Sonho partilhado

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A dupla de vôlei de praia Larissa França e Talita Antunes quer chegar junta ao alto do pódio em 2016

por Luiz Humberto Monteiro Pereira

jogoscariocas@gmail.com

Larissa França (à direita, com a camiseta 1) e Talita Antunes (à esquerda, com a camiseta 2) - Foto: FIVB/Divulgação
Larissa França (à direita, com a camiseta 1) e Talita Antunes (à esquerda, com a camiseta 2) – Foto: FIVB/Divulgação

Ambas têm 33 anos. Larissa França é capixaba de Cachoeiro do Itapemirim e Talita Antunes é sul-matogrossense de Aquidauana. Ambas já disputaram, com outras parceiras, duas Olimpíadas anteriores. Em Pequim, ao lado de Ana Paula Conely, Larissa ficou em quinto, mas foi medalha de bronze em Londres, junto com Juliana Silva. Já Talita, em parceria com Renata Trevisan, ficou em quarto em Pequim, mas em Londres, sua dupla com Maria Elisa caiu nas oitavas de final. Ambas são sargentos do Programa de Atletas de Alto Rendimento do Exército Brasileiro (PAAR/EB) e, jogando juntas, foram campeãs brasileiras 2014/2015. A posição no ranking já garantiu à dupla a vaga para as Olimpíadas do Rio de Janeiro – a outra dupla do vôlei de praia feminino será formada por Ágatha e Bárbara. “Participar de uma Olimpíada é um sonho para todo atleta, o nosso ápice. E a nossa geração está tendo a oportunidade de fazer isso dentro de casa”, comemora Talita. “Desde que resolvi que voltaria a jogar, depois de ter parado em 2012, meu objetivo era disputar as Olimpíadas no Rio”, reforça Larissa.


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Jogos Cariocas – Como se aproximou do vôlei de praia?

Larissa – Fazia diversos esportes na época da escola e um deles era o vôlei de quadra. A CBV criou um projeto de centros de treinamento de base para o vôlei de praia em diversos locais do Brasil, e fui convidada para ir para Fortaleza. Embora o primeiro ano tenha sido ruim por conta de contusões, não desisti e fui me aprimorando. Quando os primeiros resultados positivos apareceram eu percebi que o meu futuro era nesse esporte.

Talita – Fui convidada para jogar vôlei de quadra pelo CRB em Maceió. Foi lá que o Toroca (o alagoano Walter Pitombo Laranjeiras, atual presidente da CBV) me questionou se eu não queria experimentar o vôlei de praia. No início apanhei muito no esporte, por conta do vento e das condições de jogar a céu aberto. Cheguei a pensar em desistir. Mas logo veio o convite para jogar com a campeã olímpica Jackie Silva. Acho que ali percebi que esse era o meu caminho.

Jogos Cariocas – Qual é o aspecto mais interessante de praticar o vôlei de praia? E a parte chata?

Larissa – Amo o vôlei de praia, devo tudo que tenho a ele. Adoro competição, conhecer lugares diferentes e pessoas especiais. Tem gente que acha que pode ser chato ter uma vida regrada de atleta, mas você se acostuma. Eu acho tudo que o vôlei me proporciona muito bom.

Talita – Na maioria das vezes, estamos treinando ou jogando em lugares maravilhosos, ao ar livre. Além disso, conheci muitos lugares no mundo por conta do vôlei de praia. O esporte me ajudou a me adaptar a todo momento, a lidar com o desafio de sair dos momentos difíceis, já que não temos reserva. Algumas vezes as viagens são cansativas, mas nem isso pode ser chamado de “parte  chata”. Adoro o que eu faço.

Jogos Cariocas – O que espera das próximas Olimpíadas? Já sonhou com os Jogos Rio 2016?

Larissa – Sonho com isso sempre. Esse primeiro passo conseguimos dar, com a conquista da vaga. Agora queremos nos preparar bem para buscar uma medalha, se possível a de ouro. Seria uma maneira perfeita de encerrar a carreira.

Talita – Fomos a dupla feminina do Brasil a garantir a vaga para 2016 pelo ranking olímpico brasileiro. Espero representar muito bem meu país, jogar bem e feliz.

Jogos Cariocas – O fato de estar em casa pode representar uma vantagem para os atletas brasileiros? Ou será que pode atrapalhar?

Larissa – Será especial estar em quadra sabendo que todos ali estão torcendo por você. Tive esses experiência no Pan de 2007 e foi mágica. Precisamos estar bem focadas para buscar nosso objetivo.

Talita – Acredito que temos vantagem. Torcida a favor, não teremos que nos adaptar a fuso, comida, idioma… Estaremos num ambiente mais confortável que os estrangeiros.

Jogos Cariocas – Nas Olimpíadas, quais são os principais adversários a serem batidos?

Larissa – O Brasil sempre foi de ponta no vôlei de praia, trazendo medalhas em todas as Olimpíadas. A disputa interna pelas duas vagas olímpicas é bem forte, e isso eleva o nível das nossas duplas. Existem muitas duplas boas, da Alemanha, dos Estados Unidos, entre outras. Precisamos focar no nosso trabalho e fazer o nosso melhor.

Talita – A cada edição olímpica, o vôlei de praia fica mais disputado. Se no começo era polarizado entre Brasil e Estados Unidos, hoje diversos países têm duplas de ponta.

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