Marcos Paulo de Jesus “Pig” – Um brasileiro no Cirque du Soleil

Marcos Paulo de Jesus “Pig” – Um brasileiro no Cirque du Soleil

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JUN/2015 – pág. 52

225796_1888057813380_8052844_nMarcos Paulo de Jesus, Pig (como é mais conhecido), é motivo de orgulho para nós. Esse paulistano é o primeiro piloto brasileiro que participa nas apresentações do circo “Cirque du Soleil”, considerado um dos melhores espetáculos circenses do planeta. Desde janeiro de 2005, Pig vem apresentando o melhor do FlatLand, no mais alto nível técnico. Uma arte incrível que combina equilíbrio, concentração, harmonia e representa um conjunto de procedimentos, resultando em um grande espetáculo. O talento de Pig em cima de uma bike é notável.


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1 – O que é o FlatLand?
O esporte chama BMX ou Bicicross e é praticado por uma bicicleta de aro 20. O FlatLand é uma modalidade que faz truques no solo, e minha especialidade é o solo. O BMX é um esporte ou um estilo de vida, são manobras que vão desde as simples às mais arriscadas, e sempre onde é apresentado chama a atenção do público, pelo visual, pelas manobras e pela emoção sentida por quem está assistindo. Sou eu que freio e assusto as pessoas no circo (risos).

2 – Como você veio parar no “Cirque du Soleil”, como eles souberam de você?
O circo estava procurando um piloto, estiveram no Brasil e fizeram uma seleção com pilotos, mas não selecionaram nenhum. Ficou uma pessoa responsável para “procurar” um piloto e fazer um teste. Eu tinha um patrocínio da Red Bull, eles viram o meu perfil no site da empresa e me ligaram perguntando se eu queria fazer uma entrevista, fiz e depois veio o convite.

3 – Você aceitou de imediato?
Fiquei em dúvida, porque tinha uma boa equipe de bicicletas com patrocinadores no Brasil e não tinha interesse em morar nos Estados Unidos, queria apenas vir para competir e voltar. Mas o Brasil atravessava um período muito difícil, dólar e euro estavam altos demais e sempre tinha que viajar para Europa e América, tinha um circuito e os patrocínios já estavam diminuindo, os custos das viagens eram bem elevados, então, resolvi tomar esta decisão de vir para Orlando trabalhar no “Cirque du Soleil”.

4 – O que você faz hoje em cima de uma bicicleta, você fazia antes?
Sim, o que faço no show já fazia desde moleque, sempre gostei de ficar na rua com os amigos. Ganhei uma bicicleta do meu pai, caí, me quebrei todo (risos), meu pai vendeu, mas não teve jeito, era minha grande paixão.

d609356cfdfea34d81567a9c5a853d275 – Sempre praticou esporte?
Sempre, primeiro porque tinha problema de crescimento, aparentava ter uns cinco anos a menos do que tinha, fiz alguns tratamentos e também pratiquei judô, caratê, natação. Como era pequeno, eles não me deixavam acompanhar a turma que viajava para competir. O esporte ajudou muito para meu desenvolvimento. Era uma criança hiperativa, minha agitação era um pouco mais que comum (risos). O esporte me deu foco, só me fez bem e faz até hoje.

6 – Você teve dificuldades para se adaptar ao seu trabalho no Circo?
No primeiro ano, foi muito complicado, porque minha prioridade sempre foi praticar meu esporte com excelência. O “show business” não me interessava, tinha que fazer a maquiagem, todo um processo para me apresentar, então achava difícil. Mas, hoje, gosto muito, é a oportunidade que tenho para mostrar minha grande paixão. E o show do “Soleil” é considerado um dos melhores espetáculos do planeta, e o simples fato de ter uma bikenesse evento é uma demonstração que o esporte vem ganhando força para ser inserido em ambientes que até então não existia, hoje me sinto honrado em estar aqui. E o circo tem uma estrutura bacana, apoia em tudo, isto é legal.

7 – O que faz nas horas de folga?
Sinto necessidade de estar sempre fazendo alguma coisa, ainda sou hiperativo (risos). Tenho um Cadillac, passo horas cuidando dele, e gosto muito de pilotar minha moto Harley, e também estou aprendendo a tocar guitarra, curto muito rock.

8 – Qual a influência que sua família teve em sua vida e qual a importância do esporte de modo geral?
Em todos os sentidos, se você tem uma base familiar, uma boa educação, você leva isso pra vida toda. O esporte é muito importante para o jovem se afastar de tudo que não faz bem. Além de adquirir disciplina, equilíbrio, o resultado é sempre bom, vale a pena!

euzMarcileia A. Ribeiro
Jornalista e Administradora do Grupo do Facebook “Descobrindo Orlando”.



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