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Estados Unidos vai reduzir contingente no Afeganistão
Os Estados Unidos vão retirar 34 mil soldados do Afeganistão até fevereiro de 2014 e reduzir pela metade seu contingente no país antes de a Aliança Militar Ocidental (Otan) encerrar sua missão após 13 anos de guerra, no próximo ano. O anúncio, segundo a Casa Branca, seria feito na noite desta terça-feira, 12, por Barack Obama durante o emblemático discurso do Estado da União –quando o presidente presta contas ao Congresso e apresenta seu plano de governo para o ano.
Detalhes sobre o ritmo da retirada, os entendimentos com o governo afegão e a organização das tropas remanescentes viriam só no pronunciamento. A expectativa era que um contingente “robusto”, segundo militares, fosse mantido durante a temporada de combates mais intensos, de março a outubro.
O anúncio representa a segunda redução drástica desde setembro, quando o Pentágono completou a retirada de outros 33 mil soldados e encerrou a escalada de contingente iniciada em 2010 que levou as tropas dos EUA a 100 mil militares.
Além de 68 mil americanos, estão hoje no Afeganistão sob a Otan mais 34 mil militares de 48 nacionalidades. O movimento deixa em aberto a questão da viabilidade de transferir as responsabilidades de segurança para as forças afegãs, hoje em 340 mil militares, às vésperas das eleições nacionais em 2014.
Michael O”Hanlon, especialista em defesa do centro de estudos Brookings, lembra em artigo que, apesar do assassinato em 2011 de Osama bin Laden e do deslocamento dos focos de tensão para o Oriente Médio e o norte da África, o sul da Ásia continua propenso à atividade terrorista e o Afeganistão ainda é santuário da Al Qaeda. Por isso, O”Hanlon sugere que cerca de 20 mil soldados americanos sejam mantidos no país até o fim de 2014, para então iniciar uma redução gradual para 10 mil até 2018.
Discurso
O pronunciamento de hoje,12, o primeiro do tipo desde a reeleição, deveria funcionar como complemento ao discurso da posse de Obama, detalhando sua agenda. Mais preocupado agora em forjar um legado, o democrata focaria a economia, com ênfase em empregos, investimento em infraestrutura e energia limpa e em educação. A necessidade de reduzir gastos e a reforma de programas sociais federais seriam tratados em tom de urgência, assim como o controle de armas, disse a Casa Branca.
Para o camarote da primeira-dama, foram convidados pais de vítimas de armas, militares, imigrantes, o CEO da Apple, Tim Cook, e o engenheiro da Nasa Bobak Ferdowsi, que chamou atenção com seu cabelo estilo moicano durante o pouso do jipe-robô Curiosity em Marte.
Fonte: Folhapress