Posso beber álcool tomando remédios?

Posso beber álcool tomando remédios?

Edição de setembro/2017 – pág. 36

O que é a interação entre álcool e medicamentos?

São os efeitos do uso concomitante de certos medicamentos com bebidas alcoólicas.

Uma pergunta que as pessoas fazem frequentemente é se podem ou não ingerir bebidas alcoólicas quando estão usando um determinado medicamento.


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Muitas medicações não têm interação com o álcool e aquelas que têm podem exibir de efeitos leves a outros extremamente graves e até mesmo mortais. Algumas vezes, as interações desfavoráveis acontecem não com o álcool; mas com outros componentes das bebidas alcoólicas, como acontece, por exemplo, entre o vinho Chianti e os antidepressivos inibidores da monoamina oxidase. Em quase todos os casos, os resultados da interação dependem das dosagens que estão sendo usadas dos dois componentes: o álcool e a medicação.

Como age o álcool na sua interação com os medicamentos?

Os efeitos da interação álcool/medicamentos dependem das doses, do tipo de bebida alcoólica, da idade e da sensibilidade de cada pessoa. O álcool pode alterar a interação de enzimas e de outras substâncias corporais quando entra em contato com certas medicações, interferindo na potencialidade delas. Além disso, ele pode ainda dissolver resíduos de medicamentos no organismo, que podem representar até três vezes a dose original do medicamento.

Alguns medicamentos que, normalmente, não se dissolvem totalmente no estômago e no intestino podem se diluir mais facilmente na presença do álcool, intensificando o seu efeito. Dependendo do medicamento a que se associe, o álcool ainda pode causar:

  • hipotensão arterial;
  • aumentar o risco de lesão hepática;
  • aumentar a duração do potencial teratogênico do medicamento;
  • induzir a tolerância aos efeitos do fármaco ou aumentar a sua excreção, prejudicando a eficácia;
  • potencializar o risco de sangramentos;
  • diminuir a eficácia terapêutica da medicação.

O etanol, em si, já é um depressor do sistema nervoso central. Por isso, mesmo em pequenas quantidades, sua ingestão simultânea com outros depressores pode potencializar suas ações. Os riscos de interação entre álcool e medicamentos são agravados em pacientes com doenças crônicas, especialmente naqueles em uso de medicamentos que aumentam o risco de patologias hepáticas, de hemorragia gástrica ou de quedas.

Abaixo uns exemplos da interação do álcool com alguns medicamentos comuns.

Enfim, quando se toma alguma medicação, deve-se sempre consultar o médico quanto à possibilidade de tomar ou não bebida alcoólica.

*Lembramos que “dipirona” não é comercializada nos Estados Unidos da América.

Fontes: News.med; AbcMed



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