De última hora

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A golfista Victoria Lovelady foi uma das últimas atletas brasileiras a garantir vaga para os Jogos Rio 2016

Golfista Victoria Lovelady, representante brasileira nos Jogos Rio 2016 - Foto: Andre Engelmann
Golfista Victoria Lovelady, representante brasileira nos Jogos Rio 2016 – Foto: Andre Engelmann

Faltavam menos de 3 semanas para a cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016, no Maracanã, quando a vaga da golfista paulistana Victoria Lovelady foi confirmada no evento. Na última hora, ele se junta à paranaense Miriam Nagl para defender o Brasil no golfe feminino olímpico. No masculino, o Brasil será representado pelo gaúcho Adilson da Silva. “É um sonho viver essa época da História com a minha idade e estar nesse ponto da minha carreira em que eu possa jogar e representar o Brasil”, comemora Victoria, que disputa o campeonato europeu feminino e é patrocinada por Nespresso, Gocil e Lexus. “No golfe, manter a mente positiva é fundamental e é a parte do esporte que mais me interessa”, explica a golfista de 29 anos, que nas horas vagas gosta de tocar violão e cantar. O sobrenome Lovelady ela adotou há cinco anos, quando casou-se com um norte-americano – antes disputava os torneios o sobrenome de solteira, Alimonda.

Jogos Cariocas – Como você se aproximou do golfe?

Victoria Lovelady – Comecei com 12 anos, quando meu pai me levou para o campo de golfe São Fernando Golf Club, na Granja Viana, pela primeira vez, para experimentar o esporte. O golfe foi amor à primeira vista. Adorava o fato de controlar uma bolinha branca e gostava de imaginar ela dando risada da minha cara e dizendo “vamos ver se você é boa mesmo”. Com 13 anos, eu ganhei meu primeiro torneio, o campeonato brasileiro pré-juvenil. Depois, fui representar o Brasil no sul-americano pré-juvenil, no Uruguai. Tempos depois, venci outro torneio e fui para a França, disputar a final… Fui para os Estados Unidos aos 16 anos e jogava pelo time do colégio – isso me permitia estudar e jogar golfe ao mesmo tempo, algo que no Brasil seria muito difícil. Curtia rodar o mundo jogando golfe e poder fazer disso a minha profissão. Mas eu só fui acreditar nisso aos 17 anos, quando eu decidi que queria ser golfista profissional. Terminando o colégio, consegui uma bolsa para estudar em uma universidade na Califórnia e logo depois virei profissional. Nos meus dois primeiros anos joguei o Tour americano e nos últimos três anos eu jogo o Tour europeu feminino.


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Jogos Cariocas – Como é a sua rotina diária de treinos?

Victoria Lovelady – Quando estou no Brasil, treino em São Paulo, no São Fernando Golfe Clube e no São Paulo Golfe Clube. Quando estou no tour europeu, fico na Alemanha. Acordo às 7 da manhã e treino até as 3 da tarde, com uma pausa para o almoço. Depois, vou para a academia. Termino meu dia de treinos às 5 da tarde. Eu amo treinar golfe. Adoro acordar cedo, sentir o cheiro da grama cortadinha… E repetir, repetir, repetir…

Jogos Cariocas – Como estão as chances do golfe do Brasil nas Olimpíadas?

Victoria Lovelady – No golfe, em termos de adversários, você nunca sabe. A número 1 pode ganhar, mas também pode ter a número 100 ganhando. É um esporte bem legal por causa disso – em determinada semana, uma jogadora em pior posição no ranking pode ganhar dos favoritos. Acredito que tanto eu quanto a Mirian temos chances de ganhar medalhas. Jogar em casa só ajuda. Adoro ter pessoas queridas me vendo e torcendo por mim. Eu me divirto bastante e não tenho nenhum problema com isso. Será só uma motivação extra.

Jogos Cariocas – Já conheceu o Campo de Golfe Olímpico, no Rio? O que achou dele?

Victoria Lovelady – Joguei no evento teste. O campo foi desenhado pelo arquiteto norte-americano Gil Hanse, que fez um trabalho incrível, aproveitando bem a vegetação nativa. Ele pode fazer um desenho muito legal. É um campo sem árvores, então o vento vai “jogar” bastante nessas Olimpíadas.

Jogos Cariocas – Acredita que a presença do golfe nas Olimpíadas do Rio possa ajudar a popularizar o esporte no Brasil?

Victoria Lovelady – Nunca fui tão abordada sobre o tema golfe quanto nos últimos três anos. Acho que o golfe nunca esteve tanto na boca do brasileiro. Com o novo Campo Olímpico de Golfe sendo público, os cariocas terão a oportunidade de experimentar. Sem as Olimpíadas no Rio de Janeiro, a criação desse campo público seria impossível. Espero que só contribua com o crescimento do esporte do Brasil após as Olimpíadas. Pessoal, venham provar o golfe! E não deixem de assistir o golfe nas Olimpíadas do Rio!

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