-
Retomada do ‘Insight’ promove expansão do empreendedorismo em Orlando - 22/05/2023
-
‘Brightline’ inicia trajeto entre Orlando e Miami com velocidade de 200 km/h - 13 hours ago
-
Teste de implante cerebral para pacientes com paralisia tem aval de Elon Musk - 13 hours ago
-
Bombeiros são homenageados pelo mérito de salvar vidas: ‘homens de coragem’ - 13 hours ago
-
Democratas pressionam Biden para liberar autorizações de trabalho a imigrantes - 2 days ago
-
Cães treinados auxiliam passageiros com deficiência no Aeroporto de Detroit - 2 days ago
-
Ciclistas em Jacksonville homenageiam soldados que morreram em combate - 2 days ago
-
Biden fala sobre liderança na ONU; Lula abre discursos na Assembleia Geral - 19/09/2023
-
Escolas da Flórida Central planejam construir casas para professores - 19/09/2023
-
Urso invade ‘Magic Kingdom’ e causa fechamento do parque, anuncia ‘Disney’ - 19/09/2023
-
‘Fundação Clinton’ anuncia ajuda aos ucranianos e pessoas em extrema pobreza - 18/09/2023
Admirável vinho novo
Austrália e Nova Zelândia fazem parte dos novos territórios viticultores que abalam as estruturas dos produtores tradicionais, com vários rótulos ocupando posições dentre os top 100 melhores do mundo. Inovação e condições geográficas específicas trazem personalidade e sabores únicos aos vinhos desses territórios. Na coluna deste mês, descubra mais da história e desenvolvimento da identidade dessas lindas regiões, bem como alguns dos nossos exemplares favoritos
Edição de julho/2018 – p. 42
Apenas 30 anos separam a história enológica da Austrália e da Nova Zelândia, que começou aproximadamente no final do século XVIII. O primeiro vinhedo plantando na Austrália foi de vinhas oriundas do Rio de Janeiro (!) e do Cabo da Boa Esperança. O solo rico e clima úmido de Sydney não foram favoráveis à fabricação de vinho, mas os incansáveis australianos levaram plantas para zonas mais ao norte de Sydney e tiveram maior sucesso por lá, dando início assim a indústria enológica local, com varietais de Cabernet Sauvignon, Pinot Gris, dentre outros. James Busby foi o grande pioneiro na produção de vinho em ambos países, com registros que datam de 1840 na Nova Zelândia, referindo-se aos vinhos produzidos a partir de sua plantação em Waitangi. Porém regulamentações estritas, proibição e guerras atrasaram o desenvolvimento da cultura enológica em ambos países que tinham sua limitada produção distribuída praticamente de forma exclusiva para o mercado interno. Foi apenas há 40 anos que o resto do mundo foi introduzido aos incríveis exemplares desses territórios.
Apesar de a produção australiana ter suas bases em vinhos doces, normalmente fortificados, a utilização de técnicas tradicionais europeias elevou a qualidade dos vinhos aí produzidos passando assim a destacar a unicidade das uvas plantadas em seu território.
Áreas como Barossa Valley, de clima seco e quente despontaram na produção de uvas escuras, maduras e robustas, gerando os inconfundíveis Shiraz (Syrrah) australianos.
Curiosamente, os vinhos mais populares e baratos do país veem de regiões vizinhas, criando o grande paradoxo da indústria enológica local: ao mesmo tempo em que se encontra vinhos de altíssima qualidade e preços, como Chris Ringland Three Rivers Dry-Grown Shiraz (aproximadamente $700USD por garrafa), é possível entrar num posto de gasolina aqui na Flórida e encontrar uma garrafa do famoso Yellow Tail Shiraz por $4.98USD. Claro que os processos industriais utilizados na produção desses vinhos baratos comprometem a qualidade da bebida, mas não impedem a popularidade e sucesso econômico desses rótulos – a Austrália é a 5a maior exportadora do mundo, graças em parte a essa dicotomia da produção em massa versus exclusividade e refinamento de alguns de seus produtores mais renomados.
Já a Nova Zelândia deve toda sua personalidade enológica ao seu clima marítimo fresco, com vinhedos mais ao sul do globo, e seus solos variados mas em maioria com traços de barro e cascalho. Em consequência, vinhos neozelandeses apresentam inconfundíveis notas herbáceas e frutadas, com grande destaque ao Pinot Noir de Martinborough e Sauvignon Blanc de Marlborough. Essa singularidade de sabores reflete claramente na economia: a Nova Zelândia é hoje o 3o maior exportador de vinhos para os Estados Unidos, sendo o 2o maior de vinhos brancos. Esse número é extremamente relevante quando consideramos que o país produz menos de 1% de todo vinho do mundo.
Com base no descrito anteriormente, veja a seguir alguns rótulos que acreditamos representar fielmente o melhor que essas regiões têm a oferecer:
AUSTRÁLIA
- Penfolds Koonunga Hill Shiraz 2016 : $11USD
- First Drop Mother’s Milk Shiraz 2015 (Barossa Valley): $20USD
- Yalumba Old Bush Vine Grenache 2016 (Barossa Valley): $20USD
- Jacob’s Creek Chardonnay Reserve 2015 (Adelaide Hills): $15USD
- Jim Barry The Lodge Hill Dry Riesling 2016 (Clare Valley): $20USD
- Miles From Nowhere Chardonnay 2017 (Margaret River): $13USD
NOVA ZELÂNDIA
- Villa Maria Private Bin Pinot Noir (Marlborough): $19USD
- Fire Road Pinot Noir (Marlborough): $15USD
- Palliser Pinot Noir (Martinborough): $35USD
- Kim Crawford Sauvignon Blanc (Marlborough): $18USD
- Cloudy Bay Chardonnay (Marlborough): $35USD
- Kia Ora Sauvignon Blanc (Marlborough): $9USD
- Cottesbrook Gewürztraminer (Canterbury): $13USD