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Apesar de proposta russa, Obama ainda defende ataque dos EUA à Síria
Presidente negocia cronograma para ter autorização do Congresso.
Casa Branca vê motivos para ‘ceticismo’ com proposta de monitorar armas.
O presidente dos EUA, Barack Obama, vai argumentar nesta terça-feira (10) que o Congresso deve autorizar o uso de força militar contra a Síria, mesmo com a discussão de uma proposta russa para que a comunidade internacional monitore o arsenal químico sírio.
“O que o presidente disse ontem (segunda) à noite reflete onde estamos nesta manhã: vemos o ocorrido como um potencial desenvolvimento positivo e vemos isso como um resultado claro da pressão imposta sobre a Síria”, disse Carney à rede MSNBC, quando questionado sobre a reação da Casa Branca aos novos relatos de que a Síria cederá o controle de seu arsenal químico à comunidade internacional.
Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, disse que Obama está em contato com líderes parlamentares para determinar um cronograma de votações sobre a autorização. Ele vai visitar o Congresso e discursar à noite.
Segundo o porta-voz, a autorização para que os EUA ataquem a Síria deve “levar tempo”.
Carney disse que a Casa Branca ainda quer verificar a seriedade da proposta russa e que há amplas razões para ser “cético” em relação a ela.
A Casa Branca teme que o plano seja uma “distração” para ganhar tempo quando os navios americanos estão prontos para lançar mísseis contra alvos sírios.
Além disso, há suspeitas sobre as motivações dos russos, já que a relação entre Moscou e Washington atingiu um nível de tensão próximo ao vivido na Guerra Fria.
A Síria teria aceito uma proposta, feita por sua aliada russa, de colocar seu arsenal químico sob monitoramento internacional, segundo a agência russa Interfax.
Os EUA acusam o regime do presidente Bashar al-Assad de ter lançado um ataque químico na periferia de Damasco, em 21 de agosto, matando pelo menos 1.429 civis.
Assad nega e responsabiliza os rebeldes que combatem seu regime há 30 meses, em uma sangrenta guerra civil que matou pelo menos 110 mil pessoas, provocou a fuga de 2 milhões de refugiados, destruiu boa parte da infraestrutura do país e gera grande instabilidade política regional.
O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou que iria atacar a Síria em represália ao ataque químico, mas disse que iria buscar o aval do Congresso antes de autorizar a ação.
Fonte: g1.globo.com