A luz do mundo

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DEZ/13 – pág. 52

“Eu sou a luz do mundo. Aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” – Jesus
(João, cap. 8, vers. 12/13)

c32Jesus é a luz do mundo. Sem Ele podemos nos enganar com os valores efêmeros da vida material, nos deixar levar pelo orgulho, egoísmo, e não realizar o objetivo da vida, que é a evolução espiritual. Tentando “ganhar a vida”, corremos atrás das vitórias materiais, e acabamos perdendo essa mesma vida, perdemos o tempo, não realizando o trabalho que nos competia desenvolver. E o que “perder a sua vida”, isto é, renunciar à conquista dos primeiros lugares no plano físico, buscando compreender e viver os ensinos do Mestre, ganha a vida, pois aproveita o tempo fazendo o mais importante que é o trabalho pela sua evolução espiritual, através do cumprimento dos deveres de fraternidade, perdão, e caridade.


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Luz é clareza, verdade, certeza, realidade. Jesus é a luz do mundo no sentido de que seus ensinos são as verdades eternas, a revelação das leis divinas. Podemos interpretar também a afirmativa citada de início no sentido de que Jesus é a luz do nosso mundo interior, ou seja, do nosso íntimo. Quem assimila os seus ensinos e os observa estará sempre em segurança, sem os prejuízos e incertezas que as trevas acarretam.

Aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida, disse o Mestre. Não basta crer em Jesus, admirá-Lo, construir templos suntuosos em sua homenagem, nem honrá-Lo com os lábios. É necessário segui-Lo. Para tanto precisamos conhecê-Lo, ou seja, estudar os seus ensinos, buscar compreendê-los e nos empenharmos em aplicá-los na vida cotidiana. Seguir Jesus é se esforçar para pensar, falar e agir como Ele pensava, falava e fazia. Naturalmente não conseguiremos imitá-lo integralmente, mas Ele é o modelo e guia, que devemos nos empenhar em seguir.

Aqueles que procuram seguir o Cristo estarão sempre fortalecidos na fé, na luz da vida, isto é, compreenderão melhor a si mesmos, as outras pessoas, e as circunstâncias em que se envolvem. Não significa ausência de dificuldades, solução dos problemas materiais. A Terra é uma escola. Estamos aqui para aprender, para trabalhar pela nossa evolução espiritual. E o aprendizado tem um preço. Ocorre também que somos compelidos a colher os frutos daquilo que plantamos no passado. Se não plantamos o bem, temos que colher o resultado equivalente ao que foi plantado, isto é, o fruto amargo da má semeadura realizada anteriormente. Somos livres para agir, para plantar, mas uma vez praticada a ação (realizado o plantio) a colheita é obrigatória. Portanto não é porque procuramos seguir Jesus agora que vamos ficar livres dos resultados dos nossos atos anteriores. Mas mesmo essa colheita obrigatória pode ser efetuada de várias maneiras. Com Jesus, realizaremos a colheita amarga com resignação, com esperança, aceitando a vontade de Deus a nosso respeito. Sem Jesus nós resvalamos para a revolta, para o desânimo, o pessimismo, a incompreensão.

Não é correto esperar compensações materiais pelo provável cumprimento de deveres espirituais. Allan Kardec, no Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. II, item 3, comenta: “Os judeus tinham ideias muito imprecisas sobre a vida futura. Acreditavam nos anjos, que consideravam como os seres privilegiados da criação, mas não sabiam que os homens, um dia, pudessem tornar-se anjos e participar da felicidade angélica. Segundo pensavam, a observação das leis de Deus era recompensada pelos bens terrenos, pela supremacia de sua nação no mundo, pelas vitórias que obteriam sobre os inimigos. As calamidades públicas e as derrotas eram os castigos da desobediência. Moisés o confirmou, ao dizer essas coisas, ainda mais fortemente, a um povo ignorante, de pastores, que precisava ser tocado antes de tudo pelos interesses deste mundo. Mais tarde, Jesus veio lhes revelar que existe outro mundo, onde a justiça de Deus se realiza. É esse mundo que ele promete aos que observam os mandamentos de Deus. É nele que os bons serão recompensados.”

José Argemiro da Silveira
Autor do livro: Luzes do
Evangelho, Edições USE



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