Casais brasileiros investem mais de R$ 200 mil para o bebê nascer nos EUA

Com garantias de um futuro seguro para a criança, casais brasileiros investem no nascimento do filho nos EUA

Para isso, o casal interessado precisa desembolsar R$ 100 mil só com a cesárea – parto normal custa R$ 80 mil. A conta chega próximo de 250 mil ao adicionar hospedagem, alimentação e transporte na Flórida

Da Redação – Um dado que surpreende é que casais brasileiros chegam a gastar mais de R$ 200 mil para ter bebê nos EUA. O objetivo é garantir o futuro da criança, que terá direitos especiais no país, podendo estudar nos melhores colégios e universidades. Outro ponto é o direito ao green card aos pais, após ter completado 21 anos.

Todo bebê que nasce em solo americano recebe a cidadania local, o que pode lhe abrir portas. Mas quem são as pessoas dispostas a investir tanto dinheiro assim no programa “Ser Mamãe em Miami”?


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Para isso, o casal interessado precisa desembolsar R$ 100 mil só com a cesárea – parto normal custa R$ 80 mil. A conta chega próximo de 250 mil ao adicionar hospedagem, alimentação e transporte na Flórida por cerca de dois meses. Nos últimos anos, o número de brasileiros tem crescido.

Evidenciando que todo o procedimento é permitido pela legislação americana. Essa procura inspirou o pediatra brasileiro Wladimir Lorentz a criar um serviço especializado em grávidas estrangeiras.

Afinal, quem é o pediatra Wladimir Lorentz? Formado em Nova Orleans e residente nos EUA há mais de 30 anos, o médico notou o número de estrangeiros – em particular, russos –, que viajam aos EUA só para ter o filho. Assim, ele deixou a clínica pública onde trabalhava, fez uma sociedade com dois obstetras – um colombiano e um equatoriano –, e criou em 2015 o programa “Ser mamãe em Miami”, um dos pioneiros no oferecimento de serviços integrados em obstetrícia e pediatria a gestantes estrangeiras.

No ano passado, Lorentz alega ter recebido 250 famílias, especialmente da América Latina e Oriente Médio – metade delas brasileiras. São em média 13 famílias por mês, entre políticos, empresários e fazendeiros.

Até celebridades como o vereador Thammy Miranda (PL-SP) e a cantora Claudia Leitte estão na lista. Há serviços semelhantes em outras cidades americanas. A “Macrobaby”, megaloja de produtos infantis, oferece assessoria para grávidas em parceria com clínicas e hospitais de Orlando.

Pacotes disponíveis

Existem seis pacotes disponíveis, mas a empresa não divulga os valores. Também é possível contratar médicos e hospitais isoladamente. Quem opta por ter filho nos EUA pensa em facilitar o acesso melhores colégios e universidades americanas – garantindo o green card aos pais.

Os chineses estão entre os que mais procuram esse tipo de serviço, seguidos por russos, coreanos e mexicanos. Receber atendimento médico e ter um bebê nos EUA são práticas condizentes com as leis americanas, como diz Marcelo Gondim, advogado licenciado na Califórnia e especializado em Direito Imigratório.

A única exigência é que a gestante comprove condições de pagar pelos serviços médicos. Agentes consulares podem recusar vistos de turismo para grávidas, caso desconfiem que exista intenção em dar à luz nos EUA sem arcar com as despesas do tratamento.



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