Brazucas ajudam a ressuscitar a economia na Flórida

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JAN/12 – pág. 3

É com prazer que retorno a escrever nossa coluna mensal para o Nossa Gente. Aproveito a ocasião para desejar um feliz 2012 para todos os leitores da nossa coluna e agradecer-lhes o apoio.


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Pensando no tema para esse primeiro artigo de 2012, resolvi comentar uma reportagem do New York Times, publicada em 28 de dezembro de 2011, que me deixou orgulhosa de ser brasileira.

A reportagem começa dizendo que Miami, uma cidade que recebe tantos latinos, tem cortejado e voltado sua atenção, acima de todos os grupos de visitantes, aos brasileiros.

O artigo define os brasileiros como “enamorados do luxo.” Com o “boom” econômico do Brasil, brasileiros visitam a Flórida e gastam milhões de dólares durante suas férias. As compras de brasileiros vão de joias, carros, obras de arte a apartamentos e casas.

Devido a esse fluxo de comércio nos Estados Unidos, muitas empresas americanas, especialmente empresas de vendas de imóveis, têm firmado parcerias com empresas brasileiras. Também se observa parcerias entre corretores e escritórios de direito migratório, uma vez que muitos dos turistas brasileiros que vêm visitar os Estados Unidos demonstram interesse em obter informações sobre visto de trabalho e visto de investidor, que lhes permitam viver e trabalhar legalmente nos Estados Unidos.

Muitos shoppings têm contratado funcionários que falam português, para que os turistas brasileiros se sintam em casa e, consequentemente, gastem mais e mais.

A reportagem fala, ainda, do crescimento do número de empresas brasileiras instalando franquias e filiais na Flórida. “Oi, um cumprimento brasileiro, é cada vez mais notável”, diz a reportagem.

Investidores brasileiros afirmam que investem na Flórida, pois aqui os imóveis são mais baratos. Muitos compram imóveis como “casa de férias”, uma vez que os brasileiros adoram passar as férias na Flórida.

A reportagem compara a recessão europeia e americana com o galopante crescimento da economia brasileira que tem se tornado mais forte devido ao número de exportações e fabricação utilizando-se dos recursos naturais encontrados no Brasil. Ainda, menciona-se a taxa de desemprego de outubro, apenas 5.8%, e a posição do Brasil, agora como a sexta maior economia do mundo, passando a Inglaterra.

A reportagem define os brasileiros como amantes de marcas que usam seu dinheiro nos Estados Unidos, o que coloca os brasileiros entre os 10 grupos que mais gastam na terra do Tio Sam.  A lista também inclui, entre outros, os franceses, ingleses e alemães. Em 2010, 1.2 milhões de brasileiros visitaram os Estados Unidos. Esse total de visitantes deixou no país em torno de $ 5.9 bilhões, uma média de $ 4,940 mil dólares por visitante. Apenas turistas da Índia e da China gastaram mais que os brasileiros, porém enviaram menos visitantes e não estão sequer no grupo dos 10 países que mais visitam os Estados Unidos, diz a reportagem.

O Departamento de Comércio americano espera um aumento no número de visitantes brasileiros para 2012, o que vai causar um poderoso impacto na economia americana, de acordo com a reportagem. Por esse motivo, lobistas estão tentando convencer as autoridades em Washington a permitir que os turistas brasileiros venham aos Estados Unidos sem a necessidade de solicitar um visto de turista, seguindo os moldes do acordo com a União Europeia.

A reportagem ainda cita que a American Airlines tem agora 52 voos semanais vindos de 5 cidades brasileiras e pretende expandir suas rotas. A reportagem diz que apenas o Canadá envia mais turistas que o Brasil para a Flórida.

O artigo do New York Times atribui ao dinheiro dos brasileiros a ressuscitação do mercado de imóveis de Miami, uma vez que a venda de imóveis nessa cidade a estrangeiros representa mais da metade do total das vendas deles em Miami.

“Brasileiros, de muitas maneiras, têm sido a graça e salvação aqui”, diz um entrevistado à reportagem. “Preço não é problema para eles”.

“Brasileiros estão comprando tudo que se possa imaginar”, diz outro entrevistado. “Laptops, câmeras, roupas de marca, e muito Prada e Louis Vuitton.”

A reportagem critica o escasso número de consulados americanos no Brasil, a burocracia e o alto custo, que envolve a obtenção de um visto de turista para os Estados Unidos.

Oficiais de turismo afirmam que a Europa recebe um número maior de turistas brasileiros por ser mais fácil viajar para lá. A Europa recebe 53% dos brasileiros que viajam para o exterior em contraste aos 29% recebidos pelos Estados Unidos.

A vice-presidente da associação Americana de viagens, Patrícia Rojas, afirma na reportagem “nós poderíamos dobrar o número de brasileiros nos Estados Unidos… nós estamos numa desvantagem completa”.

Para ver a versão original da reportagem do New York Times, visite o site  www.nytimes.com e busque pelo título Miami Has a Hearty “Oi (Hello) for Free-Spending Brazilians”.

Erika Fernanda Teixeira
Advogada no Brasil e
Assistente Legal nos EUA
erikafernandarocha@gmail.com



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