Trajetória de sucesso do jornalista Marcos Peres

Trajetória de sucesso do jornalista Marcos Peres

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MAIO/2015 – pág. 36

Ele cobriu às Olimpíadas, as Paraolimpíadas de Atenas, entre outras competições relevantes, como correspondente internacional do SportTV, na Globo. Apaixonado pelo esporte, é diretor de Comunicação do Orlando City

Marcos Peres (2)Responsável pelo plano de Estratégia de Comunicação da equipe de futebol do Orlando City, o jornalista Marcos Peres – diretor de Comunicação-, tem uma carreira respeitada no âmbito esportivo, tendo atuando como correspondente internacional do SportTV, na Globo, oportunidade em que cobriu importantes eventos, incluindo as Olimpíadas, Mundial de Basquete, Mundial de Ginástica, Paraolimpíadas, entre outras competições relevantes, viajando para vários países. Há quatro anos residindo nos Estados Unidos – completados no último dia 15 de Maio -, dois anos dos quais residiu em Manhattan, em Nova York, o paulistano se divide entre os afazeres no Orlando City e a atenção para a família – os filhos, Aline e Tomas, e a esposa, Fernanda. “Eu já viajei excessivamente a trabalho e tive pouco tempo para a minha família, mas hoje a situação é bem diferente: cumpro com os meus compromissos, mas procuro dar o máximo de atenção em casa. Quero acompanhar o crescimento dos meus filhos”, justifica.


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Em entrevista exclusiva ao “Jornal Nossa Gente”, Marcos abriu espaço em sua agenda para conversar com a nossa equipe. Simpático e determinado em suas colocações, falou da carreira e da paixão pelo esporte, que ele considera uma fonte de entretenimento. “O esporte é entretenimento. Trato o esporte dessa maneira, é assim que eu vejo. Talvez tenha sido esta minha estratégia, essa observação que me deu a oportunidade de expandir como jornalista esportivo. Há uma história, extremamente especial, por trás dos campeões, seja qual for a sua modalidade. O futebol no Brasil é tratado como algo muito importante, mas entendo como entretenimento”, reforça.

Indagado sobre o empenho que consolidou a carreira como correspondente internacional do SporTV, Peres lembra do início de sua trajetória jornalística na redação da emissora. “Eu comecei em 2000 trabalhando como estagiário na Globo, na redação do SporTV. Foi o primeiro passo para que eu pudesse fazer a minha primeira reportagem e integrar à equipe de jornalismo. Já em 2003 a Globo me contratou e passei a fazer parte da equipe de repórteres do SporTV quando fiz a cobertura das 500 Milhas de Indianópolis e me saí muito bem. A partir daí fui convocado para cobrir no exterior o Mundial de Judô, o Mundial de Basquete e também as Olimpíadas, entre outras competições fora do país”, lembra.

Mas o fator que realçou o trabalho de Marcos Peres como repórter internacional é que ele atua como um contador de histórias. Enfoca em suas matérias a história por trás dos resultados, evidenciando os elementos essenciais -desafios, empenho e superação -, que transformam atletas em campeões, imbatíveis. “O atleta não vai para uma Olimpíada apenas para ganhar. Há muito mais que isso e ele precisa se empenhar, ultrapassar os próprios limites do corpo para atingir a sua meta de subir ao pódio. E a minha preocupação, enquanto repórter, era exatamente essa. Relatar os fatos quando na preparação e na performance de um campeão”, enfatiza. “Eu procurei mostrar histórias de dedicação e de superação em meio às pressões das competições. Como surge um vencedor e quais os requisitos que o levaram ao título. E essa minha linha de trabalho me abriu portas para o mundo. A Globo sentiu isso e me deu oportunidades. Era o olhar atrás do resultado”, diz.

Mas quem são esses seres tão especiais? Personagens que superam limites e que levam alegria à milhares de torcedores. Quem é essa gente que compete em várias modalidades e que deixa os respectivos nomes registrados na história do esporte? “São super homens e super mulheres, é assim que os vejo”, afirma Marcos Peres. “Acredito nisso. Sou apaixonado pela Natação. E quando cobri o Mundial de Natação, convivi com atletas obstinados pelo sucesso profissional, seres altamente competitivos e que demonstravam disciplina nas competições. Algo fantástico. Mas, independente de qual seja a modalidade, são atletas admiráveis. Esse esforço é um diferencial plausível. E eles trabalham muito. É um empenho de todos os dias. São pessoas que convivem com a dor diariamente. A dor do excessivo esforço físico, a dor de perder uma competição. Mas eles não desistem nunca, e eu aprendi muito com cada um deles”, conta.

