Como ter os pés no chão e a cabeça nas nuvens

Como ter os pés no chão e a cabeça nas nuvens

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FEV/2016 – pág. 32

romano2

Começar pequeno, mas pensar grande. Estamos falando do mundo dos negócios. Com um infinito de oportunidades e de pessoas querendo buscar um lugar ao sol, aquele que estiver mais estruturado com o seu planejamento e seus sonhos sobressair-se-á.


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Não é uma fórmula fácil de explicar, como os professores de Empreendedorismo tentam passar aos estudantes, empresários e executivos. Nós não vamos conseguir mudar a cabeça de ninguém com um simples artigo. Mas recomendo atenção e esforço para tentar entender o que se escreve nas entrelinhas destes artigos.

Recentemente, uma companhia do Alabama conseguiu autorização para construir uma fábrica de tratores e implementos agrícolas em Cuba. Foi a primeira vez que isso aconteceu em 50 anos e esse exemplo pode ser usado para se referir ao tópico do artigo. Com a China, ocorreu a mesma coisa. Muitos não se lembram, mas as sanções dos Estados Unidos na China eram as mesmas que em Cuba. Quem acordou primeiro, e foi à luta, está hoje contando 10 dígitos de dinheiro nas suas contas bancárias. São oportunidades que surgem e “passam bem na frente” de nós.

Quando um empresário, de qualquer tamanho, leva seus negócios a sério e trabalha duro e honestamente, ganha muitos pontos para poder levar adiante uma aventura dessas, porém precisa estar atento ao seu tempo e ao que acontece a seu redor. Uma pequena empresa bem-dirigida e com gente trabalhando corretamente será muito mais bem-vinda a um mundo de oportunidades do que aquela que não se estruturou ou se aparelhou para buscar horizontes ou aventuras novas.

Recentemente, visitei uma empresa que desmanchava carros. Tão limpa, organizada e com tantos detalhes que por si só já servia de cartão-postal e de exemplo de como um negócio pode ser bem- administrado e sadio, estando em um mercado normalmente visto como sujo e desorganizado. Com tamanha organização, o empresário não teve trabalho para entrar no mercado de vendas por internet, construindo um modelo de negócio de alta qualidade (todos os concorrentes correm atrás). Daí para um projeto maior e mais audacioso, uma linha de opções para quem precisa de peças de reposição para veículos, é um atalho rápido.

Não tenho dúvidas da necessidade de se aprimorar o que os outros fazem, a máxima na América é que se deve fazer 10% mais barato e 30% melhor. Assim como estou seguro de que o empresário deve sonhar em crescer, pensar grande e ser alavancado pelo pequeno nicho que conquistou.

A Comcast, atualmente o maior grupo de mídia do mundo, dona – entre outros – da Universal Parks e Recreation, NBC etc., começou com uma empresa de 5 canais e 12.000 casas no Mississippi. Depois, comprou uma franquia da Musak em Orlando, em 1965. Os donos sabiam que precisavam ser muito bons naquilo que faziam, tornando-se o gigante de hoje: a Comcast.

Existem exemplos de “A” a “Z”, como chegar a ser um deles é apenas questão de começar pequeno e pensar grande. “Pés no chão” nunca foi a melhor forma de crescer, mas saber onde está a cabeça de quem esta à frente é muito importante.

Naquilo que traz realização financeira, o dinheiro é o foco principal, porém em algum ponto esta barreira é ultrapassada quando já não há necessidade de se preocupar com o dinheiro para pagar as contas e o mortgage, passando a se preocupar com a empresa ou o negócio como um organismo independente, não forçosamente montado para ser sua fonte de renda ou seu ganha- pão. A empresa deve ter liberdade para crescer sem freios pela incompetência ou falta de ambição do dono: uma grande família, sem ser patriarcal; um órgão de busca de resultados, sem ser desumana. Enfim, o crescimento é sempre fruto de sonhos aliados à competência, organização, inteligência e trabalho.

O dirigente principal, seja ele acionista majoritário, dono ou administrador, não pode ser o freio do crescimento e do desenvolvimento da empresa. Não sendo a pessoa certa, deve se autoavaliar e “sair da frente” ou vender o negócio, o que nunca deve fazer é matar a empresa pela sua incompetência. O empresário deve sempre estar pensando “out of the box”, olhando para a empresa por fora, conhecer os concorrentes, ser cliente do seu próprio negócio e avaliar como o cliente se sente. Mas a tarefa mais importante é aquela que não se pode executar nem com dinheiro e nem com palavras: imaginar. Da imaginação, saíram as grandes empresas; de grandes sonhos, os grandes negócios.


Antonio Romano
www.atlanticexpress4.com
antonioromano@gmail.com



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