Ajudemos a vida mental

Ajudemos a vida mental

“E seguia-o uma grande multidão da Galiléia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e de além do Jordão”. (Mateus, 4:25)

Edição de março/2019 – p. 26

Ajudemos a vida mental

No livro Fonte Viva, cap. 144, comentando o versículo acima, Emmanuel afirma que “a multidão continua seguindo Jesus na ânsia de encontrá-Lo”.

À medida que o tempo passa e a Humanidade progride, as pessoas interessadas conseguem aprofundar um pouco mais na compreensão dos ensinamentos constantes do Evangelho. Não adianta a interferência dos que se colocam entre o povo e o Senhor, porque a busca de consolo e revelação se intensifica de século a século.


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Assim, na condição de aprendizes, podemos colaborar com aqueles que buscam o conhecimento, facilitando a sintonia da criatura com o Criador. Para esse trabalho, não há necessidade de títulos, ou cargos importantes. Vale a boa vontade e o espírito de cooperação para que as pessoas sejam auxiliadas a pensar na extensão do bem.

Emmanuel sugere algumas atividades: colaborar na alfabetização das pessoas, estimular a leitura edificante, proferir palestras educativas; divulgação de páginas consoladoras, meditação, reflexão. Sobretudo empenhar-se em dar exemplos de bondade nas pequenas coisas. Tarefa primordial é o despertamento de valores íntimos e pessoais. O semeador, antes de sair a semear, necessita cuidar da sementeira. Conclui Emmanuel: “Orientar o pensamento, esclarecê-lo e sublimá-lo é garantir a redenção do mundo. Ajudemos a vida mental da multidão e o povo conosco encontrará Jesus, mais facilmente para a vitória da vida eterna”. (1)

O campo de trabalho é imenso. Às vezes achamos que possuímos poucos recursos, subestimamos nossas possibilidades e, à semelhança do personagem da parábola dos talentos, enterramos nosso talento, o que não nos beneficiará, de futuro.

O ser humano possui dois tipos de carência, a do corpo e a da mente (ou do Espírito). A fome do corpo todos sentem seus efeitos e buscam atendê-la.

A carência da mente não é considerada. A pessoa não se julga necessitada de esclarecimentos; não sente falta de luz e compreensão. Por mais equivocada, acha estar na posse da verdade e não mostra receptividade aos que desejam auxiliá-la no enriquecimento da vida mental. Às vezes até se volta contra aqueles que pretendem ajudá-la nesse aspecto. A distribuição de recursos materiais aos carentes do corpo é sempre bem recebida, tanto pelos beneficiários, como apoiada por terceiros que tomam conhecimento do fato. Entretanto, quando se tenta colaborar com as pessoas no seu processo educativo, visando sua auto-libertação, raramente o esforço é bem compreendido e apoiado. A ajuda material, quando realizada com fraternidade, respeito pelo outro, e sem constituir motivo de orgulho para quem a promove, é de grande valia. Porém o auxílio que visa a autonomia do outro, que busca debelar a causa do mal, é, ainda, mais valiosa. E o aprendiz do Evangelho tem condições de colaborar nesse sentido, pois dispõe de conhecimento suficiente para a nobre tarefa. Necessário agir, e não ficar só na teoria. Como diz o compositor da música popular: “(…) a lição sabemos de cor, só nos resta aprender” Temos o conhecimento teórico, necessário à aplicação, saber fazer. Disse alguém que possuímos muitas iniciativas e pouca “acabativa”, ou seja, ótimas ideias e poucas atitudes. O Cristianismo se consolidou graças ao trabalho heroico dos cristãos dos primeiros tempos. Suas atitudes na exemplificação dos ensinos foram fundamentais. Também o Espiritismo conseguiu chegar até onde chegou, não só pela excelência dos ensinamentos, mas pela vivência, dedicação e empenho de muitos trabalhadores valorosos, Espíritos missionários, que tudo fizeram (e continuam fazendo) para traduzir em atitudes os ensinos contidos nos livros. Assim, reflitamos com Emmanuel, quando nos diz: “(…) se te encontras, quanto nós, entre aqueles que tanto recebem da Nova Revelação, perguntemos a nós mesmos o que lhe damos em serviço e apoio, cooperação e amor, porque sendo o Espiritismo crédito e prestígio de Cristo entregues às nossas consciências endividadas, é natural que a conta e o rendimento que se relacionem com ele seja responsabilidade em nossas mãos”. (2)

1 – Emmanuel/Francisco C. Xavier – Fonte Viva, cap. 144

2 – Emmanuel/Francisco C. Xavier – Opinião Espírita, cap. 6



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