SET/12 – pág. 60
Joaquim e Rosa moravam numa chácara. Lá, eles tinham uma vaca, um porco, uma galinha e um rato, sendo este último, o indesejável.
Um dia, o rato viu Joaquim armar uma ratoeira e, apavorado, foi pedir ajuda aos outros animais:
-Galinha, tem uma ratoeira na casa!
A galinha respondeu: – Ah, é? E eu com isso?
Desapontado, o rato foi procurar o porco:
-Porco, tem uma ratoeira na casa!
– Que pena pra você, nada posso fazer, mas fique tranquilo que vou rezar pela sua alma.
Assustado, o rato foi ter com a Vaca:
-Vaca, tem uma ratoeira na casa!
-Eu entendo que isso seja um problema para você, mas não me prejudica em nada, sinto muito.
Desolado, o rato voltou para seu abrigo.
Na noite seguinte, ouviu-se o estalar da ratoeira, Rosa então foi ver a vítima, porém, no escuro, não percebeu que a ratoeira havia prendido o rabo de uma cobra que picou a velha senhora. Ela teve febre, o marido resolveu fazer uma canja para fortalecer Rosa. E lá foi a galinha pra panela.
Com a notícia do estado de saúde de Rosa, amigos e parentes foram visitá-la e, para alimentar as visitas, Joaquim matou o porco.
Como a mulher não melhorava, o marido levou-a ao médico e precisou comprar muitos remédios. Tudo em vão, Rosa faleceu e para pagar as despesas dos gastos, o viúvo resolveu vender a vaca para um açougue.
Para pensar: num grupo de convivência, seja família, amigos ou trabalho, o problema de um é problema de todos sempre que houver uma “ratoeira” por perto.
“Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos.”
Abraços!