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Ucrânia vai aos EUA, que assumem tom ameaçador contra Rússia
O primeiro ministro interino da Ucrânia, Arseny Yatsenyuk, confirmou neste domingo (9) em uma reunião do gabinete imposto depois do golpe que derrubou o presidente eleito, Víktor Yanukóvich, que viajará aos Estados Unidos em busca de respaldo.
“A reunião do governo da próxima quarta-feira (12) será dirigida pelo primeiro vice-presidente do Executivo, Vitaly Yarema, já que vou aos Estados Unidos para realizar reuniões do mais alto nível para resolver a situação da Ucrânia”, afirmou, de acordo com a agência de notícias Unian.
De maneira simultânea, a revista Newsweek publicou uma entrevista com a ex-primeira ministra ucraniana e chefe do partido de Yatsenyuk, Batkivschina, Yulia Timoshenko, que instou Washington e o Reino Unido a uma intervenção mais decidida em seu país.
Ela conclamou os líderes mundiais a não deixar a Ucrânia “sozinha” no conflito com a Rússia, disse sobre a situação vigente na Ucrânia depois da derrubada de Yanukóvich e da imposição de novas autoridades por um Parlamento ocupado e vigiado por setores neofascistas.
Timoshenko invocou o Memorando de Budapeste de 1994 sobre a proteção ao seu país por ter renunciado aos arsenais nucleares, e indicou que o Reino Unido e os Estados Unidos são os garantidores da paz na Ucrânia.
“Graças a este acordo temos que evitar a guerra”, disse.
As negociações não devem ser feitas entre a e Ucrânia e a Rússia, assinalou, ao reclamar a intervenção dos que de maneira reiterada ela denominou de “líderes mundiais”.
Enquanto isso, o chefe do Estado Maior Conjunto dos Estados Unidos, Martin Dempsey, defendeu que o Exército de seu país está preparado para respaldar a Otan se os distúrbios na Ucrânia se intensificarem.
Denpsey disse em uma declaração publicada no sítio do Conselho da aliança atlântica na Internet que conversou com suas contrapartes militares na Rússia.
Contudo, sublinhou que também está enviando uma mensagem clara à Ucrânia e aos membros da Otan de que as tropas estadunidenses responderão militarmente se for necessário.
Dempsey aludiu em reiteradas ocasiones às obrigações dos Estados Unidos com a Otan para assumir um tom ameaçador a respeito do incremento da rebeldia da população de origem russa do Leste da ex-República soviética imersa no caos depois da derrocada do presidente eleito Yanukócvich.
Fonte: vermelho.org.br (Prensa Latina)