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Alta dos juros nos EUA pode causar turbulência no Brasil, diz Moody’s
Economia brasileira está entre as mais ameaçadas por decisão, diz agência. Impacto nos emergentes vai variar, acredita agência.
O Brasil está entre os países emergentes mais ameaçados de sofrer turbulência em seus mercados financeiros com a possível elevação das taxas de juros pelo Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), disse a agência Moody’s em relatório nesta quarta-feira (16/09).
Outros países que devem ser afetados pela medidas são Rússia, Turquia e África do Sul, segundo a agência. Nestas economias, diz a Moody’s, “desafios domésticos severos contribuíram para aumentar a instabilidade no câmbio e nos mercados acionários”.
Parte do mercado aposta que o Fed pode subir os juros norte-americanos após reunião nesta quinta-feira (17/09). As taxas estão próximas a zero desde o fim de 2008, quando o órgão interviu para conter a crise econômica internacional.
“O impacto de um aumento dos juros nos EUA nos mercados emergentes vai variar. Alguns já anteciparam uma ação do Fed e tiveram grandes desvalorizações em suas moedas. A depreciação do câmbio beneficia as exportações, mas pode provocar turbulência nos mercados, afetando o crescimento global”, diz a Moody’s.
Para a agência, o impacto direto na economia dos Estados Unidos será mínimo ao passo que as taxas devem subir provavelmente apenas 0,25 ponto percentual, e as próximas altas serão feitas de forma gradual.
Expectativa
A esperada alta do Fed, que é prevista em 0,25%, pode ser a primeira em mais de nove anos, depois que o banco central americano manteve suas taxas próximas de zero desde a crise de 2008.
Os economistas acreditam que essa alta provavelmente será o início de uma série de aumentos até que chegue a níveis considerados “normais”, em torno de 3% nos próximos dois anos.
O relatório também aponta que, como o Fed já anunciou seus planos em diversas ocasiões, os mercados poderiam se manter tranquilos.
Juros mais altos nos Estados Unidos tendem a atrair para o país recursos atualmente aplicados em outros mercados, como o Brasil. Por isso, expectativas sobre aumento da taxa podem motivar movimentos de alta do dólar frente ao real, como vem acontecendo nas últimas semanas.
Fonte: g1.globo.com