Alerta e cuidados para se proteger do coronavírus

Alerta e cuidados para se proteger do coronavírus

Países afetados pelo coronavírus; as medidas de segurança adotadas pelos EUA; as recomendações e orientação de infectologistas para se proteger de contaminações; dicas fundamentais para sua segurança e a segurança de sua família

Edição de março/2020 – p. 04

Alerta e cuidados para se proteger do coronavírus

A propagação do coronavírus – Covid-19 – se agrava e a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o mundo enfrenta uma pandemia e que os tempos são difíceis em todos os países. Nos EUA, o presidente Donald Trump decretou emergência nacional mediante ao agravamento da doença em várias cidades, principalmente em New Rochelle, no Estado de Nova York, onde, inclusive, se concentra um grande número de famílias do Brasil. O presidente republicano liberou 50 bilhões de dólares de recursos federais que serão canalizados para os estados americanos mais afetados. Trump invocou a Lei Srafford, aprovada pelo Congresso em 1988 para proporcionar assistência federal aos estados e municípios visando salvar vidas e proteger a propriedade, a saúde e a segurança públicas.

O número de mortos ultrapassou os cinco mil – em todo o planeta –, segundo dados divulgados pela estatal chinesa de notícias, a “CGTN”. Estatísticas apontam que até o momento foram 5.090 mortes por esta infecção; a maior parte delas, 3.180, está concentrada na China.


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Na Itália – segundo país mais atingido depois da China –, o número de mortos devido ao surto de coronavírus subiu em 189, indo para 1.016, um aumento de 23%, informou a Agência de Proteção Civil do país – dados levantados até o encerramento desta edição. Cerca de 1.153 pessoas estavam em terapia intensiva em relação ao total anterior de 1.028.

Do lado brasileiro, o levantamento mais recente do Ministério da Saúde, apontou que o Brasil tinha 77 casos confirmados do novo coronavírus. E após o balanço, Minas Gerais confirmou mais um caso, o segundo no estado – dados pontuados até o encerramento desta edição. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, destacou que a prioridade é proteger os idosos com doenças crônicas e saúde debilitada, que são o principal grupo de risco para a Covid-19, doença causada pelo novo vírus.

Mandetta defendeu também que é importante ampliar os recursos no orçamento da pasta para conter o avanço do vírus. Uma das medidas planejadas pelo Ministério, afirmou, é o plano de estender o horário de mais postos de saúde para que recebam a maior parte dos pacientes que apresentarem sintomas.

Os municípios poderão aderir ao programa que ele chamou de “Saúde na Hora 2.0”, mas, para tirá-lo do papel, a estimativa é de que sejam necessários cerca de R$ 900 bilhões. O ministro também citou, entre as ações em andamento, a criação de um conselho interministerial para ações dos demais ministérios relacionadas ao coronavírus.

Desde 31 de dezembro, quando a China informou a OMS que um vírus até então desconhecido estava se espalhando na província de Hubei – ele já chegou a 114 países –, houve caos na saúde mundial. A escalada do surto originado na cidade chinesa de Wuhan, e a velocidade com que o “Sars-cov-2”, como é chamado oficialmente o novo coronavírus, se espalhou pelo mundo impressionam, surpreendendo médicos e cientistas, empenhados em descobrir vacina para conter a pandemia.

O que é um coronavírus?

Os coronavírus recebem esse nome porque têm em sua membrana picos projetados que se assemelham à coroa do sol. Eles podem infectar animais e pessoas e causar doenças do trato respiratório, que vão desde o resfriado comum até condições graves como a “SARS”, que afetou milhares de pessoas em todo o mundo, e matou quase 800; durante um surto em 2003 a “MERS” causou a morte de 858 dos 2.494 pacientes identificados com a infecção desde 2012.

O coronavírus identificado na China recentemente foi chamado de 2019-nCoV. Os primeiros casos da doença, uma pneumonia causada por um vírus desconhecido, foram registrados no final de dezembro. Na primeira semana de janeiro, pesquisadores chineses identificaram o patógeno por trás de uma doença misteriosa que havia adoecido 59 pessoas em Wuhan, uma cidade de 11 milhões de habitantes, no centro da China: era um novo coronavírus.

