Debochado e provocador. Fábio Porchat para os íntimos

Debochado e provocador. Fábio Porchat para os íntimos

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FEV/2016 – pág. 10 e 12

O stand-up comedy “Fora do Normal”, apresentado no Teatro Bob Carr, em Orlando

FabioPorchat-e-Priscilla

Debochado e atento ao time da piada, Fábio Porchat esteve em Orlando com o stand-up comedy “Fora do Normal”, apresentado no “Teatro Bob Carr”, levando o público a gargalhadas – 1.600 pessoas compareceram ao teatro, segundo divulgou a “BIS Entertainment” -, consolidando o sucesso da comédia brasileira nos Estados Unidos. O roteirista de “A Porta dos Fundos” e apresentador do “Programa do Porchat”, nos fins de noite na Rede Record, mostrou a que veio, enaltecendo a produção cultural da “BIS Entertainment”, que consolida o seu pioneirismo na Central Flórida, promovendo importantes produções do Brasil, protagonizadas por nomes consagrados do humor e da dramaturgia.


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Durante o encontro com a imprensa, em Orlando, Porchat se sentiu à vontade, relatando as suas convicções no privilegiado cenário da comédia, deixando evidente que tudo pode acontecer em cena, desde que haja o comprometimento com a piada. Astuto e com respostas engatilhadas, o humorista falou da sua turnê em vários países, da responsabilidade com o público que paga para ver os seus shows, e das estratégias para ser engraçado. O “Jornal Nossa Gente” acompanhou de perto as peripécias do humorista, que brincou e fez revelações surpreendentes.

E antes mesmo de quaisquer indagações, Fábio Porchat se referiu aos colegas de profissão, Dani Calabresa (Escolinha do Professor Raimundo), Tatá Werneck (Lady Night – Multishow) e Paulo Gustavo (Minha Mãe é Uma peça 2), apontados pela crítica como as novas revelações da comédia no Brasil. “Na minha opinião, Dani Calabresa, Tatá Weneck e Paulo Gustavo são as três pessoas mais engraçadas do mundo. Três pessoas ótimas que se você se sentar à mesa para conversar com eles, você não levanta nunca mais. Além de engraçados, o que eles fazem é genial, cada qual em seu espaço”, enaltece.

Quanto à apresentação do stand-up comedy “Fora do Normal”, pela primeira vez em Orlando, Fábio Porchat foi categórico na sua explanação. “A minha expectativa em Orlando era de férias, mas estou aqui a trabalho. Tenho viajado muito a trabalho. Estive na Nova Zelândia, na Austrália e agora aqui. Na verdade, tirei o meu visto de trabalho na Austrália porque estava de férias por lá e surgiu à oportunidade de fazer meu show em Sidney, então providenciaram a minha ida ao Consulado para tirar o visto de trabalho. Esse show de stand up já apresentei no Japão e em Londres. Soube que o pessoal de Miami quer o meu show, e se Cuba também quiser, vamos lá, estou pronto (risos).

Indagado sobre os acontecimentos políticos no Brasil, que normalmente se transformam em piadas, levando as pessoas a se refletirem sobre o que consideram engraçado, Fábio Porchat foi enfático. “O stand up que faço há seis anos é um acontecimento fechado, ou seja, não coloco fatos da atualidade política no show. Posso até brincar com uma situação ou outra, mas ele tem um segmento definido. O Brasil é uma piada pronta, como diz o José Simão (colunista da Folha de S. Paulo), e procuro colocar as questões políticas no meu programa na Record, que me dá abertura para isso. O humor é poderoso para ridicularizar, rir e brincar. É tão forte que as pessoas matam pelo humor. Elas ficam iradas, se revoltam porque o humor gera esse tipo de situação. Têm aquelas que vão até o jornal e metralham (se referindo ao massacre no jornal Charlie Hebdo em Paris). O próprio bobo da corte falava as verdades para as pessoas e, quando o rei descobria, mandava mata-lo”, enfoca.

“Gosto de humor que leva torta na cara”

Quanto ao estilo de humor que mais lhe agrada, Porchat não faz distinção, alegando que todas as estratégias da comédia são aceitáveis. “Eu gosto de todo tipo de humor. Gosto do humor que leva torta na cara, do humor com palavrão, do humor com inteligência e do humor de casal. Eu tento passear por todos estes estilos e acrescentar um pouco de cada coisa em tudo o que eu faço. No cinema, na televisão e no stand up são situações distintas, então procuro saber o que o público está ouvindo e entendendo”, ressalta.

Para o humorista e apresentador, o stand up “Fora do Normal”, no que se refere ao recado ao público, tem sua meta. “Óbvio que o objetivo é fazer as pessoas rirem. Eu não faço críticas profundas à vida, e as pessoas se identificam muito com as situações. E quando alguém se identifica com o recado que lhe é passado, certamente existirá uma proximidade maior entre o artista e o público. E no caso do público brasileiro, aqui nos Estados Unidos, é como se ele recebesse um pedaço do Brasil através do nosso trabalho. Uma ilha que vem boiando e que chega trazendo informações. Isso é legal porque o público do Brasil reage como um informativo porque fica sabendo o que está acontecendo de verdade. Vai saber das palavras, dos pensamentos e da pegada do que acontece no Brasil. Óbvio que hoje temos a Internet, mas ainda assim, vendo o artista ali, pessoalmente, falando como ênfase, é como se o público estivesse no Brasil. Ele mata a saudade e recebe informações”.

