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Com dólar alto, imobiliárias de brasileiros nos EUA mantêm vendas
O dólar comercial cotado na casa dos R$ 3 em 2015 não tem atrapalhado os negócios de quem vende imóveis em Miami e Orlando, na Flórida. Segundo as imobiliárias Elite International Realty e Vitoria Realty, ambas fundadas por brasileiros que vivem nos Estados Unidos, as negociações de imóveis mantêm o mesmo ritmo do ano passado, apesar da alta da moeda norte-americana.
A Elite vendeu, no ano passado, 992 imóveis, segundo Leo Ickowicz, 67, sócio da empresa. Metade dos clientes era de brasileiros. O mesmo percentual se mantém em 2015 nas 420 vendas realizadas pela imobiliária até maio. “Quem está decidido a comprar um imóvel nos Estados Unidos não se assusta com o câmbio”, diz.
A empresa tem unidades à venda em Miami com preços entre US$ 300 mil e US$ 1,5 milhão (de R$ 928 mil a R$ 4,6 milhões), dependendo do tamanho e da localização. Em Orlando, o valor médio das casas varia de US$ 250 mil a US$ 400 mil (R$ 773 mil a R$ 1,2 milhão). A empresa fica com uma comissão de 3% a 6% sobre o valor da venda. O faturamento não foi divulgado.
Segundo Ickowicz, apesar de a moeda norte-americana em alta encarecer a compra, por outro lado, ela aumenta o retorno de quem aluga casas nos Estados Unidos. “Há uma procura alta para compra de imóveis residenciais e comerciais para locação. Com isso, o investidor consegue ter uma renda em dólar maior do que teria em real”, afirma.
Com sede em Miami, a imobiliária atende toda a América Latina por meio de representantes em São Paulo, Rio de Janeiro, Bogotá e Cáli (na Colômbia), Caracas (Venezuela), Cidade do México (México) e Lima (Peru). Dos 88 corretores que trabalham para a empresa, 53 são brasileiros, segundo a empresa.
Imobiliária movimenta US$ 16 milhões por ano
A Vitória Realty movimentou US$ 16 milhões (R$ 49,5 milhões) em vendas e faturou US$ 3 milhões (R$ 9,3 milhões) em 2014. O lucro não foi revelado. De acordo com a empresa, dos 58 imóveis vendidos em Miami e Orlando, 50% foram para brasileiros. Neste ano, a imobiliária já vendeu 28 imóveis com o mesmo percentual de clientela no Brasil.
Em Miami, a maior oferta é de apartamentos, cujos preços variam de US$ 350 mil a US$ 3 milhões (de R$ 1 milhão a R$ 9,3 milhões), segundo Edna Batini, 54, sócia-fundadora da imobiliária. Em Orlando, as casas são maioria. Os preços vão de US$ 250 mil a US$ 2 milhões (entre R$ 773 mil e R$ 6,1 milhões).
Segundo a empresária, o número de compradores brasileiros cresceu após a crise financeira de 2008, quando o preço dos imóveis nos Estados Unidos caiu e o dólar perdeu valor. Hoje, mesmo com o dólar cotado na casa dos R$ 3, ela afirma que a procura continua alta.
“Percebo uma certa insatisfação do brasileiro em relação ao preço dos imóveis no Brasil e à economia do país com um todo”, declara. “Esse sentimento de revolta tem levado muitas pessoas a investirem nos Estados Unidos.” A imobiliária tem um escritório em São Paulo para atendimento presencial, mas também atende clientes europeus, colombianos, venezuelanos, entre outros.
Insatisfação com país não é oportunidade de negócio
Apesar da onda de brasileiros querendo deixar o país rumo a Miami e Orlando, o cenário não caracteriza uma oportunidade de negócio, segundo Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo do Insper. “Existe um público infeliz com a realidade brasileira, mas ainda não há um movimento grande que justifique a abertura de novas imobiliárias para atender exclusivamente a esse nicho”, afirma.
Nakagawa diz que o mercado imobiliário nos Estados Unidos –e no Brasil também– é bastante concorrido. O sucesso vai depender da rede de relacionamentos e parcerias do empresário. “Se o foco será a venda para brasileiros, precisa ter estrutura para isso, gente para atender aqui [no Brasil] e ajudar na emissão de vistos, escolha da escola para os filhos e a melhor localização lá [no exterior].”
O professor declara, ainda, que, caso o empreendedor opte por abrir o negócio no exterior, é preciso conhecer o local previamente, estudar o público, a legislação, calcular as despesas de funcionamento da empresa e o custo de vida no país. “Não dá para ‘cair de paraquedas’ e achar que o negócio vai dar certo”, declara.
Fonte: circuitomt.com.br (UOL)