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Como sobreviver à ressaca da estagnação
FEV/15 – pág. 03
Passada a folia do Carnaval, agora, o brasileiro se depara com a ressaca da Economia no país, em um momento em que a inflação reduz o poder de compra das famílias, refreando o ímpeto para consumir. No Brasil os economistas preveem que a taxa do desemprego tende a crescer, portanto, há uma debandada de pessoas para os Estados Unidos, temendo pelo o que possa acontecer nos próximo meses no reduto de Dilma Rousseff. Falta água nas represas e a seca impulsiona índice altíssimo no consumo de energia elétrica. Estão previstos aumentos de até 40% nas contas domésticas, não bastassem reajustes ocorridos no último mês de janeiro. Um panorama sombrio, em vários aspectos, que esbarra no descontentamento e na incerteza de consumidores.
Em contrapartida, a ressaca americana, o dia seguinte dos imigrantes que vivem na clandestinidade neste país, foi um caos. A atitude de um juiz federal norte-americano em bloquear temporariamente o plano do presidente Barack Obama para proteger da deportação milhões de ilegais, impediu que fossem iniciadas as inscrições dos beneficiados pela Ordem Executiva, assinada em novembro de 2014. Tudo estagnado. Conseguiram emperrar o sonho, inclusive, de brasileiros que apostavam na medida provisória. E nem mesmo os apelos da Casa Branca conseguiram reverter o impasse, até o presente momento.
É o porre fatal, consumado pela destreza republicana em meio à guerra de forças contrárias aos direitos do cidadão de bem. Dói a cabeça, aperta o coração e amarga a saliva bucal porque esperou-se em demasia e o ato não foi consolidado. É a ressaca da estagnação! Nada avançou e a mesmice dos fatos incomoda muita gente. Permanecer no ponto comum é frustrante, diria, inconveniente para quem deseja se livrar do rótulo de pedinte o quanto antes. Alguém precisa socorrer os que se encontram à deriva, combalidos mediante ao descaso dos homens do poder.
No embate interminável, entre Democratas e Republicanos, há de se esperar por bons resultados, mesmo que o panorama seja dúbio. É essencial resistir. Tentar sobreviver. E se no Brasil clama-se por justiça social, em terras americanas almeja-se a emancipação do imigrante indocumentado. Mas como se curar do pileque? Segundo os nossos antepassados, deve-se passar limão em cruz na sola do pé. A cura virá com uma dose de bom senso!
Walther Alvarenga