Temporada de furacão

Temporada de furacão

Edição de setembro/2017 – pág. 33

Recentemente houve a passagem do furacão Irma pelo Caribe e no estado da Flórida.  À região do Caribe, esse furacão chegou na categoria 5; já no estado da Flórida, entrou com categoria 4 e foi baixando-a na sua trajetória.

Ventos ininterruptos, com velocidade a partir de 73 MPH  (118 km/h) ou mais, foram classificados por Herbert Saffir (engenheiro consultor) e Roberto Simpson (diretor do Centro Nacional de Furacões nos EUA) no início dos anos 1970. Eles desenvolveram a Tabela Saffir-Simpson como medida de intensidade de um furacão, que varia entre as categorias 1 e 5. Antes do furacão, há a Tempestade Tropical, ventos que variam entre 51 e 118 km/h (35 a 73 mph).


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CATEGORIA 1

Os ventos vão de 117 a 151 km/h (74–95 mph) e o nível do mar eleva-se de 1,2 a 1,6 metros. Os danos potenciais de um furacão desta categoria são os mais baixos, não provocando quaisquer danos em quedas de árvores ou abalos nas estruturas dos edifícios. A principal consequência registra-se ao nível das regiões costeiras, com possibilidade de pequenas inundações.

CATEGORIA 2

Os ventos vão de 152 a 176 km/h (96 –110 mph) e o nível do mar eleva-se de 1,7 a 2,5 metros. Os danos potenciais são na quebra de janelas, portas e telhados de casas e na agricultura, podendo ser arrancadas árvores com a força dos ventos. Embarcações ancoradas junto à costa podem ser afetadas e há a possibilidade de inundações em zonas costeiras.

CATEGORIA 3

Nessa categoria, os ventos são de 177 a 208 km/h (111 – 130 mph) com a elevação do nível do mar de 2,6 a 3,8 metros. Podem provocar danos estruturais em pequenas casas e edifícios, destruindo construções feitas de madeira. Há muitas inundações perto da costa em pequenas estruturas e danos em construções maiores, assim como inundação de terrenos.

CATEGORIA 4

Os ventos são de 209 a 248 km/h (131 – 155 mph), a elevação do nível do mar é de 3,9 a 5,5 metros. Furacões nesta categoria podem provocar grandes danos em áreas habitadas; casas e prédios podem ser derrubados pelos ventos; chuvas torrenciais provocam alagamentos em enormes áreas. Por isso, há a necessidade de se retirar todos aqueles que residem nas regiões por onde o furacão passe.

CATEGORIA 5

Furacões de categoria 5 são os mais violentos, com ventos de mais de 249 km/h (mais que 155 mph), o nível do mar eleva-se a mais de 5,5 metros. Eles são considerados raros pelos meteorologistas, podendo destruir tudo que estiver no seu caminho. Áreas costeiras podem ser invadidas até dez quilômetros, com colapso das estruturas energéticas e sanitárias. É obrigatória a retirada de todas as pessoas que morem perto da costa.

RESISTÊNCIA DAS CONSTRUÇÕES

Como entender se uma casa está segura durante a passagem de um furacão?

Existe um código de construção na Flórida exigindo determinados protocolos após o furacão Andrew, que devastou Miami no ano de 1992. Esse código foi estudado por engenheiros e lançado em FBC-2002 (Florida Building Code).

Em construções de madeira ou concreto, são exigidos reforços através de “amarrações” feitas com placas de metais. São usados normalmente os produtos do fabricante “Simpson Strong-Tie”.  Seguem alguns exemplos usados em estruturas de madeira:

Estes metais interligam toda a estrutura da casa desde a fundação até o telhado. Na fundação, utilizam-se os metais que são imersos no concreto/ferragem e presos na estrutura da madeira. Se houver um segundo andar, existe uma placa de metal que interliga os suportes de parede entre o primeiro e segundo andar. Na estrutura do telhado, faz-se o mesmo procedimento, sendo que cada tipo de tie é numerado em código para ser utilizado em cada caso.

No caso de estruturas de concreto, o processo é semelhante, porém – entre as aberturas de portas e janelas – são utilizados os ferros imersos em concreto (fundação) e amarrados a uma viga de concreto (lintel) sobre as aberturas. Nos telhados, seguem os mesmos processos citados anteriormente.

As janelas e portas também devem ser resistentes ao novo código de construção, tendo que seguir, como referência, o código de Dade County (Miami). Infelizmente, as casas construídas – antes desse código ser lançado – ficam mais vulneráveis a uma possível destruição.



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