Lembra Fábio Porchat que a sua carreira no humor começou em 2005, quando se formou em escola de teatro. “Estou há onze anos no humor, ainda começando porque tenho muito pela frente. Estou conseguindo conquistar o meu espaço e a meta é me manter nesse espaço porque a carreira artística muda muito. Hoje faço um show lotado e daqui um ano pode ser que não tenha ninguém aqui para me entrevistar, a vida é assim. Essa a vida do ator. Eu tento ser muito verdadeiro comigo mesmo, e desde 2013 que consigo fazer aquilo que eu quero. Eu acho isso uma grande conquista, poder dizer não e poder dizer sim. Esse poder, entre aspas, é incrível. Selecionar aquilo que você quer de fato fazer. Penso lá na frente, no que posso fazer, embora o ano de 2017 já esteja todo planejado”, garante o humorista.

“…queriam que substituísse Fátima Bernardes, não ia conseguir”

Perguntado sobre os motivos que o fizeram dizer não a Globo, ocasião em que a emissora o escalou para substituir Fátima Bernardes, durante suas férias, na apresentação do Programa “Encontro com Fátima Bernardes”, o humorista não hesitou na resposta: “Eu estava com as minhas férias programadas, eu ia viajar para fora do Brasil e tudo tinha sido acertado. Eles queriam que eu substituísse a Fátima Bernardes no mês de dezembro, eu não ia conseguir. Só poderia a partir do dia dez de janeiro, mas só teriam mais sete programas à frente (o programa é diário). Não batia com a minha agenda. E depois outra, o programa não tinha nada a ver com a minha cara. Imagine eu, Fábio, às dez da manhã dando bom dia ao Brasil falando com a dona de casa para fazer torta de maçã (ironiza). Não é muito a minha onda, acho que ia ser esquisito (risos). Sinceramente, eu não sairia bem nesse papel. O programa tem a cara da Fátima, nada a ver comigo”, alfineta.
Na apresentação de seu talk show – “Programa do Porchat” -, nos fins de noite da Rede Record, disse o humorista que se sente à vontade nos seus comentários, inclusive, falando sobre assuntos polêmicos, sem sofrer qualquer tipo de censura por parte dos bispos que comandam a emissora. “Religião não é um assunto que se fala muito na tevê aberta, evito tocar nesse assunto. Não me lembro de ter visto o Jô (Soares) fazendo piadas sobre o tema, na Globo. Já no ´Porta dos Fundos´ a gente faz piadas de cristãos e o programa passa na Fox, que é uma emissora fechada. E embora não faça piadas sobre religião na Record, não tenho nenhuma proibição quanto a isso. Eu posso, por exemplo, entrevistar o padre Fábio de Melo, posso falar, ai meu Deus! Nunca recebi uma cartinha com proibições, pedindo para que eu evite falar de nossa senhora. Já fiz piada com o Edir Macedo. Mas acho falta de educação desrespeitar a casa dos outros. E ali – na Record -, é a casa deles, compreende? E antes de assinar com a Record eu perguntei quem eu poderia ou não deveria entrevistar no programa. Não houve restrições, mas odeio desconvidar pessoas”, enfatiza.

Quanto ao compromisso com o humor, buscar situações para fazer o público rir, explicou Fábio Porchat que ele escreve intensamente, seja para o teatro, para roteiros de cinema ou mesmo para o “Porta dos Fundos”. Está atento ao que ocorre para acrescentar em seus trabalhos. O humorista, inclusive, quer se garantir como comediante até os 60 anos de idade, e afirma que já pensa em um roteiro para interpretar quando tiver 60 anos. “Eu não quero parar de fazer humor e fico imaginando o que posso fazer, e como vou trabalhar quanto chegar aos sessenta. Não pretendo parar nunca”, admite.

“A responsabilidade com o humor é muito grande”, continua. “Quando você assiste a uma peça de humor, a linha de raciocínio é a seguinte: você sai da sua casa disposto a rir, você paga a pessoa para fazer você rir. Então eu me visto, saio de casa e vou ficar sentando durante uma hora esperando que aquela pessoa que eu paguei me faça rir. Eu confio na pessoa, paguei para ela e quero ter o melhor em termos de humor. E como humorista, se eu não for engraçado, se eu não fizer as pessoas rirem, vou frustrar quem me pagou para rir. Por esse motivo sou muito preocupado e quero que todos se divirtam e que deem boas risadas nos meus shows. É preciso ter o time do humor para conquistar o público. É uma dinâmica muito importante”, finaliza Porchat.

“BIS Entertainment” comemora sucesso de stand-up

A “BIS Entertainment” comemora o sucesso de Fábio Porchat com stand-up comedy “Fora do Normal”, apresentado no “Teatro Bob Carr”, em Orlando, com capacidade total para 2.400 pessoas e que recebeu 1.600 pessoas, ou seja, 67% da capacidade do teatro. Na plateia a presença de convidados Vip como a apresentadora Carla Perez, os atores Humberto Martins e Luigui Baricelli, o piloto Rubens Barrichello, o humorista Beto Hora, a atriz Roberta Salles e o jogador de Strickers, Amauri Carvalho.

Próximos espetáculos:
17/MARÇO – S FRANCISCO – STAND UP COM LEANDRO HASSUM
18/MARÇO – LOS ANGELES – STAND UP COM LEANDRO HASSUM
21/MARÇO – SAN DIEGO – STAND UP COM LEANDRO HASSUM
24/MARÇO – NEW YORK CITY – STAND UP COM LEANDRO HASSUM
01/ABRIL – ORLANDO – STAND UP COM LEANDRO HASSUM
15/ABRIL – ORLANDO – BIS KIDS (Turma da Mônica, a confirmar)
22/ABRIL – MIAMI – BIS KIDS (Turma da Mônica, a confirmar)

Serviço

“BIS Entertainment”

Fone: 407-412-5846

E-mail: teambis@bisentertainment.com


WaltherAlvarenga

Walther Alvarenga

 



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