Rodrigo Santoro volta às novelas

Rodrigo Santoro volta às novelas

O ator que conquistou Hollywood, atuando ao lado de grandes nomes como Jim Carrey, retorna à novela “Velho Chico”, na Globo. Com salário invejável, marcando presença em 18 capítulos, o galã interpreta Afrânio, herdeiro único do coronel Jacinto

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Após 12 anos afastado das novelas no Brasil, Rodrigo Santoro está de volta na trama preparada pela Globo, “Velho Chico”, escrita por Benedito Ruy Barbosa e Edmar Barbosa, com direção de Luiz Fernando Carvalho. Com salário invejável, 1,5 milhão de reais, o ator interpreta Afrânio, rapaz criado cheio de cuidados e rigor, o herdeiro único de Encarnação e do coronel Jacinto. O personagem viveu em Salvador, se apaixonando por Iolanda, mas ela o abandonou quando se casou. Santoro vai participar de apenas de 18 capítulos do folhetim, mas não esconde a satisfação quanto ao seu novo desafio. “Fiquei muito feliz com o convite do Luiz Fernando, que é um grande parceiro, e com a oportunidade de trabalhar com o Benedito. Acho que vai ser um reencontro com o público e com a Globo, que foi onde eu comecei. Faz tempo que sinto saudades de trabalhar em casa”, disse empolgado. Ele já havia trabalhado com o diretor na série “Hoje é dia de Maria” e em “Afinal, o Que Querem as Mulheres?”.

Rodrigo Santoro ficou um bom tempo afastado das telinhas, aproximadamente 12 anos, por conta da carreira internacional. Ele trabalhou no cinema americano ao lado de nomes consagrados como Jim Carrey, Arnold Schwarzenegger, Forest Whitaker, Eva Green, Sullivan Stapleton, entre outros. Inclusive, lembra Santoro, que ao receber o convite para uma participação, sem falas, no filme “As Panteras”, ao lado de Cameron Diaz, foram divulgadas informações improcedentes quanto ao seu cachê no longa. “Na época do filme As Panteras, falaram que meu cachê foi de US$ 1 milhão. Na verdade, quase paguei para atuar nele”, relata.

Rodrigo Santoro, inclusive, já é membro do sindicato de atores dos EUA e, na maior parte dos trabalhos, recebe o piso salarial de cerca de US$ 3.000 por semana, em filmes com orçamento a partir de US$ 2,5 milhões. Na sequência do filme, “300 – A Ascensão do Império”, o ator tem um personagem com ainda mais destaque, onde teria recebido seu maior pagamento desde que começou a realizar trabalhos no exterior.”E, mesmo assim, eu recebo mais para trabalhar em coisas no Brasil, até em publicidade, do que nesses trabalhos que faço fora, mesmo em filmes grandes”, esclarece. “Não é pela grana”, revela. Ele atuou no longa, “Jane Got a Gun”, com Natalie Portman e Ewan McGregor, pela primeira vez, vivendo um personagem americano. “O personagem tem nome irlandês, inclusive, Fitchum. Não mudaram para Juan ou José. E fiz um sotaque, do sul dos Estados Unidos. Um bandido todo esquisito, parte de uma gangue do Velho Oeste”, lembra. “Foi um ótimo trabalho”.


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Mas o ator está de volta às novelas em “Velho Chico” e disse que está adorando rever os colegas na Globo. Obsessivo com o trabalho, Santoro declarou o seguinte: “minha obsessão com trabalho é na tentativa de melhorar o meu desempenho. Sou autocrítico demais, fico me martirizando: ´Ah, podia ter feito de outra forma´. Mas já estou mais light. O ócio do ator é solitário. Estou viajando bastante. É um tal de fazer mala, ir pra cima e pra baixo. É bom conhecer o mundo, mas às vezes eu quero é estar em casa”, confessa.Para ele, quando indagado sobre o sucesso, “o sucesso é um conjunto: tem o talento, a sorte, a dedicação, a ética. Tento ter um pouco de cada coisa”.

E quanto às oportunidades a que vem tendo em Hollywood, atuando ao lado de renomados diretores e atores, disse Rodrigo que, “é um reflexo do que aconteceu no mundo, da internet, das fronteiras que foram se estreitando. Hollywood está muito mais aberta aos estrangeiros. Há nove anos, os personagens que me ofereciam eram muito mais estereotipados e as oportunidades, muito menores. Hoje a situação melhorou muito nesse sentido, abrindo novos horizontes. Acho isso fundamental para o trabalho do ator estrangeiro”, alerta.

Assediado pelas mulheres, afirma o ator que o que mais lhe atrai em uma garota, “é um conjunto de qualidades: o charme, a personalidade, o magnetismo. Gosto das qualidades que todo mundo gosta, uma pessoa que tenha caráter, que seja carinhosa, inteligente, de boa índole. Uma pessoa do bem”, diz.

Carreira internacional

Rodrigo Santoro está no lugar onde nenhum brasileiro esteve, desde Carmen Miranda. Na tevê americana, ele integrou o elenco do seriado “Lost”, o mais badalado dos últimos anos. Tem sido chamado por revistas como a GQ de “Tom Cruise brasileiro”. Estrelou um dos filmes mais badalados quando no seu lançamento, “300”, que custou meros US$ 60 milhões e arrecadou mais de US$ 138 milhões em duas semanas. Foi a maior abertura da história no mês de março, a maior abertura da história nos cinemas IMAX (aqueles com telas gigantes) e a terceira maior abertura de um filme com censura R (a mais rigorosa nos EUA, o que costuma limitar os lucros). No longa, baseado na graphic novel de Zack Snyder, o ator tem um papel pequeno, mas marcante como o vilão, o imperador persa Xerxes, de pelos raspados, maquiagem e piercings, numa nova demonstração de seu destemor.

Foi assim em “Bicho de Sete Cabeças”, em que o então galã de novelas vivia um rapaz internado num hospício. Ou em “Carandiru”, a segunda maior bilheteria da retomada do cinema nacional, no qual se entregou ao papel de um travesti. Ou em “Abril Despedaçado”, em que interpretou um sertanejo tentando escapar de um círculo de vingança. Foi graças a essas escolhas ousadas que Rodrigo Santoro começou sua jornada rumo a Hollywood.



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