Cair e levantar

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O judoca Alex Pombo supera grave contusão para conquistar a vaga olímpica

por Luiz  Humberto Monteiro Pereira

jogoscariocas@gmail.com

Judoca Alex Pombo – Fotos: Marcio Bruno/CBJ e Marcio Rodrigues/Mpix
Judoca Alex Pombo – Fotos: Marcio Bruno/CBJ e Marcio Rodrigues/Mpix

Conquistar a chance de representar seu país nas Olimpíadas é um momento glorioso para qualquer atleta. No caso do judoca peso leve paulista Alex Pombo, de 27 anos, a confirmação da vaga veio no início de junho, por ele aparecer como o melhor brasileiro no ranking mundial da categoria até 73 kg – é o 27º do ranking. Ao longo do ciclo olímpico, Pombo obteve diversos resultados expressivos, entre eles a medalha de ouro no Campeonato Pan-Americano de Edmonton, em 2015. Até que, em julho do ano passado, na disputa pela medalha de bronze dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, machucou o joelho. Ficou fora dos tatames por seis meses e só voltou a lutar janeiro deste ano. “Nunca desisti do sonho. É um objetivo de vida que estava em jogo. Tive muito apoio e sempre acreditei em Deus. Fiquei sem chão quando recebi a notícia. Só posso agradecer e afirmar que todo meu esforço valeu a pena”, comemora.


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Desde que a CBJ anunciou a convocação para os Jogos, o time masculino iniciou um ciclo de atividades em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. E Pombo não disfarça a expectativa de sua estreia olímpica. “A convocação era uma meta. Estou muito feliz, mas quero ainda mais. Entrarei na competição buscando a medalha de ouro. Tenho esse novo foco. Quero aproveitar todo esse período de treinamentos para me fortalecer neste novo desafio”, avisa o judoca nascido em Guaratinguetá e criado em São José dos Campos, que atualmente é atleta do Minas Tênis Clube e do Exército Brasileiro, recebe a Bolsa Atleta do Ministério do Esporte e faz faculdade de Fisioterapia.

Jogos Cariocas – Como você se aproximou do judô?

Alex Pombo – Comecei treinando judô quando criança, aos doze anos de idade, num salão no centro comunitário do meu bairro, em São José dos Campos. O espaço era pequeno e depois precisamos mudar de local, para a Associação Desportiva da Polícia Militar que ficava ali perto. Lá pude evoluir bastante e ganhar algum destaque. Por volta dos quinze anos, procurando evoluir mais, precisei sair de casa para conseguir me dedicar de forma mais intensa à modalidade. O resto é história. Vim para o Minas Tênis Clube, integrei a seleção brasileira de judô, disputei competições importantes, ganhei títulos e agora vou disputar pela primeira vez as Olimpíadas.

Jogos Cariocas – Quais são seus pontos fortes?

Alex Pombo – No esporte, precisamos estar nos aprimorando sempre, melhorando a cada dia para superar os nossos próprios limites. Cada luta é um novo desafio e todo adversário exige mais de nossas habilidades. Procuro estar em minha melhor forma buscando me aperfeiçoar técnica, física e psicologicamente.

Jogos Cariocas – O que mais gosta em praticar o judô?

Alex Pombo – O judô sempre esteve na minha vida e me trouxe muitas coisas boas dentro e fora dos tatames. O esporte é minha própria filosofia de vida e uma das minhas motivações para fazer mais e me superar a cada dia.

Jogos Cariocas – Qual foi seu momento mais emocionante, dentro do esporte?

Alex Pombo – Cada conquista e cada medalha tem uma grande importância para mim, toda luta tem uma história. Mas vivi um momento muito especial durante a disputa de uma edição dos Jogos Mundiais Militares de 2013. Competi com um trauma na lombar e ainda ganhei quatro das cinco lutas que fiz. Na repescagem, na disputa da medalha de bronze, abri o supercílio no início da luta, os árbitros queriam encerrar, mas continuei, consegui um wazari e ganhei a medalha.

Jogos Cariocas – Como acha que estão as chances do judô do Brasil nas Olimpíadas?

Alex Pombo – Temos uma equipe muito forte com muitos atletas de alto nível e alguns entre os melhores do mundo. Temos nos preparado muito e tivemos importantes resultados durante o ciclo. Acredito que temos tudo para fazer uma grande participação no Rio de Janeiro e sair com várias medalhas. O fato da competição ocorrer no Brasil torna isso ainda mais especial. Lutar com a torcida a favor, gritando e estando bem perto da gente será muito bom. É uma energia extra para cada luta.

Jogos Cariocas – Já sonhou com os Jogos Rio 2016? O que imagina encontrar lá?

Alex Pombo – Penso nisso todos os dias. Me preparo muito para alcançar meus objetivos e lutar por uma medalha. Sei que existirão dificuldades, mas tenho o apoio da minha família e da comissão técnica, que estão sempre a meu lado, para fazer meu melhor no tatame.

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