais contrários a qualquer mudança. Portanto, a menos que a opinião desse eleitorado mude, é improvável que os republicanos mudem de tom.

Embora os esforços do Congresso não tenham ido adiante em 2015, os ativistas do controle de armas fizeram progressos significativos na aprovação de novas leis a nível estadual.

Suprema Corte

Um dos legados duradouros do ex-presidente Donald Trump foi nomear centenas de juízes conservadores para os tribunais federais, incluindo a nomeação de três novos juízes da Suprema Corte. Dois juízes do tribunal de apelação nomeados por Trump na Califórnia derrubaram uma lei estadual que proibia a venda de rifles de assalto para menores de 21 anos.

Essa opinião, se confirmada pela Suprema Corte, pode ser de particular relevância, uma vez que os autores dos ataques a tiros em Uvalde, Sandy Hook e Buffalo se enquadram nessa categoria. A Suprema Corte ouvirá sobre o direito ao porte de armas.

“A América não existiria sem o heroísmo dos jovens adultos que lutaram e morreram em nosso exército revolucionário”, escreveu um dos juízes. “Hoje reafirmamos que nossa Constituição ainda protege o direito que permitiu seu sacrifício — o direito dos jovens adultos de manter e portar armas”.



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