Longas batalhas judiciais e promessas de deportações assustam imigrantes na Flórida, e em demais estados do país. Na quinta-feira (6) houve manifestação de mais de 500 trabalhadores em Nova York
Da Redação – Donald Trump, candidato presidencial republicano, reafirma em bom-tom que os imigrantes indocumentados, “envenenam o sangue do nosso país”, e prometeu deportar os que não têm estatuto legal nos EUA. Um relatório recente do governo estimou que cerca de 11 milhões de pessoas vivem de forma irregular no país – 80% residem há 10 anos ou mais em reduto americano. Qualquer operação de deportação em massa seria dificultada pela escassez de financiamento e pessoal nas agências governamentais. Houve protestos na quinta-feira (6), em Nova York.
Mais de 500 trabalhadores imigrantes de vários estados manifestaram-se na quinta-feira (6) em Nova Iorque, contra as medidas anti-imigração decretadas nos EUA, incluindo a ação emitida pela Casa Branca que restringe os pedidos de asilo e que, segundo os participantes, promovem à discriminação. A manifestação convocada pela “National Day Labor Network (NDLON)”, aconteceu no Herald Plaza, em Manhattan.
Longas batalhas judiciais e problemas logísticos, além das promessas de deportações, assustam os imigrantes e os seus defensores, que temem que uma nova administração de perseguição perturbe os meios de subsistência, prejudicando vidas de comunidades inteiras. Na Flórida, por exemplo, trabalhadores do setor agrícola – em fazendas e campos de colheitas –, estão deixando o estado, desde a medida contra imigrantes sem documentos, assinada pelo governador Ron DeSantis.
As preocupações são generalizadas e estendem-se aos imigrantes que foram trazidos quando crianças ou cuja presença nos EUA é protegida por programas como o “Estatuto de Proteção Temporária (TPS)” – ajuda humanitária que oferece proteções de deportação e autorizações de trabalho a pessoas de nações em crise. No entanto, as políticas de deportação de Trump, caso se eleja, incluiriam exceções para imigrantes indocumentados que vivem no país há muito tempo, incluindo respectivas famílias.
Até mesmo o presidente Joe Biden tomou medidas drásticas para reduzir o número de pessoas que vêm para os EUA, via fronteira, anunciando na terça-feira (4), que limitaria essa situação, dificultando pessoas que podem solicitar asilo no país. Opositores alegam que a medida tem intenção eleitoreira, já que o democrata vem recebendo críticas pela sua atuação na questão imigratória, o que poderia comprometer a sua reeleição em novembro próximo.
Ameaça de deportação traz insegurança a imigrantes indocumentados, que enfrentam um futuro incerto no país, com a provável volta de Trump à presidência. A sua administração anterior fez com que as pessoas esperassem pelas audiências de asilo no México e tentou acabar com a “Ação Diferida para Chegadas Infantis”, um programa conhecido como “DACA”, que atualmente fornece assistência de imigração a mais de meio milhão de pessoas que chegaram aos EUA quando eram crianças.
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