Campeões do zouk brasileiro formam dupla imbatível nos EUA

Os bailarinos Luiza Teston e Paulo Victor encantam americanos e brasileiros com o zouk

 

Os dançarinos Paulo Victor e Luiza Teston, campeões do zouk brasileiro, colecionam importantes títulos em competições no Brasil e EUA, agora residindo na Flórida. Em entrevista ao “Nossa Gente”, falam do ritmo contagiante que conquistou americanos e brasileiros residentes em Miami, e dos desafios para superar a pandemia

 

Da Redação


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Os dançarinos, coreógrafos e treinadores, Paulo Victor e Luiza Teston – principais nomes do zouk brasileiro –, decidiram morar na Flórida, após realizarem apresentações em países como Holanda, Rússia, Polônia, Escócia, Suíça, Austrália e até mesmo nos EUA. O destino é Hallandale Beach, próxima a Miami, onde dão aulas para brasileiros e americanos da região, difundindo esse ritmo envolvente, que mexe os quadris e impulsiona passos marcantes. Quem dança o zouk, reza a lenda, se entrega a um universo de sensualidade e movimentos desmembrados, passando dos pés até a cabeça. Uma performance que evidencia o entrosamento entre parceiros, a chamada dança de salão, que conquistou adeptos no Brasil e no exterior.

 

Dupla impressiona público – Detentores de importantes títulos em campeonatos internacionais, o casal viaja pelo país ministrando aulas em congressos, marcando presença em eventos de dança. A busca para se aprimorar no zouk brasileiro, mobiliza profissionais de outros estados americanos, que se locomovem até a Flórida para participar do projeto desenvolvido por Paulo Victor e Luiza, o “DLAP” – Dance Like a Pro. Entretanto, com a pandemia as viagens estão temporariamente suspensas, levando o casal a buscar alternativas de sobrevivência – a força e a musicalidade dos dançarinos mantêm-se ativa.

E após passar por vários países, a Flórida mexeu com Victor e Luiza, que optaram em viver em Hallandale Beach, e ambos têm lá os seus motivos quando indagados: “Eu me apaixonei pela Austrália, mas a Flórida tem algo especial, mais próxima do clima do Brasil, com um mercado muito aquecido. A Flórida é uma região maravilhosa para se viver e trabalhar. É o segundo lugar no mundo com mais eventos, o que é ótimo para o zouk, que é bem aceito pelos americanos”, relata Luiza Teston.

 

Leveza e performance nos palcos – “Aqui têm muitos latinos. Ainda estamos aprimorando o inglês, nos adaptando a tudo isso. A maioria dos nossos alunos é americano, de Miami, e eles ficam encantados com o zouk, querem saber sobre o ritmo, conhecer a cultura do Brasil. O americano faz muitas perguntas, quer entender o que ele está fazendo. São pessoas participativas e isso tem sido importante”, complementa Luiza.

Quando consultado sobre o desempenho do americano no zouk, se ele consegue se soltar, mexer os quadris em um ritmo tão envolvente, Paulo Victor foi enfático: “o americano é mais conservador, mais distante, e tivemos que fazer algumas adaptações na dança. Por exemplo, os parceiros não ficam tão próximos, sem o abraço, e sem o ‘bate coxas’, porque o americano não é despojado como o brasileiro. Mas ele tenta mexer os quadris como o brasileiro, se esforça, é participativo, e isso é um ponto muito positivo.”

Disse Paulo que no início das aulas com os americanos, foi necessário um estudo para entender a dinâmica desse corpo. Buscar novas técnicas que se adaptassem ao novo aluno. “O americano tem uma trava, e quando ele dança fica mais travado, então tem que trabalhar bem o seu corpo para ele se soltar. Ele precisa soltar o quadril e o peito para deixar a dança fluir melhor. Aplicamos exercícios para ele soltar o quadril e aproveitar a dança, que é dinâmica e envolvente”, acrescenta.

 

Gordinhos têm molejo nos quadris

Segundo Paulo e Luiza, não é necessariamente ser magro para dançar o zouk, e, ao contrário do que se supõe, os gordinhos se saem muito bem e têm molejo nos quadris. “A mulher ou o homem gordinhos têm uma transferência mais fácil de peso. Podem dançar muito bem. O zouk é um ritmo que não faz acepção de pessoas, todos podem dançar, todos são bem-vindos ao zouk”, comemora o casal.

Com 24 horas dedicadas à dança, os coreógrafos e treinadores relatam que conciliam o amor ao trabalho. Eles namoram, e contam que essa paixão surgiu nos palcos, durante os eventos. Vivem sob o mesmo teto, fortalecendo a parceria de palco e intimidade. Dividem a tarefa de preparar aulas, orientar alunos e aguardam a pandemia passar para então retomar as viagens pelos EUA, participando de campeonatos e congressos.

“No momento, as nossas viagem estão suspensas, mas estamos trabalhando. Tivemos que nos adaptar à nova realidade, nos reinventar para superar esse momento conturbado. Temos aulas presenciais, atendendo ao pedido dos próprios alunos que pediram a volta às aulas. Respeitamos todos os procedimentos de segurança, e não há troca de parceiros durante a dança. É um grupo bem limitado, em área bem ventilada, oferecendo segurança aos professores e alunos. Fizemos um estudo de adaptação a esse momento e está dando muito certo”, comemora o casal.

Criado no Nordeste, no Ceará, Paulo Victor nasceu em São Paulo, e diz que no momento tem um novo desafio da carreira: “estou aprendendo a ser DJ de zouk. É um aprendizado importante para o nosso trabalho. Uma missão extremamente envolvente”, conta.

Para a bailarina Luiza Teston, gaúcha, viver em Hallandale Beach – há dois anos –, tem sido uma experiência “prazerosa, embora eu tenha uma paixão especial pela Austrália”, confessa. Relata que sente saudade da família e dos amigos no Brasil, e também da Europa. Nas horas livres, gosta de passear nas praias belíssimas e aproveitar o clima saudável de Miami.

 

História

Trajetória vitoriosa pelo mundo – Juntos, Paulo Victor e Luiza participaram de vários campeonatos e tornaram-se vice-campeões do “US Open Swing Dance Championship/EUA”, em 2018, na categoria Cabaret, e campeões do “Brasil Latin Open 2018”, na categoria Zouk. Além da conquista de dois 1º lugares no “Prêmio Desterro 2016”; 1º lugar no “Festival de Campos de Jordão” – 2016 e 2017; 1º lugar no “Dance Fragmentes 2017”, vice-campeões do “Brasil Latin Open 2017”; campeões do “Festival de Dança de São Paulo 2017”; campeões de 2017 do “Litoral Dance Festival”; campeões de 2017 do “Equilibrium Dance Festival” e campeões do “Festival Artes do Corpo”.

E antes mesmo de escolherem os EUA para difundir a dança, o casal marcou presença como professores em eventos como: “Semana da Cultura Latina”, “Semana Maranhense de Dança”, “Zouk Day”, ‘Up Dance”, “Zouk Fest/Londres”, “Brazilian Dance Festival /Amsterdam/Holanda” e “Russian Zouk Congress/Rússia”.

 

Serviço

Instagram: @pauloandluiza

@zoukunited

E-mail – pauloeluisa20@gmail.com

 



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