Como lidar com as transições

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SET/14 – pág. 70

transitionsMudanças inesperadas (ou não) fazem parte da vida, seja no trabalho, seja na vida pessoal. Nada fica igual para sempre. Saber adaptar-nos às mudanças é importante para nossa saúde emocional e física. Mesmo que nos sintamos felizes no lugar em que estamos e aonde chegamos, bem como com o que conseguimos, é saudável manter atitude humilde, pois realisticamente há sempre fatores que não podem ser controlados, tais como, por exemplo, planos de outras pessoas, mudanças políticas, atmosféricas etc. (que nos afetam direta ou indiretamente).


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Saber viver é apreciar o momento, desfrutar da interação com tudo e todos: o primeiro beijo do dia no marido, o olhar de despedida do cachorro, o “bom dia” do porteiro, o sabor do almoço, o céu ao pôr do sol, a almofada da cama no final do dia. Saber viver é contar que o amanhã trará outras perspectivas e realidades, que deverão ser digeridas e saboreadas. É, ainda, poder investir com desapego, sonhar e planejar com paixão, muito embora sabendo que tudo pode mudar. Viver o presente, acuradamente, propositalmente, atentamente. Eckhart Tolle, filósofo, fala sobre isso no seu livro: “O Poder do Agora”.

Parte do meu trabalho é dar assistência a pessoas que, de repente ou dentro de certo tempo, perderão o trabalho. É uma realidade dura, com expectativas mudadas, impacto financeiro e social. Como tudo, é um processo a ser desvendado com suas próprias e específicas fases:

primeira – negação: não quero acreditar, custa-me aceitar;

segunda – ira: não gosto das notícias e nem das pessoas que estão afetando a minha vida sem que eu possa fazer nada para impedir;

terceira – negociação: quero tentar manter minha realidade vivida, e minha mente tenta descobrir a maneira;

quarta – depressão: é normal sentir-se triste, desiludido, cansado, vítima, pessimista. Tendo passado as fases anteriores, minha mente sente-se derrotada por esta nova realidade. Preciso sentir e expressar os sentimentos próprios dela para poder chegar a próxima fase;

quinta – aceitação: começo a ver luz no final do túnel. Já entendo melhor a nova situação e começo a encontrar novas alternativas (muito embora ainda me sinta afetado por tudo o que passou);

sexta e última – liberdade: perdi aquilo que tinha, mas encaro como parte do passado. Vejo a situação com objetividade. Sobrevivi e ganhei experiência.

Todas essas etapas levam “um tempo”. Pessoas e circunstâncias são diferentes. Por isso, cada um sente à sua maneira: uns sentirão alívio e descobrirão oportunidades; outros, grande desafio. De qualquer maneira, um novelo de sentimentos, quer queiramos ou não, será vivido por todos. Não devemos nos comparar, apesar de ser normal fazê-lo. Devemos procurar apoio. Para qualquer pergunta, comentário ou consulta, telefone ou envie e-mail. Muito Obrigada!

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Seguem algumas dicas de como lidar com transições:

1.tome conta do seu bem-estar físico: coma saudavelmente, faça ginástica, descanse o suficiente. Evite estimulantes, como a cafeína, chocolate, nicotina e depressivos (álcool);

2.procure ambientes conhecidos e cômodos, evite ficar muito tempo sozinho;

3.tente explicar de forma clara os seus sentimentos a pessoas de confiança;

4.não se surpreenda se transições passadas voltam à sua mente e ao seu coração;

5.dê-se tempo suficiente para ultrapassar esta fase. É normal ter dificuldade de concentração, de dormir, de tomar decisões; sentir-se triste, irritado, desconfiado ou distraído. Tudo isso vai melhorar com o tempo;

6.procure saber se onde trabalha existe apoio ao empregado (EAP). Se for preciso, consulte um profissional.[/box]

Rosario Ortigao, LMHC, MAC
Conselheira de Saúde Mental
407 628-1009
rosario@ortigao.com



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