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Alegria brasileira sobrepõe aos ímpios do poder
AGO/16 – pág. 03
Paralelo às Olimpíadas que atrai os olhos do mundo para a cidade do Rio de Janeiro, nos bastidores da política os resultados não são nada animadores, seja na esfera econômica ou no âmbito do Palácio do Planalto, em Brasília. A presidente afastada, Dilma Rousseff, agora é ré no processo aos delitos atribuídos a ela – pedaladas fiscais -, com aprovação de 59 votos a 21. Em contrapartida, o presidente interino, Michael Temer, pode estar em maus lençóis com a delação de executivos da Odebrecht que afirmaram ter custeado campanhas do PMDB em 2010. Entre as poucas medalhas ganhas pelo Brasil nas competições olímpicas – três até o encerramento do Editorial -, na espera politiqueira os brasileiros podem sofrer outro golpe, caso a verdade dos fatos não seja apurada em tempo hábil. E preciso estar de olhos bem abertos nas ações do atual governo, tarefa elementar, pois ao que tudo indica o pesadelo ainda perdura no efeito mais perverso da crise econômica com o índice de desemprego que deverá atingir 10% esse ano. As medidas emergenciais não aconteceram e o cidadão tupiniquim continua com a corda no pescoço. O fôlego da paciência está se extinguindo.
As vozes das ruas que impulsionaram e pediram por mudanças no país estão acuadas – o grito preso na garganta -, com resultados desastrosos do levanta tapete – a roubalheira em treze anos de governo -, capaz de assustar o mais cético dos brasileiros. E o suposto mentor de um jogo ardiloso, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, segue “imune”, quando deveria ter destino condizente. O sarcasmo é evidente e o cidadão de bem parece estar sem saída. E não precisa nem ler revistas e relatórios de consultorias especializadas, basta fazer suas compras mensais em qualquer supermercado no país para entender o que enfrentam as famílias. Os preços exorbitantes dos alimentos – principalmente o leite – dispararam e o olhar desolador nas prateleiras denota inquietação.
Ainda que tardia, mas o Brasil precisa de mudanças compatíveis, que realmente atendam as reivindicações básicas – alimento, educação, saúde e segurança -, evitando o caos na questão confiabilidade. No momento em que o governante deixa de cumprir as funções para as quais fora incumbido, cai no descrédito, semeando a desesperança. E o brasileiro se acostumou ao cai-levanta, mantendo-se convicto de que haverá melhoras, mesmo diante de um panorama sombrio. Há quem defenda a antecipação das eleições presidenciais, exigindo que Temer seja afastado de suas funções.
Em meio ao fogo cruzado – entre corruptos e oportunistas -, o país das Olimpíadas segue entre gritos de gols, mergulhos que valem medalha de ouro e a determinação dos atletas para garantir o seu lugar ao pódio. A beleza deslumbrante da cidade é reverenciada pela alegria de seu povo. O brasileiro que sorri, aplaude e faz a sua parte mostrando ao mundo que a alegria pode transpor as barreiras da fraude dos ímpios do poder. E nós, comunidade vivendo fora do país, devemos fazer nossa parte, prestando atenção no Brasil, observando a ação dos governantes. À distância não nos impede de sermos participativos.
Walther Alvarenga