-
Retomada do ‘Insight’ promove expansão do empreendedorismo em Orlando - 22/05/2023
-
Empresas da Flórida afetadas pelo Milton podem solicitar empréstimos de emergência - 19 hours ago
-
Moradores da Flórida Central devem limitar uso de água, alertam autoridades - 19 hours ago
-
Assureline Insurance Lança Canal no YouTube com Dicas Sobre Seguros nos EUA - 1 day ago
-
Aeroportos de Orlando Retomam Operações Após Furacão Milton, Mas Voos Ainda Estão Incertos - 2 days ago
-
Furacão Milton Deixa St. Pete Beach à Beira do Caos: Moradores Podem Ficar Sem Água por 10 Dias - 2 days ago
-
Disparam pedidos de auxílio-desemprego nos estados atingidos pelo Helene - 2 days ago
-
‘Disney’ e ‘Universal Orlando’ anunciam reabertura de parques após o furacão - 2 days ago
-
Trump Acusa Imigrantes de “Contaminar” EUA com Genes Criminosos - 10/10/2024
-
Furacão Milton Força Cancelamento do Miss Brasil USA 2024: Evento Adiado para 2025 - 10/10/2024
-
Milton deixa mortos e destruição: três milhões sem energia elétrica na Flórida - 10/10/2024
Brasil vai às ruas e pede a saída de corruptos do poder
A população de 200 cidades, indignadas com a corrupção no país, realizou passeadas pacíficas – com cerca de 800.000 pessoas em todo o Brasil, segundo avaliações informais da Polícia Militar-, exigindo que a presidenta Dilma Rousseff renuncie ao cargo
O Brasil foi às ruas no último dia 16, em manifestação anti-PT e anti-Governo, mobilizando a população de 200 cidades, indignadas com a corrupção que assola o país. Foram passeadas pacíficas – com cerca de 800.000 pessoas em todo o Brasil, segundo avaliações informais da Polícia Militar-, ressaltando as cores verde e amarelo, evidenciando novos heróis e novos vilões. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) entrou no alvo dos manifestantes e foi constantemente citado e vaiado, juntamente com a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT). Nem Rodrigo Janot, procurador–geral da República, outrora ovacionado nas ruas, foi poupado. Janot é visto com desconfiança por parte dos organizadores dos protestos pois, segundo eles, estaria blindando Dilma de uma eventual queda.
Por outro lado, o juiz Sergio Moro, que comanda as investigações da Operação Lava Jato, foi tratado como herói nacional, lembrado em cartazes e camisetas. Sobre Eduardo Cunha, acusado por um delator de ter recebido cinco milhões de dólares em propina, nenhuma palavra. “Cunha é o único que pode colocar para votação o pedido de impeachment. E o Janot está tentando achar alguma coisa para incriminá-lo. Isso sim é golpe!”, gritou um dos líderes do carro de som do movimento nas Ruas, em São Paulo, que reuniu 135.000 pessoas na Avenida Paulista, segundo o instituto Datafolha, cerca de 900 mil manifestantes, de acordo com os organizadores do movimento. Os alvos e protegidos refletem o momento atual da crise política, dias depois de o Planalto fechar um acordo com Renan Calheiros para conter o avanço da crise política. Cunha, como Renan investigado na Lava Jato, mas inimigo de Dilma, se tornou a esperança dos movimentos de ver sua pauta pela saída da presidenta avançar em Brasília.
Pela primeira vez, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) discursou em um protesto do tipo em Belo Horizonte, no ato que reuniu cerca de 6.000 pessoas, segundo a PM. “O Brasil despertou. É o povo na rua que vai permitir a superação da crise. Não é este governo, que não tem mais autoridade, nem credibilidade”, disse o senador e candidato derrotado na campanha presidencial de 2014. Falando em cima de um trio elétrico, Aécio evitou responder questões sobre o impeachment. Algumas manifestações isoladas defendiam a intervenção militar no Brasil (o pedido de intervenção militar é uma atitude ilegal e frontalmente contrária à Constituição; em seu artigo 5º, a Constituição diz que “constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático”).
Em Brasília, 25 mil pessoas, segundo a PM; e 55 mil pessoas, segundo a organização, ocuparam a Esplanada dos Ministérios. Os policiais fizeram quatro barreiras para revistar manifestantes com mochilas. A PM vetou o uso de máscaras, bandeiras com hastes de madeira ou plástico, garrafas de vidro e objetos que podiam ser transformados em armas em caso de confusão. Nenhum incidente havia sido registrado até o fim do protesto. Um boneco inflável representando o ex-presidente Lula vestindo roupa listrada de presidiário foi levado para a Esplanada. Os manifestantes pediam que Lula fosse colocado em uma cela com presos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Representantes do Movimento Brasil Livre usaram carros de som para convocar mais pessoas para a marcha. Alguns manifestantes levavam faixas pedindo intervenção militar no país e outros pediam a prisão do ex-presidente Lula, junto com outros detidos na Operação Lava Jato.
Já a Orla da praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, o tom crítico ao governo, ao ex-presidente Lula ao PT e a presidenta Dilma Rousseff, contrastou com os elogios e menções ao nome do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato. Com faixas e cartazes, a multidão disputou a orla com pedestres, bicicletas e banhistas. Os organizadores ofereciam aos participantes camisetas com a estampa “Fora Dilma” por R$ 30, além de tinta para pintar o rosto. Outro assunto lembrado durante o protesto foi o julgamento das contas da campanha de Dilma pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Cartazes pediam aos ministros do TCU — que deram mais 15 dias para a petista responder sobre as irregularidades — que reprovassem as contas de 2014 da presidente. A manifestação, que começou às 11h e durou cerca de três horas, teve confrontos entre críticos do governo e transeuntes que defenderam o governo do PT.