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Compaixão
JAN/15 – pág. 64
Em um recente artigo, na revista “Family Therapy” (setembro/2014), a minha colega Laura Wallace, LMFT, inspirou-me sobre um tema que há muito me atrai: a compaixão. Gostaria de partilhar vários aspectos interessantíssimos com vocês.
“Compaixão é a maneira de o cérebro orientar a pessoa para ajudar outra em necessidade.”
Quando sentimos compaixão, o cérebro usa a imaginação para reconhecer e se relacionar com o sofrimento de outrem. Regiões do cérebro relativas à sensação, percepção, conectividade, reatividade emocional e dor física ativam calor e gentileza e o desejo deajudar o próximo (Goetzet al, 2010).
Mais do que a expressão facial, a corporal (como a posição do corpo, o tom de voz, a maneira de olhar) pode indicar compaixão.
Curiosamente, a autora distingue “compaixão” de “empatia.” Esta é a capacidade de nos relacionarmos com a dor do próximo, como se fosse nossa; por isso, ao empatizarmos com alguém, podermos sofrer com eles e, daí, por vezes, querermos afastar-nos (assim, nem sempre quem se afasta não é quem não entende – pelo contrário). Compaixão, em contraste, aproxima aquele que se preocupa com aquele que sofre, especialmente se a dor for injusta.
Aparentemente, a compaixão tem benefícios físicos e neurológicos únicos: com compaixão, o sistema neurológico parassimpático desacelera o coração e aumenta o poder de atenção; também o nosso sistema dopaminérgico é estimulado e a oxitocina aumentada (ambos têm que ver com a dinâmica de conexão com os outros, inclusive, o enamoramento).
Assim, a compaixão equilibra a resposta ao estresse, aumenta a conectividade social e faz-nos mais capazes de cuidar dos outros.
Neff (2003) sugere que valorizemos mais a compaixão do que a autoestima, pois aquela faz com que tratemos a nós próprios e aos outros com amor. Baixa autoestima poderá estar relacionada à depressão e a outros problemas mentais, mas alta autoestima não tem necessariamente a ver com saúde, como é o caso de narcisismo e alguns criminosos. Assim, compaixão-própria tem todas as vantagens de autoestima sem as desvantagens.
O que também é interessante é que a compaixão, aparentemente, pode ser aprendida. O Centro para a Pesquisa e Educação de Compaixão e Altruísmo de Stanford (CCT) oferece um curso de 8 semanas e, de acordo com Jazaieri et al (2013, p. 1113), aumenta bastante a capacidade de compaixão pelos outros, a aceitação do mesmo para nós e por nós próprios.
“O amor e a compaixão são necessidades e não luxos. Sem eles, a humanidade não pode sobreviver.” Dalai Lama, a Arte da Felicidade.
Assim, deixo meus votos para 2015.
Para qualquer outra informação, comentário ou consulta, contate 407-628-1009.
Rosario Ortigao, LMHC, MAC
Conselheira de Saúde Mental
407 628-1009
rosario@ortigao.com