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Brasileiros votam em Bolsonaro nos EUA, mas rejeitam Trump nas urnas
Edição de novembro/2018 – p. 03
Brasileiros votam em Bolsonaro nos EUA, mas rejeitam Trump nas urnas
Qual a equivalência no posicionamento político do Presidente dos EUA, Donald Trump, e do Presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL)? A imprensa internacional rotulou o brasileiro de “Trump dos trópicos” pela suposta semelhança de ideias, estratégias e polêmicas inspiradas no republicano. Conservadores apontam Bolsonaro como um resgate dos valores – da família, da valorização das forças de segurança pública e uma valorização das forças policiais. E a comunidade brasileira nos EUA que votou em sua maioria em Bolsonaro – 61% segundo pesquisa da Ideia Big Data na comunidade brasileira de Boston –, não votaria em Trump. É expressivo o índice de rejeição entre os brasileiros nas urnas.
No segundo turno, de acordo com pesquisa, oito em cada dez brasileiros que votaram nos EUA escolheram Bolsonaro – ex-capitão do Exército –, mas seus eleitores continuam rejeitando o morador da Casa Branca. E, 63% desses eleitores brasileiros afirmam não ver semelhança entre as ideias de Bolsonaro e as de Trump, enquanto apenas 15% veem semelhança entre os dois e 22% não sabem opinar.
Mas por qual motivo os brasileiros não votariam em Trump? Um bom contingente alega que as políticas dos republicanos não melhoraram a vida daqueles que moram nos EUA. Para 79% dos entrevistados, o pior do governo Trump é a imigração, seguidos pelos 11% que indicam ser a saúde e pelos 4% que apontam a política externa — 6% indicaram outros temas. Fala-se, inclusive, que o republicano age com “raiva” quando o assunto é imigrante.
Trump e Bolsonaro são de extrema-direita, ambos evangélicos e integram a aliança de ultraconservadores do poder. E apesar de suas declarações racistas, misóginas e homofóbicas, Bolsonaro conseguiu amenizar o índice de rejeição na reta final da corrida presidencial, com discurso de alerta sobre a falta de segurança que tem atingido os lares. Virou o jogo e seduziu grande parcela do eleitorado – com uma campanha construída quase inteiramente nas mídias sociais.
A imprensa internacional qualificou a eleição de Bolsonaro como a de um populista estridente na mais radical mudança política desde que a democracia foi instaurada há mais de 30 anos. Em contrapartida, Trump mantém-se no ranking de rejeição pela fala inflamada de cada dia contra o imigrante, com medidas drásticas que têm distanciado o brasileiro de suas exacerbadas convicções.