EUA correm para testar vacina contra ebola em humanos no mês que vem

EUA correm para testar vacina contra ebola em humanos no mês que vem

Cientistas de um laboratório de Maryland estão desenvolvendo uma vacina para o vírus. Testes feitos em macacos tiveram bons resultados.

Diretor do CDC, Thomas Frieden, fala sobre a crise do ebola no Congresso americano - Foto: Reuters
Diretor do CDC, Thomas Frieden, fala sobre a crise do ebola no Congresso americano – Foto: Reuters

A Organização Mundial de Saúde avalia o risco de uma epidemia global por causa do vírus ebola. Um padre contaminado pelo vírus chegou nesta quinta-feira (7) à Espanha. Ele é o primeiro paciente dessa doença letal a chegar na Europa. Ele veio da Libéria, um dos quatro países africanos que sofrem com a epidemia. Ele está no Hospital Carlos III, em Madri.

Um pavilhão foi totalmente isolado para evitar a contaminação de outras pessoas. Miguel Pajares, de 75 anos, trabalhava como missionário na África e teve contato com pessoas contaminadas.

Os médicos espanhóis avaliam o tratamento a ser dado ao padre. Vem dos Estados Unidos a esperança da prevenção e da cura do vírus ebola, que já matou 932 pessoas na África.


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Os cientistas de um laboratório, no estado americano de Maryland, trabalham com esperança e pressa. Eles estão desenvolvendo uma vacina para o vírus ebola. Os testes feitos em macacos tiveram bons resultados. No mês que vem a avaliação será feita em humanos.

O diretor do laboratório, Anthony Fauci, espera que antes do fim de 2015 a vacina possa estar disponível, se tudo der certo.

Na Libéria, um dos países mais afetados, muitas famílias se recusam a levar os parentes para os centros de isolamento e preferem tratá-los em casa e rezar, esperando a cura. O que facilita a multiplicação do vírus.

Além da Libéria, os números da doença não param de crescer em outros três países no oeste da África. Em Serra Leoa, uma mulher se desespera. Ela e o filho têm o vírus e ficam em um isolamento improvisado. Não há atendimento para todos. A médica voluntária diz: “Estamos correndo atrás do surto. É muito frustrante”.

A Organização Mundial de Saúde deve definir até sexta-feira se o ebola é um risco de alcance mundial para a saúde pública. A OMS também está discutindo a possibilidade de tratar os doentes com o soro, produzido nos Estados Unidos, mas que ainda não foi liberado para uso em humanos.

O medicamento foi usado nos dois missionários americanos que estavam na Libéria e eles estão melhorando. Mas o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos já avisou que os estoques são limitados.

Hospitais no Reino Unido e na França já estão preparados para receber pacientes contaminados. Na África do Sul, ministros da Saúde da região também fizeram um encontro de emergência. Eles traçam uma estratégia conjunta para barrar o avanço do vírus ebola no continente.

Fonte: g1.globo.com



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