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Cachaça ganha status exclusivo nos EUA e deixa de ser ‘Brazilian rum’
Bebida passou a ser reconhecida como produto exclusivo do Brasil.
Produtores estimam que vendas irão se multiplicar por 10 em 5 anos.
Agora é oficial. Para ser chamada de cachaça nos Estados Unidos, a bebida precisa ser obrigatoriamente produzida no Brasil e estar de acordo com os padrões brasileiros de identidade e qualidade. Foi publicada nesta quinta-feira (11) nos Estados Unidos a lei que reconhece a cachaça como produto de origem exclusiva do Brasil.
Até então, por determinação dos Estados Unidos, o produto era vendido nos EUA com a descrição “Brazilian Rum” (rum brasileiro) no rótulo frontal.
“Nos livramos disso e agora a cachaça virou uma indicação geográfica e uma bebida exclusiva brasileira”, comemora o presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), Vicente Bastos Ribeiro. “Os Estados Unidos são o principal mercado de destilados do planeta e a nossa luta sempre foi para que a cachaça não virasse um genérico como a vodka, que hoje é fabricada em praticamente todo o mundo”, explica.
A conquista brasileira é equivalente à que países como França e México conseguiram para “champagne” e “tequila” ao redor do mundo e representa um impulso para as exportações e para o marketing internacional das marcas brasileiras de cachaça.
Até então, segundo o Ibrac, uso do termo “cachaça” como referência exclusiva à bebida com origem brasileira só era reconhecido pela Colômbia.
Segundo o Ibrac, em 2012 as exportações de cachaça somaram cerca de US$ 20 milhões e representaram menos de 1% da produção. As vendas para os EUA somaram cerca de US$ 2 milhões no ano passado, constituindo o quarto maior mercado externo da bebida brasileira, atrás de Bolívia, Paraguai e Alemanha.
Investimento em marca
A vitória dos produtores brasileiros, entretanto, exigirá agora investimentos em marketing e da divulgação da bebida, uma vez que muitos americanos connhecem mais a caipirinha do que a própria cachaça, chamada até então por “Brazilian rum”.
“Esse reconhecimento vai exigir investimentos em marca, mas dá uma perspectiva de longo prazo para os fabricantes. As vendas nos Estados Unidos vem crescendo a taxas altas e acreditamos que em cinco anos multiplicaremos em 10 o volume exportado”, diz Ribeiro.
Segundo ele, esforços agora serão voltados para o reconhecimento da cachaça na Europa.

“Temos várias negociação em curso, uma delas é com o México. Mas a Europa é a grade prioridade, uma vez que é o grande celeiro das indicações de origem”, diz o executivo.
Entenda o caso
As negociações com o governo dos Estados Unidos iniciaram em 2000, desde que o país passou a exigir que a bebida brasileira trouxesse em seu rótulo a expressão “run brasileiro”.
O processo de reconhecimento foi iniciado oficialmente em abril de 2012, a partir da visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos.
Pelo acordo, o Brasil também decidiu reconhecer como “legitimamente americanos” os uísques do tipo Bourbon e Tenessee.
Fonte: g1.globo.com