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A trajetória musical de Márcio Mendes
MAR/16 – pág. 22
O artista lança esse ano o terceiro CD da carreira, “To Voltando”, reunindo uma coletânea de músicas – em vários estilos.É diretor musical da Oficina de Menestréis, ao lado da notável Dany Rabello, bailarina do “Cirque du Solei”
“O que representa o palco? O meu quarto, a minha casa. Sou livre no palco, mas, confesso, ainda sinto aquele friozinho na barriga antes de entrar em cena”. Esta a afirmação do cantor, compositor e músico – pianista e violonista -, Márcio Mendes, durante entrevista para o “Jornal Nossa Gente”. O artista lança esse ano o terceiro CD da carreira, “To Voltando”, reunindo uma coletânea de músicas – em vários estilos -, incluindo forró, balada e rock, mostrando a sua versatilidade musical. “Eu não tenho uma linha definida como cantor. O intérprete tem que cantar de tudo”, ressalta. “Fui criado com uma rica diversidade musical, por exemplo, canto em inglês, em espanhol, em italiano e em português. Canto desde Andrea Bocelli até Wesley Safadão. A minha intenção é que o público fique satisfeito e que se sinta feliz nos meus shows”, complementa o artista.
Filho do seresteiro pernambucano, Tito Mendes, Márcio foi primeiro tenente do Exército, no Rio de Janeiro, tendo cursado canto na Faculdade Estácio de Sá – também no Rio -, trabalhando com o diretor musical, João Carlos Assis Brasil, considerado um dos cinco maiores pianistas da Música Popular Brasileira. É formado em violão popular, e, desde os dez anos de idade, toca piano e estuda sobre o rico universo da MPB. “Nos meus shows pergunto ao público o que ele quer ouvir. Atendo a todos os pedidos, seja qual for à música. O meu principal instrumento é a voz, portanto, eu a coloco a mercê da vontade da plateia”, denota.

Carismático e determinado em sua trajetória artística, Márcio Mendes é diretor musical da Oficina de Menestréis – para formação de atores -, ao lado da notável Dany Rabello, bailarina do mundialmente famoso “Cirque du Solei”. O curso que vem sendo ministrado em Orlando, baseando-se no projeto que revelou estrelas das artes cênicas nos anos 90, em São Paulo e Rio de Janeiro, coordenado por Beto Montenegro, irmão do cantor e compositor, Oswaldo Montenegro, e por Candé. “A Oficina dos Menestréis tem a mesma metodologia de São Paulo e temos um grupo de alunos em Orlando”, comenta o cantor. “Começamos os nossos trabalhos no dia seis de março e vamos realizar a primeira montagem musical em quatro meses. Serão várias esquetes no palco, com alunos brasileiros e de outras nacionalidades”, informa o compositor. “A Dany (Rabello) é uma ótima profissional e tem se empenhado muito nesse projeto”.
Lembra Márcio Mendes que durante o curso para Menestréis, no Rio de Janeiro, ele atuou ao lado de nomes que se tornaram consagrados, a exemplo da atriz Letícia Spiller, da comediante Ingrid Guimarães, da atriz Ana Lima e de André Guedes. “Na ocasião, montamos dois musicais, com músicas de Oswaldo Montenegro. O primeiro musical foi ‘Porto Belo, Belo e, depois,´ Porto Belo, Belo2´, lembra. “Também trabalhei com Oswaldo Montenegro, realizando vários shows no Rio de Janeiro”, comenta.
No ano de 1.991, o artista se mudou para os Estados Unidos, indo residir na cidade de Elizabeth, em New Jersey, onde ficou durante um ano. Posteriormente, foi morar em Newark, ampliando o seu círculo de amigos. “Eu trabalhei em food truck de lanches, tocava em festas e jogava futebol. Como fui jogador de futebol no Rio de Janeiro, ganhava para jogar em times amadores em Newark”, relata. “Mas foi no início do ano de noventa e dois que eu fiz o meu primeiro réveillon, e foi um sucesso. A partir daí não parei mais”, relembra com entusiasmo.
Trajetória no Brasil
Com memória privilegiada, Márcio Mendes ainda lembra do seu primeiro dia de aula de piano, no Rio de Janeiro, ainda menino, no curso de Santa Cecília. “Foi no dia quatro de abril do ano de setenta e quatro. Eu comecei ali uma trajetória que segue até os dias de hoje”. Influenciado pelo pai, presidente da Ordem dos Músicos do Rio, o cantor foi conselheiro e inspetor da ordem dos Músicos. Entretanto, em 1981 ele entrou para o futebol, jogando no juvenil do Flamengo e no time júnior do Vasco. “Jogava na posição de meia-esquerda, dividindo o campo com Romário e com o Gilmar Popoca”, fala com entusiasmo. Mas, o inesperado aconteceu, em 1983, “quando torci o joelho e perdi a grande oportunidade de me profissionalizar. Fiquei muito decepcionado, mas não teve jeito. Passei por tratamento, mas não resolveu”, lamenta.
E no dia 13 de fevereiro de 1983, Márcio ingressou no Exército, onde ficou até 1990, “quando ocupava a patente de primeiro tenente do Exército”, lembra. Nesse interim, conseguiu licença e estudou na Faculdade de Canto Estácio de Sá, evidenciando a sua paixão pela música. “Ainda no Exército, acompanhei a transição do Museu Histórico do Exército, no Posto 6 de Copacabana, que foi um processo muito importante”, exalta. Ele já lançou dois CD – “Fotonovela”, em 1998, e “Friends USA”, em 2002 -, também lançando o livro “A Arte de Viver é Saber Conviver com a Falta de Arte”, com letras de 350 músicas do artista. “Muita gente não entende a sua escolha e você tem de entender as pessoas de qualquer forma”, reforça o cantor. “Eu procuro fazer com que as pessoas saibam o que eu tenho a oferecer como artista”.
Pai de três filhos – Giovanna, Brian e Maria -, conta Márcio Mendes que, no ano passado, esteve no Maranhão, quando participou da Micareta, realizada no dia quatro de julho, reunindo cerca de duas mil e quinhentas pessoas. O evento foi promovido pela Gráfica Universo, de propriedade de Teresa Silva. E segundo o artista, tem sido um bate e volta entre New Jersey, Brasil e Orlando. “Em Orlando, por exemplo, eu toquei quarenta e três vezes. Bati o recorde de shows e estou muito feliz em estar na cidade”, finaliza.
Walther Alvarenga