Método prático para gravar CD com custos reduzidos

Método prático para gravar CD com custos reduzidos

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DEZ/2016 – pág. 35

O “Manual Prático de Produção Musical”, escrito pelo baterista, compositor e produtor musical Sallaberry é uma ferramenta essencial para os profissionais da área musical. O livro lançado em Orlando e no Brasil dá dicas importantes, inclusive, de compor a partir do ritmo da bateria

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Sallaberry em evento de lançamento na Made in Brazil

Ele criou um método que grava o ritmo da bateria, em vários estilos musicais, sem a utilização de outros instrumentos, obedecendo ao compasso da métrica musical. O sistema denominado Rede E-Rec – gravações via email ou Internet -, elaborado pelo baterista, compositor e produtor musical, Sallaberry, vem revolucionando o mercado musical, possibilitando que outros músicos possam se beneficiar desta técnica para compor, reduzindo custos e enriquecendo a produção de seus respectivos CDs. A experiência de Sallaberry, após estudos, está relatada no seu livro, “Manual Prático de Produção Musical”, lançado recentemente em Orlando, que ensina, por exemplo, todos os macetes para compor, gravar, lançar e divulgar CD, a chamada gravadora de um cara só. “O meu livro ensina tudo o que aprendi ao longo de minha trajetória como músico. Por exemplo, ensino como entrar no mercado mundial”, ressalta. “O método que desenvolvi, de gravar apenas o som da bateria, em vários ritmos, obedecendo ao número de compassos da métrica musical, possibilita o músico de utilizar essa bateria no ritmo que desejar, para incrementar no seu trabalho. Ele pode compor a partir do ritmo gravado e depois complementar a parte de instrumentação”, reforça.


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A partir da esquerda, Nilson Batista, Guilherme Canaes, Marco Ramalho, Sallaberry e Marcelo Azis

“Sou da geração das bandas de rock no Brasil que revelou Paulo Ricardo, Renato Russo, Frejat, embora eu tenha como referência o rock inglês. Com o tempo as coisas vão mudando e você percebe que o cenário nacional é muito pequeno. As bandas de rock que eu toquei não iriam reverter em grande coisa porque as bandas que estouravam nos anos oitenta no Brasil já estavam engajadas com as gravadoras. O mercado era muito restrito e a grande maioria das bandas ficou à margem, sem oportunidades. Faltavam gravadoras e o músico ficava limitado, sem mercado para se expandir musicalmente, mas ele precisava trabalhar e acabava abandonando a música”, relata Sallaberry.

“Investi mais no meu estudo musical e deixei o rock paralelo. Passei a estudar ritmos brasileiros, absorvendo a cultura do país, como a música instrumental que não tem muitos músicos. Comprei uma casa e montei um estúdio e estudei os ritmos brasileiros. Passava um bom tempo estudando e ouvindo música”, lembra o baterista. “No ano de dois mil, gravei samba, baião com linguagem de jazz. Fui melhorando e aperfeiçoando o instrumento, então passei a gravar só a bateria das músicas. Os ritmos eram a forma e a estrutura, a fundação da casa. Microfonava a bateria e tocava samba, contando o número de compassos. Passei a gravar só ritmos. Não existia música, mas mantive a estrutura e o compasso da melodia”.

Capa-Manual

Conta Sallaberry que então decidiu mostrar para outros músicos o seu trabalho com gravações de ritmos, utilizando apenas a bateria. “Enviei os ritmos gravados para os meus colegas músicos, hoje a tecnologia permite que se faça isso, e foi muito bom. Desenvolvi uma ferramenta de gravações que deu muito certo porque a aceitação foi imediata. Fiz meu disco utilizando-se desse método e deu certo, como vem dando certo para outros músicos. Graças ao meu estudo hoje é possível gravar tudo em separado. Os músicos não precisam estar no mesmo espaço para gravar. Eu mesmo produzia, mixava, montava com a inclusão de outros instrumentos musicais, e mandava para a fábrica imprimir, com os códigos devidos. Eu era a gravadora de um cara só. Esse processo é muito mais barato, a comercialização também fica mais barata, e é viável para o músico desenvolver o seu trabalho com qualidade, reduzindo gastos”, complementa.

“No meu livro – Manual Prático de Produção Musical -, ensino todas as coisas que aprendi como, por exemplo, controlar o orçamento durante a produção do CD. Ensino que é necessário fabricar o CD e não duplicar. O CD fabricado é gerado de uma matriz de vidro e você pode ouvir sem que a qualidade fique comprometida, o que não acontece na duplicação. Ensino o processo de lançar o CD e os meios para entrar no mercado mundial. Eu criei um caminho que facilita e evita os processos dispendiosos”, alerta o músico.

A iniciativa de escrever um livro, orientando e esclarecendo pontos fundamentais para os profissionais da área musical, relata Sallaberry, aconteceu em 2008, no Brasil, quando residia em São Paulo. “Estou há dois anos e meio nos Estados Unidos e a minha expectativa ao me mudar para Orlando era de trabalhar em casa, escrevendo meu livro e orientando profissionais da área nesses procedimentos essenciais para obter qualidade com custos reduzidos. Isso é perfeitamente possível. Hoje eu tenho o suporte de empresas americanas porque o mercado oferece oportunidades”, finaliza.

Serviço

Título: Manual Prático de Produção Musical – Segunda Edição

Autor: Sallaberry

Fone: 407- 601-0322

Páginas: 165

Capítulos: 29

Editora: independente


WaltherAlvarenga

Walther Alvarenga



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