As aparências iludem?

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JUL/13 – pág. 64

fatmagraEsta semana, tive duas situações (uma no meu consultório e outra com uma amiga) que ficaram no meu coração:


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A primeira foi num momento de uma conversa com uma cliente sobre o que tem sido para ela viver com sobrepeso. Toda uma vida sujeita a comentários alheios espontâneos, de pessoas com boas intenções, mas que não se dão conta do impacto.

Não é fácil sempre ter estranhos e conhecidos comentando como estamos: “Ai, está mais magra”; “Oi, fica melhor mais gordinha”; “Não perca mais peso”; “Fica bem assim”; “Estava muito forte” etc. etc., especialmente quando não lhes pedimos opinião.

É desanimador passar por variadas tentativas frustradas de dietas e regimes de exercício. Também é difícil tentar e não ver resultados.

Além disso, existe também outra realidade: a de ser melhor ou pior tratado, devido ao peso e à aparência, tanto na vida do dia a dia, como na profissional.

Vários estudos já foram feitos a esse respeito. A revista Forbes (3/22/11) publicou um artigo com o título: “O preço da obesidade: como o seu salário depende do seu peso”. Parece absurdo, como nos calamos com discriminações assim!

Tudo isso e muito mais cria um complexo mundo interior, de pensamentos e sentimentos, exposto, de certa maneira, na aparência exterior. Quase como que se caminhássemos nus, sem poder nos cobrir. Muitas pessoas, com sobrepeso, puxam a roupa em volta do estômago com frequência, durante as suas interações sociais. Talvez subconscientemente fazem-no porque querem se sentir mais à vontade.

Duas realidades: exterior e interior, muitas vezes carregadas de dor.

Esta semana, a segunda situação foi um amigo falando-me sobre perder a saúde no meio de perdas de família. Além de ele perder seus dois pais em pequeno prazo de tempo, ele foi parar no hospital com problemas de coração (isso depois de ter sido diagnosticado com diabetes). Choques distintos e fortíssimos que pedem muita coragem, mudanças drásticas e inteligentes, bem como persistência.

Essas duas situações me sensibilizaram bastante. Tenho muito respeito por essas pessoas e por todas aquelas que elas possam representar. Aguentar tudo isso não e fácil e tenho o melhor prazer em ajudá-las!

Interessantemente, não é só minha preparação psicológica que me ajudará. É também a minha experiência pessoal e a minha fé.

Partilhem comigo esta jornada cuidando-se melhor (se não fizerem tudo, façam aos poucos):

  • exercícios diários, como caminhar (por gosto, não no trabalho);
  • comam produtos naturais como frutos, vegetais e proteínas naturais. Evitem o resto;
  • preencham a mente com pensamentos positivos e deixem a negatividade passar ao lado. Recusem-se a verbalizar tudo aquilo que seja negativo e que possa ferir alguém. Nunca é tarde para pedir desculpas, voltar atrás alivia a alma e o ambiente;
  • divirtam-se, encontrem algo para fazer que dê prazer. Não pode ser só trabalhar!;
  • descansem, nem que sejam alguns minutos de silêncio e inatividade por dia;
  • amem muito! A si mesmos e aos outros, conhecidos e desconhecidos, com palavras e gestos simpáticos. O amar, até fazer festas ao cachorro, produz oxitocina, um hormônio que ajuda a relaxar e faz-nos sentir mais felizes e integrados.

 

Para qualquer pergunta, comentário ou consulta, telefone ou mande e-mail. Obrigada!

Rosario Ortigao, LMHC, MAC
Conselheira de Saúde Mental
407 628-1009
rosario@ortigao.com



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