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Árdua tarefa de lidar com a perda de familiares
A diretora funerária licenciada Ludmila de Oliveira, da “Funerária e Crematório Porta Coeli”, em Kissimmee, fala do trabalho preparatório para velórios, sepultamentos e cremação. Especialista em traslado trabalhou diretamente com o governo brasileiro. A única brasileira que atua na área na Central Flórida
Edição de abril/2019 – p. 18
Árdua tarefa de lidar com a perda de familiares
“Cada família tem um sentimento diferente. Nunca estamos preparados para perder um ente querido”, relata a diretora funerária licenciada Ludmila de Oliveira, da “Funerária e Crematório Porta Coeli”, em Kissimmee – a única brasileira na Central Flórida que atua na área. Ela executa preparatórios para velórios, sepultamentos, cremação, traslados domésticos e internacionais, e sempre conduz o cerimonial de despedida conforme o desejo dos familiares. Mas lidar com a morte não seria atividade estressante? “Eu procuro separar a minha vida pessoal do meu trabalho”, justifica. “Quando estou com a minha família adoro pescar, ir na livraria com o meu filho – Giovanni, de 16 anos –, nós adoramos ler, sair para jantar. É assim que espaireço a mente”.
Especialista em traslados, Ludmila em várias ocasiões trabalhou diretamente com o governo Brasileiro para assistências a brasileiros, sejam residentes da Flórida ou turistas. “Tenho ampla experiência neste assunto, e estou sempre pronta para prestar os meus serviços quando necessário”, enfatiza.
Os agentes funerários estão disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana, recebendo ligações e mensagens sobre os defuntos mesmo depois de saírem do trabalho. Ludmila, no entanto, diz que executa a sua tarefa com “orgulho e honra, levando apoio emocional aos clientes”, profissão que abraçou há 22 anos, quando morava em Miami e deparou-se com um anúncio que chamou a sua atenção. “Era uma oportunidade de trabalho. Comecei como assistente na funerária, depois vendendo lápides, e pouco a pouco fui ocupando outras funções na área funerária. Todo serviço funeral é muito especial para a família porque é a despedida do seu ente querido, então tudo deve ser feito com precisão”, acrescenta a diretora.
Determinada, fala de seu trabalho minucioso no dia a dia, no encontro delicado com os familiares no momento de dor, o que requer ser prestativa. “Nós, como funerários, temos que lidar com o momento delicado de cada família com muito cuidado, ouvindo histórias tristes da perda, seja de casais, de jovens, de crianças, de pessoas que morrem abruptamente ou que tinham um histórico de saúde comprometido. Mas, ninguém fala em morte porque sempre há uma esperança de vida, e quando a fatalidade ocorre todos são surpreendidos drasticamente”, complementa.
“A minha função é conversar com a família enlutada, saber o que almeja para o serviço funerário do seu ente querido, seja o sepultamento, cremação ou traslado. O serviço é feito com personalidade no processo de despedida”, complementa Ludmila. E segundo a diretora, “muitas famílias hoje optam pela cremação, principalmente os estrangeiros, por ser um processo mais barato. O custo é mais acessível, e também é permitido que a cinza do ente querido seja levada para o país de origem”.
Morte súbita de turista
Explica a diretora que o índice de turistas que sofrem de mal súbito e morrem na Flórida é considerável. No caso, como fica o traslado do corpo para o Brasil? “Normalmente o turista tem o seguro saúde e isso cobre o traslado – entre 5 a 6 mil dólares –. Evidente que é um procedimento que envolve leis, mas estamos preparados para resolver a questão. A Flórida é multicultural e o imprevisto acontece com todas as pessoas. Agora, quando o turista não tem o seguro saúde as coisas ficam bem complicadas. Aí é um problema para a família”, alerta. “O processo é o mesmo quando se trata da morte de um residente”.
“Muitos porto-riquenhos vieram morar na Central Flórida depois dos furacões, e o índice de óbitos nessa comunidade cresceu muito. Temos atendido vários casos, muito mais do que ocorrências com brasileiros”, conta Ludmila de Oliveira, natural de São Paulo. “Fico atenta quando o meu telefone toca porque são famílias pedindo ajuda, querendo informações, no caso de um falecimento. Já estou habituada e faz parte do meu trabalho”, enfatiza.
“Oferecemos aos clientes toda assistência necessária, pois temos cemitério, crematório, floricultura e cuidamos do traslado do corpo quando necessário. Estamos prontos para auxiliar as famílias no momento da perda, de quando elas mais precisam de atenção”, diz.
Trabalhando com afinco no embate entre a dor da perda e o consolo de famílias, Ludmila lembra que chegou ainda adolescente nos Estados Unidos e que atualmente tem se dedicado a sua profissão com responsabilidade, numa trajetória incansável em apoio aos que necessitam de ajuda quando na morte das pessoas que amam. “Estamos prontos para atender aos que precisam nos momentos mais imprevisíveis. Este é o meu trabalho, uma missão de empenho e respeito às famílias”, finaliza a diretora.
Serviço
Funerária Porta Coeli
Endereço: 2801 E Osceola Pkwy, Kissimmee, FL 34743
Horário: aberto 24 horas
Telefone: (407) 846-2804
www.PortaCoeliFH.com
Email: Ludmila@portacoelifh.com