Extremismo que propaga o terror

Extremismo que propaga o terror

Células muçulmanas radicais avançaram, desencadeando uma sucessão de ataques terroristas na Europa e nos EUA. O colapso iminente do Estado Islâmico com perdas financeiras

Edição de agosto/2017 – pág. 10

Desde os ataques terroristas em 11 de setembro de 2001, no World Trade Center, em Nova York, seguido de ataques no Pentágono, em Washington, e do avião abatido na Pensilvânia – monitorado pela célula terrorista Al-Qaeda -, que o mundo perdeu a paz. Os grupos extremistas muçulmanos avançaram com suas ameaças, desencadeando uma sucessão de investidas catastróficas em países como Reino Unido, Bélgica, França, Alemanha e recentemente a Espanha. O medo do imprevisível perpetua, mediante a morte de pessoas inocentes.

O atentado terrorista em Barcelona levou pânico à Espanha no dia 17 de agosto, após van atropelar 100 pedestres em La Rambla e matar 14 pessoas. O motorista que dirigiu a Van, que desgovernada provocou a catástrofe que o mundo abominou, Younes Abouyaaqoub, o marroquino de 22 anos, que pertencia a célula jihadista, foi identificado e morto, para o alívio das famílias enlutadas que consideraram uma resposta justa em memória às vítimas.


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E diante dos sucessivos ataques terroristas, as células radicais do Estado Islâmico perdem espaço e o domínio do poderio conquistado. E lembrar que desde 2006, o EI havia conquistado 190 mil quilômetros quadrados, decapitou “infiéis” e destruiu patrimônios da humanidade – transmitindo tudo online.

Um levantamento da consultoria IHS Markit atribui o colapso iminente do Estado Islâmico na região do Levante – que inclui área do Iraque e da Síria – a perdas financeiras e territoriais. Entre o segundo trimestre de 2015 e o segundo trimestre deste ano, a receita obtida pelo EI com tributos cobrados em locais sobre seu domínio e com contrabando de petróleo e antiguidades caíram 80%: de US$ 81 milhões para US$ 16 milhões. Só a renda mensal de venda de petróleo do EI sofreu um tombo de 88%. Os ganhos com impostos e contrabando de antiguidades recuaram 79%.

Perdas territoriais do EI

“Perdas territoriais são o principal fator por trás do colapso financeiro do EI”, diz Ludovico Carlino, analista da IHS Markit. “Perder o controle de Mossul, uma cidade populosa, e de áreas petrolíferas em Raqqa e Homs teve impacto crucial nisso.”

O “sucesso” do EI está ligado a sua capacidade de arrecadar dinheiro. Segundo um estudo feito pela Reuters, em 2014 o grupo controlava ativos de US$ 2 trilhões e tinha uma renda anual de US$ 2,9 bilhões. Parte desse dinheiro vinha de impostos sobre a população sob seu domínio, que incidiam sobre transportes, mercadorias e salários. Alguns exemplos eram a cobrança de US$ 800 por caminhão que entrasse no Iraque vindo da Jordânia e da Síria, uma taxa de 5% coletada para seguridade social e salário e US$ 200 cobrados de motoristas no norte iraquiano.

Para permitir o saque a sítios arqueológicos, os terroristas levavam 50% em Raqqa e 20% em Alepo. Só o contrabando de artefatos históricos de áreas controladas pelo grupo na Síria rendeu US$ 100 milhões nos últimos dois anos. O grupo ainda lucra sobre a coleta de lixo, calefação e geradores elétricos. O jornal New York Times estimou que o grupo obteve US$ 600 milhões em extorsões em 2014.

Analistas advertem para o risco de o EI ampliar ainda mais seus atentados terroristas, principalmente na Europa, uma vez que tem perdido terreno no Oriente Médio. “O risco de ataque por parte de grupos radicais provavelmente devem aumentar antes de diminuir”, disse Firas Modad, também analista da IHS Markit.

Grupos como Estado Islâmico, Al-Qaeda, Talibã e Boko Haram geralmente se consolidam em regiões de minorias excluídas, dentro de países que até hoje são ditaduras, monarquias absolutistas e com histórico de violação dos direitos humanos. Eles são a origem de outras células terroristas e também formam alianças ou dão apoio institucional uns aos outros.

Métodos violentos e ameaçadores

Não há, ao menos por enquanto, uma definição oficial no plano internacional sobre o que é propriamente o terrorismo, mas se pode considerar como terrorista todo e qualquer ato ou organização que utilize métodos violentos ou ameaçadores para alcançar um determinado objetivo político. Assim, sequestros, atentados a lugares públicos e privados, ataques aéreos, assassinatos ou outras formas de agressão podem ser relacionados com o terrorismo.

As definições de terrorismo são tão imprecisas que alguns grupos são considerados terroristas por alguns países e não por outros. A emergência desses grupos vem sendo uma tônica nos últimos tempos, sobretudo com a emergência do atual contexto da Nova da Ordem Mundial.



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