E quanto aos momentos especiais, que marcaram a sua trajetória jornalística de sucesso, Marcos pontuou três acontecimentos que considera fundamentais. “A cobertura das Paraolimpíada de Atenas, na Grécia,em 2004, foi um momento especial da minha carreira. Marcou muito. Não pela deficiência física dos participantes, mas pelo alto rendimento que cada um deles demonstrou durante as competições. Uma rotina intensa, de treinamentos fortes, quebrando os próprios limites do corpo físico. Era a tecnologia atrás do esporte adaptado. Atletas alegres, que se divertiam com a própria condição física, sem ressentimentos ou constrangimento. O preconceito não existia entre eles, pelo contrário, todos os paradigmas foram deixados para trás. Inclusive, teve um atleta que chamou pelo colega de equipe em tom de brincadeira:’Você sem braço, vem aqui!’ É maravilhoso rir dos problemas. E isso me fez uma pessoa melhor”, fala com carinho.

“O segundo momento”, continua Marcos, “aconteceu durante as Olimpíadas de Inverno de Vancouver, no Canadá, em 2010. Vi grande atletas quebrando recordes em um esporte que eu nunca tinha participado da cobertura antes. Era um esporte novo para mim, disputado na neve, com temperaturas baixíssimas, mas foi um sucesso. Tive um ótimo retorno”.

“Chorei de emoção”

Mas o ponto crucial de sua carreira, destacou o jornalista, aconteceu no exato momento em que o time do Orlando City saiu do túnel do estádio “Citrus Bowl”, em Orlando, para o jogo de estreia do meia Kaká contra o também novato New York City FC . “O estádio estava lotado. Eram 62 mil pessoas gritando pelo nome do Orlando City e eu me emocionei. Não consegui conter as lágrimas e chorei de emoção. Naquele momento se concretizava uma meta importante do time e do meu trabalho junto à diretoria. Conhecia os proprietários, acompanhei todo processo de preparação para a partida, enfim, houve muito empenho e o sucesso foi inevitável. Algo novo depois de 15 anos”, demarca.

E sobre as condições do Orlando City atualmente, disse Peres que o time desfruta de grande prestígio junto à torcida, quebrando todos os recordes em pouco tempo. “O Orlando City tem a melhor média de público para um time estreante. Obteve impacto no mercado esportivo e isso tem sido visto pelos patrocinadores e pela torcida. A vinda do Kaká, por exemplo, é de grande importância para a equipe e causou um grande impacto. As visualizações dos vídeos do Orlando City se tornaram pioneiras e o clube está entre os três primeiros times mais visitados no Face e pela mídia. Uma ascensão triunfal na liga esportiva”, acrescenta. “A torcida local está engajada com o time, comparecendo no estádio e consumindo os nossos produtos. Um passo fundamental”.

“Os jogos do Orlando City são transmitidos em 100 países com 30 línguas diferentes”, ressalta o jornalista. “Isso é fantástico e uma responsabilidade redobrada. Os jogadores em campo estão cada vez mais entrosados e isso é bom. Em poucas semanas o Orlando será um dos grandes times, imbatível”, conclui.

Tempo livre

Quanto ao seu tempo livre, longe dos compromissos do dia a dia, conta Marcos Peres que ele se dedica à família. “Procuro fazer todas as minhas atividades em tempo hábil para depois me dedicar aos meus filhos e a minha esposa. Durante a semana vou ao Centro de treinamentos do Orlando City, em Sanford, no período da manhã, e à tarde fico no escritório, em Orlando. Também viajo acompanhando a equipe nos jogos selecionados. São seis profissionais de Comunicação que acompanha o time. Preparamos o plano estratégico de Comunicação”, informa.
Natural da cidade de São Paulo, Peres esteve no Brasil em setembro de 2014, quando participou de uma Feira de Turismo, representando o Orlando City. “Eu cuido do Departamento do Turismo da equipe”, acrescenta. Na oportunidade aproveitou para visitar os familiares. Este ano, o jornalista voltará ao Brasil.

WaltherAlvarenga

Walther Alvarenga



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