Quais são os sintomas da infecção?

Casos mais leves podem se parecer com gripe ou resfriado comum, dificultando a detecção. Já casos mais graves podem evoluir para pneumonia e síndrome respiratória aguda grave ou causar insuficiência renal. Os sintomas incluem febre alta, tosse, dificuldade para respirar e lesões pulmonares.

Ainda há pouca informação sobre período de incubação – o tempo entre a exposição e o início dos sintomas – e transmissibilidade. Estima-se que o período de incubação seja de aproximadamente duas semanas e já se sabe que ele pode ser transmitido de pessoa para pessoa. No entanto, pouco se sabe sobre quem está em maior risco de sintomas mais graves.

Qual gravidade da situação?

Ainda não se sabe. Os coronavírus podem causar desde um resfriado comum até a morte do paciente infectado. Aparentemente, o novo vírus está em algum lugar no meio do caminho entre esses dois extremos.

Segundo infectologistas, a mortalidade do vírus até o momento está em cerca de 4% e é considerada alta. Pelo menos, é muito maior do que um resfriado comum causada por outros coronavírus. Entretanto, como ainda estamos no início da epidemia, apontam os infectologistas, é difícil estabelecer a gravidade do vírus.

De onde esse novo vírus surgiu?

Novos vírus surgem a todo momento, afirmam infectologistas . Grande parte tem origem em espécies animais, onde geralmente passam despercebidos, e por alguma razão, “pulam” para os humanos. Isso aconteceu com a “SARS”, que passou para os humanos a partir de um animal selvagem conhecido como civeta (ou gato-de-algália, parente do guaxinim), que era considerado uma iguaria na região de Guangdong, na China. E com a “MERS”, geralmente originária de dromedários. Uma vez que é identificado o animal reservatório, como é chamado o ser vivo onde um agente infeccioso vive e se multiplica, é mais fácil lidar com isso.

No caso do novo coronavírus, ainda não se sabe de qual animal ele é proveniente. Os primeiros casos da doença foram identificados em trabalhadores do mercado público de frutos do mar em Wuhan, na China. Ainda que alguns mamíferos aquáticos possam portar o coronavírus, como a baleia beluga, no local também são comercializados outras classes de animais selvagens vivos, como galinhas, morcegos, coelhos e cobras, que são considerados as fontes primárias mais prováveis da infecção.

Segundo especialistas, casos desse tipo costumam se originar na China devido à sua dimensão territorial, densidade populacional e do contato próximo com animais infectados.

Essa doença se alastra facilmente?

No início, os casos da infecção estavam restritos às pessoas que tinham algum tipo de associação com o mercado de peixe de Wuhan. Entretanto, conforme o tempo foi passando, novos casos foram surgindo em outras cidades chinesas e em outros países.

Por isso, acreditava-se que a transmissão era feita de animais para pessoas. Mas, recentemente, autoridades chinesas confirmaram a transmissão do vírus de uma pessoa para outra, o que aumenta o risco de propagação. A quantidade de pessoas infectadas em pouco tempo e a identificação do vírus em outros países, mostra uma facilidade de transmissão. E por ser um vírus novo, ninguém tem imunidade contra ele, e isso faz com que ele se espalhe mais rápido”, explicam infectologistas.

Como se proteger?

As medidas de proteção contra o coronavírus é semelhante às de gripes e resfriados. A recomendação oficial da OMS prevê a boa higiene das mãos – limpar as mãos com frequência usando álcool gel ou sabão e água; manter a “etiqueta da tosse” – cobrir a boca e o nariz com o cotovelo ou um tecido ao tossir e espirrar; evitar contato próximo com quem tem febre e tosse; procurar atendimento médico se apresentar febre, tosse e dificuldade em respirar; evitar contato desprotegido com animais vivos e superfícies em contato com animais em mercados ao ar livre com circulação de coronavírus; evitar o consumo de produtos de origem animal crua ou mal cozida; e manusear com cuidado produtos crus de origem animal; evitar lugares fechados e aglomerações também estão entre as recomendações de proteção.



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