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As táticas e preparativos de goleiros do Orlando City
AGO/2015 – pág. 54
A equipe do “Jornal Nossa Gente” conversou com o preparador de goleiros, Marcos Machado, no Centro de Treinamentos em Sylvan Lake Park, em Orlando, oportunidade em que ele falou do intenso trabalho junto ao time na temporada da Major League Soccer (MLS)
O Orlando City está em franca ascensão na sua campanha pela temporada 2015 da Major League Soccer (MLS), dando visibilidade à cidade de Orlando no setor esportivo e agregando um expressivo número de torcedores brasileiros e americanos nos estádios. Com estrelas do futebol em sua equipe, a exemplo do meia Kaká – recentemente convocado pelo técnico Dunga para a Seleção Brasileira-, o time conta com exímios profissionais em sua equipe técnica, ressaltando neste contexto o trabalho do preparador de goleiros, Marcos Machado. A equipe do “Jornal Nossa Gente” esteve no Centro de Treinamentos do Orlando City, em Sylvan Lake Park, em Orlando, quando conversou com Marcos, em entrevista exclusiva, abordando os vários aspectos que impulsionaram o crescimento do clube.
Jornal Nossa Gente – Desde o início dos jogos do Orlando City você integra a equipe técnica, acompanhando a evolução do time que hoje ocupa espaço privilegiado na temporada da Major League Soccer (MLS), contando com expressiva torcida.
Marcos Machado – É uma jornada que começou há cinco anos, quando o time mudou do Texas para Orlando. E com essa mudança foi criado um ambiente propício, houve muito mais interatividade com os torcedores, uma química que vem dando muito certo. O time vai bem no campo, ganha jogos, ganha campeonatos e a torcida cresce nos estádios. O clube vem se organizando muito mais com o objetivo de alcançar bons resultados nas competições. E nesses quatro anos o time trabalhou muito para a MLS , os jogadores, a comissão técnica se empenharam. Tem de se acreditar em um objetivo para que as metas sejam concretizadas e os resultados positivos vêm acontecendo. O clube está na MLS e está indo muito bem nesse primeiro ano. Têm coisas que ainda estamos aprendendo em relação à Liga. É uma Liga muito competitiva e todo jogo é difícil, os clubes com quem jogamos têm um plantel muito bom, mas o Orlando City está correspondendo com impetuosidade, realizando excelente campanha.
JNG – Como preparador de goleiros a sua responsabilidade é redobrada, pois o mau desempenho de um atleta pode refletir no seu trabalho. Como você lida com essa pressão, digamos assim?
MM – O clube tem quatro goleiros que são preparados e que ficam à disposição do treinador (o inglês Adrian Heath) quando convocados. O meu trabalho é de facilitação junto aos goleiros para que estejam em forma quando chegar o momento do teste, ou seja, ter uma boa performance no jogo. Quanto à pressão, caso o goleiro falhe, isso faz parte do futebol, as pessoas erram. O nosso objetivo é ter um número grande de acertos , e é para isso que trabalhamos. O goleiro necessita de boa qualidade técnica no jogo, precisa ter uma performance quase cem por cento. O ideal é a performance sem erros. Oriento os meus goleiros a buscarem os cem por cento em tudo o que fazem em campo. Cem por cento em um passe, numa defesa, num crossed . São coisas que procuramos trabalhar para que o goleiro esteja bem no jogo e que possa produzir a contento.
JNG – Com o Kaká no time, que tem um nível técnico elevado, exige-se muito mais da equipe e todos precisam estar no mesmo nível em campo.
MM – O Kaká é uma estrela mundial e desde que chegou aqui tem sido um espelho para todos nós na maneira como ele trabalha dentro e fora do campo, e temos aprendido com ele. E isso faz o time ser melhor. Claro que os jogadores precisam se nivelar ao Kaká, tecnicamente falando, como também se nivelarem aos jogos da Liga, que têm jogadores famosos e com nível técnico altíssimo, a exemplo do Kaká.
JNG – Os treinos preparatórios dos goleiros acontecem de que forma, quais os dias específicos?
MM – Existe um acordo com treinador, durante a semana, quando é feito o planejamento da semana, e tenho de moldar o meu trabalho ao trabalho do técnico. O goleiro faz os trabalhos específicos, no tempo determinado pelo treinador, porque ele é requisitado para estar com o grupo. E no momento que o goleiro não está com a equipe eu trabalho com ele, individualmente, nas coisas que precisam ser melhoradas para o jogo. Tenho de planejar o trabalho com o goleiro para que ele mantenha a boa forma física. O goleiro deve estar pronto quando convocado para o jogo.
JNG – Você tem autonomia, junto ao técnico, de apontar o goleiro melhor preparado para a partida? A sua sugestão pode influenciar na escolha?
MM – O técnico é quem toma as decisões do que acha conveniente para o time, seja na convocação de jogadores para o meio campo ou na escolha do goleiro. É ele quem decide. Mas pede a minha opinião, evidente, embora a palavra final seja dele. Trabalhamos juntos há quase cinco anos e o nosso entrosamento é muito bom. Ele faz um trabalho à parte muito bom com o grupo, onde os goleiros são treinados para definir as finalizações e cruzamentos, fundamentais para o atleta. É um complemento do que eu faço à parte quando eles estão comigo.
JNG – Após os treinamentos, fora do estádio, qual a sua forma de lazer? Vai a restaurantes brasileiros, enfim, como é o seu tempo livre?
MM – Eu sou muito caseiro, mas vou a restaurantes brasileiros, conheço muitos brasileiros. Os meus filhos (Marcos, Marconi e Marcelo), que nasceram no Brasil, também têm amigos brasileiros, a exemplo da minha esposa (Lúcia Machado). Temos um relacionamento normal com as coisas do Brasil. Inclusive os meus filhos adoram futebol, jogaram futebol no College. O Marconi é treinador de futebol, muito estudioso e gosta do que faz. Eu dou apoio aos meus filhos nas suas escolhas.
JNG – Alguma citação em especial? Fique à vontade.
MM – Gostaria de externar a minha satisfação com o suporte que a Comunidade em Orlando e demais cidades vem dando ao Orlando City. Espero que o time continue respondendo positivamente para que tenham mais pessoas nos jogos. O futebol nos Estados Unidos continua crescendo e essa tem sido a nossa maior motivação. É muito gratificante ir para o estádio no sábado ou domingo, em um jogo em casa, e poder ver o estádio cheio. A torcida está correspondendo, podendo desfrutar de um bom espetáculo esportivo.
Walther Alvarenga