Brasileiros questionam Itamaraty pela redução de locais de votação no exterior

A redução de postos de votação para a eleição presidencial no exterior gerou descontentamento entre os brasileiros

Itamaraty disse que na eleição presidencial anterior, foram abertas 33 seções de votação em cidades além das sediadas nas Embaixadas e Consulados. Houve baixo nível de comparecimento do eleitorado, não condizente com custos operacionais

Da Redação – Mesmo com o crescimento expressivo de brasileiros com direito ao voto no exterior, à decisão do Itamaraty em reduzir os locais de votação fora dos consulados e embaixadas deixou a comunidade revoltada. Segundo dados do “Tribunal Superior Eleitoral”, serão 697.078 eleitoras e eleitores aptos a votar no exterior, 40% a mais que há quatro anos. O volume é praticamente o dobro dos eleitores brasileiros em 2014, quando 354 mil se cadastraram para votar. Ainda assim, o governo reduziu os postos de votação alegando dificuldades de logística.  

Explicou o Itamaraty que na eleição presidencial anterior, foram abertas 33 seções de votação em cidades além das sediadas nas Embaixadas e Consulados brasileiros. Isso facilitou os cidadãos em localidades distantes das sedes das repartições diplomáticas ou consulares.


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No entanto, segundo o governo, o Itamaraty solicitou às repartições que haviam organizado seções eleitorais em localidades fora de suas sedes em 2018, que avaliassem a experiência do último pleito. Em 16 localidades a experiência foi considerada negativa e sua repetição desencorajada.

Como justificativa, o Itamaraty alegou, principalmente, dificuldades logísticas de deslocamento de material e transporte e baixo nível de comparecimento do eleitorado, não condizente com os altos custos operacionais necessários à implementação, afirmou.

Nesse contexto, propôs-se repetir, no ciclo eleitoral de 2022, a experiência com “seções fora da sede” somente nas localidades em que houve avaliação favorável”, declarou.

Motivo de críticas

A decisão sem consulta aos brasileiros no exterior gerou críticas. Eleitores brasileiros que moram na região do Vêneto, no norte da Itália, por exemplo, estão indignados com o cancelamento da zona eleitoral de Veneza/Mestre para a eleição deste ano. Terão que enfrentar uma longa viagem até Milão, onde se localiza o Consulado, para poder exercer o direito ao voto.

Um grupo de brasileiros lançou campanha online pedindo que “a situação seja repensada e que as instituições levem em conta, em nome da inclusão, as mais diversas situações familiares, com várias pessoas de uma mesma família votantes e incluindo o voto dos jovens filhos de brasileiros no exterior que com orgulho desejavam exercitar esse primeiro ato cívico”.



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