Autocontrole

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JUL/13 – pág. 54

“Vinde a mim os que vos achais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” – Jesus


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Jesus e a criançaTodos temos algum tipo de problema. Sejam provações morais, privações materiais ou influências espirituais negativas, sempre existe algo para dificultar a paz, a tranqüilidade, o bem-estar da pessoa. Sabemos que isso ocorre devido ao nosso estado evolutivo. Espíritos ainda pouco evoluídos, estamos na Terra para desenvolver nosso potencial, para progredir. E o progresso espiritual se consegue com o trabalho, vencendo dificuldades. Assim, as dificuldades, sejam de ordem material, moral ou espiritual, representam os exercícios, as lições educativas de que necessitamos. Mas podemos amenizá-las, ou agravá-las, dependendo da maneira como as recebemos, e como nos comportamos diante delas.

Cuidamos da segurança e limpeza de nosso lar. Instalamos sistemas de alarme, efetuamos faxinas constantes, tudo para conseguirmos ambiente acolhedor, seguro e confortável. Porém, raramente dedicamos as mesmas atenções a um fator que é mais importante do que os citados – o fator espiritual. Não cuidamos devidamente do nosso próprio EU, isto é, de nós mesmos. Em consequência, inimigos conhecidos pelos nomes de canseira, nervosismo, angústia ou preocupação, lentamente vão se instalando em nosso íntimo e passam a nos causar os piores distúrbios. Mais importante do que cuidar da segurança de nosso lar e do nosso próprio corpo, é cuidar de nós mesmos, do Espírito, de nossa higiene mental. Aprendermos a disciplinar pensamentos e ações, buscando o equilíbrio, o autocontrole. Como se faz isto? O Espiritismo muito nos ajuda nesse sentido. A boa música, leituras sadias, conversação fraterna, são algumas atividades que nos auxiliam na higiene mental. Ouvir o nosso próprio coração, nossos sentimentos, nossos pensamentos, dialogarmos com nós mesmos. Essas reflexões nos levarão a nos conhecer melhor, a identificar as falhas que estamos cometendo, e a melhorar o padrão vibratório. Com relação às influências espirituais negativas, os benfeitores do plano extra-físico nos ensinam que o melhor remédio é a prática do bem. Esquecer nossos problemas e auxiliar o próximo em suas dificuldades, é a receita para romper nossas ligações com os obsessores. Divaldo Franco conta que, no início de suas atividades doutrinárias, era sempre perseguido por um Espírito infeliz. Referida entidade estava constantemente a lhe causar complicações. Certa vez, um desconhecido chegou a agredi-lo, por engano, por influência do obsessor. Uma criança recém-nascida foi deixada à porta da Mansão do Caminho e Divaldo acolheu-a; cuidou dela. Posteriormente, o Espírito lhe apareceu e confessou que, com aquele ato de amor, Divaldo o tinha convencido. A criança era um Espírito ligado ao obsessor que ficou muito grato pela acolhida a ela dispensada. Como resultado, assegurou a Divaldo que não mais o perseguiria, e cumpriu o prometido.

Boa parte de nossas vicissitudes tem origem em nossos próprios pensamentos. Culpamos outras pessoas, as situações externas pelas nossas dificuldades, porém, na realidade, o que faz mal é o que está em nós. E não o que vem de fora. Vemos o mundo conforme a cor da lente de nossos óculos.. Daí a afirmação de André Luiz: “Quando melhoramos, tudo melhora em torno de nós”. Sim, porque quem edificou o bem em seu íntimo, quem está em paz, em harmonia, terá bastante sensibilidade para identificar a harmonia, o bem, e o belo, nas pessoas, e na natureza.

O que vem de fora nos atinge com mais intensidade quando não estamos bem. Paulo de Tarso já afirmara: “Somos tentados conforme nossas próprias concupiscências”. Então vale a pena cuidar do nosso equilíbrio, da higiene mental.

Por vezes, atribuímos ao passado, a causa de nossas dificuldades. Contudo, mesmo nesses casos, quando estamos colhendo algum fruto amargo plantado no passado, somos livres, no presente, para controlar e educar nosso modo de ser. Reencarnamos para realizar o melhor ao nosso alcance. Podemos falhar, porque podemos usar mal o livre-arbítrio, mas se realizarmos bem a parte que nos cabe, teremos condições e amparo para vencer. A tarefa não é superior à capacidade do tarefeiro. Se fosse, o planejamento teria falhado, o que não é admissível. “Deus não coloca fardos pesados em ombros fracos”, afirma a sabedoria popular. O melhor é enfrentar os problemas com coragem, otimismo e boa disposição, e certamente seremos bem sucedidos. A revolta, a exasperação, não ajudam; a fuga, ou a acomodação, não nos auxiliará no desempenho de nossas tarefas. E quando a situação estiver mais difícil, vale lembrar o amoroso convite do Mestre: “Vinde a mim os que vos achais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei.”

José Argemiro da Silveira
Autor do livro: Luzes do
Evangelho, Edições USE



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